A filha do Batman

Agora sim.....Recomeçar

Bruce

Estou entrando em uma reunião quando sinto meu celular vibrar,pego-o e vejo o nome André na tela, não reconheci quem era, mas mesmo assim atendo e o que ouço me faz virar as costas e sair da sala imediatamente, deixando os acionistas curiosos e surpresos, uma vez que eu mesmo havia marcado aquela reunião, mas não ligo até porque eu que mando nessa merda toda, e agora tenho assuntos mais urgentes.

Logo estou dentro do  meu carro a caminho do aeroporto, ligo para meu piloto e digo para que prepare meu jato, pois estava chegando, ligo também para casa e aviso Alfred que estava indo viajar e que ele não devia me esperar para o jantar e que não devia dizer para ninguém onde eu estava. O jato esta pronto e a minha espera quando eu chego, rapidamente subo a bordo e decolamos.

Chego no hospital duas hora depois e encontro Dr.André a minha espera.

-Como ela está? Pergunto

-Ela esta bem, foi só um desmaio. Ela ficou fraca por estar tantos dias sem comer, e o corpo não aguentou.

-Como assim?

-Segundo um amigo dela, ela não come desde o dia que a mãe morreu, toma apenas água, assim seu corpo entrou em colapso, pois também não vinha dormindo, segundo ela. Mas acho melhor você ver por conta própria. Vou levá-lo até ela.

Entro no quarto e a vejo dormindo tranquilamente, o soro pinga por uma agulha presa em seu braço, ela me parece mais fraca do que quando eu a deixei a uma semana.

Ouço André dizer que tem outros pacientes para atender e ele sai da sala, mas isso eu percebo apenas com uma parte miníma da minha atenção, pois meus olhos estão na garota que a pouco menos de uma semana eu havia descoberto que era minha filha e já a tinha abandonado.

Eu devia ter ficado com ela até que se adaptasse a falta da mãe, mas tinha trabalho e uma noiva me esperando, portanto julguei que ela ficaria bem e voltei para casa, não cometeria o mesmo erro outra vez. Saí do quarto para que ela não acordasse e liguei para Alfred, pedi que ele viesse até a cidade e que trouxesse uma mala com suas roupas pois ficaria um tempo na cidade.

Por mais que quisesse ficar na cidade e cuidar dela, isso não seria possível, uma vez que tinha uma viagem marcada e ficaria 3 meses fora, e infelizmente não poderia desmarcar essa viagem, mas deixaria minha filha em boas mãos, eu confiava a Alfred a minha vida e estava prestes a confiar a da minha filha também.

Trina

Acordo e assim que abro os olhos, tenho de fechá-los novamente devido a luz forte. Coloco uma das mãos sobre meus olhos e os abro mais uma vez dando me conta que estava em um quarto de hospital. Tento me levantar mais sinto uma picada no meu braço, olho para ele e vejo uma agulha de soro preso no mesmo. Vasculho então o quarto a procura de um meio de chamar uma enfermeira para que ela tire essa merda do meu braço,mas em vez disso vejo um vulto de proporções humanas dormindo um uma poltrona que estava no canto.

-Pai? Pergunto surpresa, e o vulto acorda mostrando um Bruce Wayne todos descabelado, de cara amassada e gravata desarrumada.

Logo ele vem para o meu lado.

-É a primeira vez que ouço você me chamar assim,obrigada.

-O que faz aqui? Volto a perguntar

-O médico me ligou dizendo que tinha desmaiado na escola, então larguei uma reunião que estava prestes a a começar e voei para cá, cheguei a dois dias e não saí do seu lado esperando que acordasse.

-Não precisava vir, eu ficaria bem sozinha. Tenho que ficar né?

Não era para soar uma pergunta, mas soou.

-Não mais pequena. Disse Bruce e me abraçou.

Ficamos abraçados um tempo até que ele me perguntou:

-Filha porque você anda não comendo? Disse com uma voz preocupada.

-Eu não tenho fome, simples assim, não tenho vontade de fazer nada agora que.....

Não consegui terminar a frase com medo de começar a chorar, mas mesmo assim ele pareceu entender.

-Eu sei como é isso, mas a vida continua, por mais que doa a solidão.

Nossa conversa foi interrompida pela entrada de uma enfermeira com uma nova bolsa de soro, eu tentei dizer que não queria, mas ela não me ouviu, mulher chata viu. Mas em todo caso, ela trocou a bolsa e disse com um sorriso sexy para meu pai, que iria dizer ao médico que eu estava acordada. Coitada dela, Bruce nem deu por sua presença.

Pouco depois André entra no quarto com presa e sorri ao me ver acordada, diz que lhe dei um susto e que se eu voltar a fazer isso ele vai me deixar uma semana tomando soro, é, ele sabe que eu detesto soro. Sorrio de sua péssima piada, enquanto Bruce fica sem entender, logo fico sabendo que estou bem e que assim que terminar a bolsa de soro poderei ir para casa.

Horas depois sou levada até minha casa por Bruce que me diz que vai passar 3 meses fora, mas que nesse meio tempo tenho duas opções ou vou para sua casa em Gotham ou aceito que se mordomo Alfred venha morar comigo. Eu não podia abandonar a cidade, então acabei aceitando a segunda opção, mesmo contra a minha vontade vale salientar.

Seriam longos 3 meses pela frente.