A filha do Batman

Finalmente a ação começa

Sinceramente eu amo a sensação do vento batendo no rosto quando estou no alto de algum prédio. Parece que estou voando e com isso me sinto livre.

Tão logo terminei de falar com Alfred, eu já estava pronta para sair, fui até o depósito onde deixo minha moto, fica bem próximo a minha casa, e fui para as ruas. Por ser dia de semana, estavam bem calmas, andei sem preocupação mas com os olhos sempre nos lugares mais escuros pois são neles que as coisas acontecem.

Assim fazendo acabei frustrando dois assaltos, um estupro e um homicídio. Parece muita coisa, mas numa cidade deste tamanho, onde a polícia não tem vez nem voz, isso é pouco. Passei em uma lanchonete drive-truh,para comer algo, pois como tinha saído de casa cedo, não havia jantado, e parei em um beco para comer. Sim um beco, eu não poderia simplesmente para numa calçada, totalmente vestida de Trinity, eu seria um alvo fácil demais, não só para as pessoas e os bandidos, mas também para a polícia que estava a minha procura.

E foi nesse beco que ouvi sobre um carregamento de Constantine que chegaria a cidade naquela noite. Sob uma pequena coesão de minha parte, os homens me deram o endereço de onde o carregamento chegaria, e é por isso que neste momento, estou no topo de um prédio.

Vejo alguns caminhões parados numa rua vazia próximo a uma via férrea, são suspeitos, mas não posso chamar a policia ainda, talvez sejam apenas caminhoneiros parados para passar a noite, ok, posso não acreditar nisso, mas não sobrevivi té hoje fazendo o que eu faço cometendo erros não é mesmo. De nada adianta chegar lá e apagar todos, Constantine conseguiria novos motoristas em questão de hora.

Em questão de minutos faço um plano, pego minha mochila e desço de meu esconderijo, e com a ajuda das sombras da rua, consigo me aproximar do primeiro caminhão sem ser vista, pego na mochila um pequeno porém potente explosivo, criado por mim e prendo sob o caminhão, faço o mesmo com os outros seis caminhões e volto para o topo de prédio.

Assim que me posiciono, vejo um trem surgindo na curva, logo ele começa a diminuir a velocidade até parar em frente aos caminhões. Dentro de minutos a carga dos vagões é transferida para os caminhões, logo que tudo está pronto o trem volta a seguir seu rumo, e os caminhões se preparam para sair.

Vejo no meu celular, se os explosivos estão ativados, tenho que esperar os caminhões saírem daquele lugar para poder explodi-los, aquela rua tem apenas prédios residenciais, tenho que esperar que eles sigam para um área comercial, que devido ao horário estará vazia.

Desço do prédio outra vez enquanto eles se preparam para sair, não preciso me preocupar com o risco de perdê-los de vista, pois cada explosivo tem um rastreador embutido. Pego minha moto e, quando eles se põem em movimento eu os sigo com os faróis apagados.

Demora cerca de uma hora até que eles passem por uma área onde eu possa detonar os explosivos, quando eles param em um sinal nem penso duas vezes e aciono. Tenho cerca de 10 segundos para me afastar do raio da explosão, então assim que aciono, saio em disparada pelo caminho que vim. Procuro proteção em uma esquina quando ouço a explosão. Sei que tenho que sair logo dali, pois em minutos estará cheio de policiais, então assim que a poeira abaixa, saio disparada, desta vez com as luzes acessas, rumo ao depósito para deixar minha moto.

Chego em casa com o dia amanhecendo, tudo o que eu mais queria era minha cama, mas não podia, tinha virado a noite acordada isso significa que dentro de duas horas eu teria aula e se eu faltasse Alfred iria querer saber o porque, e eu não estava disposta a lhe contar nada sobre ter virado a noite patrulhando a cidade.

Eu parecia um zumbi quando cheguei na escola naquele dia, caminhei direto para a sala já com os fones, não queria papo com ninguém, eu estava com um humor do cão naquele dia, qualquer piadinha que me dissessem ia ser motivo para briga, o que acabaria com meu disfarce idiota, pondo em risco minha dupla identidade.

Como todos os outros dias fui motivo de piadas de parte dos meus colegas durante a aula, mas eu não estava afim de ouvir sendo assim apenas aumentei o volume nos fones de ouvido. Logo a professora entrou e todos ficaram em silêncio, então abaixei o som para poder ouvir a aula, mas mesmo assim não os tirei.

Tive mais 6 aulas naquele dia, sendo que as três últimas aulas eram com Tiago e tivemos provas durante as duas primeiras, na terceira ele mandou que fizéssemos alguns exercícios do livro enquanto ele corrigia nossas provas.

Eu logo acabei os exercícios e me concentrei em algumas fórmulas químicas para os equipamentos de Trinity, eram bombas de fumaça, gás nervosos, explosivos e até mesmo granadas dos mais diversos tipos.

Saí dos meus estudos, quando Tiago pós sobre a mesa minha prova, mas não era só isso, em um dos seus cantos estava um recado, que dizia.

''Vou passar na sua casa hoje a tarde, quero saber o que está acontecendo com você.''

Apenas acenei para ele em concordância, ele era meu melhor amigo e estava preocupado, passei semanas em um entra e saí de hospitais e nem lhe dei um explicação, estava na hora de isso mudar.