Metrô Suicídio - Parte 1

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Segunda, 08h15 da manhã.

A campainha toca.

— Bom dia, dorminhoco. - Enzo fala, já entrando em casa. - E, aí... O sinhozinho está pronto, ou vou ter que esperar se vestir?

— Cara... Se você não percebeu, eu estou de cuecas. - respondi apontando com o dedo indicador das duas mãos pra minha cueca.

— É, to vendo. - Enzo diz, tapando os olhos com as duas mãos. - Acho melhor você se apressar, pois já são...- olhou a hora no celular - ...8h15.

— Sei, mas... A aula só começa de 9h.

— É, mas a rua tá interditada então, nada entra ou sai. Vamos ter que ir de metrô e, como eu não comi, vou comer aqui. - Enzo diz sorrindo

— Tá bom. Entra ai. - sorrio também.

***********

— Ué, como assim a rua foi interditada? O que aconteceu? - Lara pergunta ao telefone.

— Parece que tem uma ameaça de bomba na rua Beachcon valley. Então, ninguém entra e ninguém sai. - Britney responde.

— E como eu vou pra escola? Eu ainda tenho muitos planos pela frente, amiga. Não posso perder um dia sequer. - Lara responde.

— Planos? Que planos? - Britney pergunta.

— Relaxe, minha cara amiga. Logo, logo você saberá. Eu vou tornar a vida de uma certa pessoa um inferno. - Lara responde rindo histéricamente - Bom, agora eu tenho que ir. Beijinhos!

fim da chamada

— Você não paga por esperar... - murmura Lara.

***********

— Ector...

— Hã?

— Quanto tempo mais eu vou ter que te esperar, atrasadinho?

— Calma aí! Eu não posso ir pra escola sem calças. Eu vou ser zoado.

— Você vai estar comigo. Eu não vou deixar ninguém zoar você, agora vamos que já são 8h36.

— Você quem manda. Vamos. - disse - Hm... Onde pegamos o metrô?

— Ah, é logo ali pertinho. Só precisamos andar umas 2 quadras.

— Vamos ter que andar??? NÃO!

— Você é muito preguiçoso, sabia? Vou ter que te pegar no colo?

— Eu não vou dizer que não, né. - sorri.

— Então, tá.

Enzo levantou suas mangas, ergueu seus braços e me pegou (como uma noiva, quando acaba de se casar) em seus braços e foi me levando assim.

— E-Enzo... O que você tá fazendo? M-me põe no chão!

— Calma, amorzinho. Que mal tem eu te levar?

— Me põe no chão, sério. E que história é essa de "meu amorzinho"?

— Ai, nossa. Como você é chato. Tá bom, eu te ponho no chão.

Enzo me põe no chão.

— Você é um besta. - digo.

— E você é um bobo chato. - ele me responde.

**************

— Olha, me espera aqui que eu vou ali comprar nossos bilhetes. - Enzo fala, apontando para eu sentar no banco.

— Tá, mas vai logo. Te espero aqui. - respondo com um meio sorriso.

Enquanto o Enzo vai comprar os bilhetes, eu reparo todo o ambiente. Como eu nunca estive ali?

— O metrô sai em 5 minutos, vamos? - Enzo perguntou.

— Claro, só vou pegar minha mochila. - falo pegando a mochila. - É impressão minha ou, a maioria dos alunos da nossa escola estão aqui?

— Também reparei nisso... Mas vamos. - Enzo disse, apressado, puxando-me pelo braço.

Ao entrarmos no metrô, percebi que algo estava errado. Muito errado. Não sei o que era, mas eu pressentia que algo iria acontecer naquele local, foi como um "aviso".

— Enzo... - sussurrei.

— Que? - Enzo perguntou, tirando os fones do ouvido.

— Eu não tô me sentindo muito bem aqui. É como se... Algo fosse acontecer. - disse, pegando na mão dele.

— Hã? Besteira. Relaxa, quer ouvir música comigo? - Ele me pergunta, dando um dos lados de seu fone para mim.

— Que cê tá ouvindo? - perguntei.

— Little Mix, Black Magic. - respondeu, sorrindo.

— Ah! Adoro essa música. - Sorri, pegando o lado do fone que ele havia me dado. - Não sabia que gostava de Little Mix.

— Nossa, como não??? Achei que você me conhecesse. - ele falou, tirando um pouco de cabelo da sua testa. - A Jesy é minha preferida.

O metrô para na 2° estação, e mais algumas pessoas entram e poucas saem.

— EU QUERO TODO MUNDO NO CHÃO. AGORA, PORRA! - gritou um desconhecido. - EU DISSE, AGORA!

— característica do desconhecido —

Estava encapuzado

Tinha voz grossa

Usava um moletom, cor preta escura e uma arma em seus quadris.

———

Enzo me olhou com uma cara de assustado, e apertou forte a minha mão.

— Enzo... - sussurei.

— Abaixa agora. - ele sussurou, abaixando lentamente e puxando a barra da minha calça, para que eu abaixasse. Eu o fiz.

— CARA, OLHA, POR FAVOR! EU TENHO FAMÍLIA! POSSO LHE DAR DINHEIRO, NÃO FAÇA NADA COMIGO! - falou um homem desconhecido, levantando e aproximando-se do homem encapuzado. - DEIXE-ME IR!

— deita. - ele exclamou.

— MAS SENHOR, POR FAVOR! - o homem desconhecido implorou.

— EU MANDEI DEITAR, SEU FILHO DA PUTA. - o homem encapuzado gritou, pegando e apontando a arma para o homem desconhecido.

— MOÇO, O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO? - Enzo sussurra, para o homem desconhecido que já estava em desespero.

— CARA, POR FAVOR... - o homem desconhecido implorou, chegando bem mais perto do homem encapuzado.

De repente, um barulho de tiro. Algo havia apertado o gatilho, e todos nós ouvimos.

Podiamos ouvir gritos de pavor e desespero por todo lado. Uns choravam, outros rezavam e pediam proteção.

— AI MEU DEUS! O QUE VAMOS FAZER AGORA? - perguntei.

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Oi, oi gente. Desculpem pela demora pra postar o 7° capítulo de A Rua Walkstreet. O que estão achando da história? Comentem, deixem seus comentários e críticas construtivas. E esperem para saber o que vai ocontecer com o nosso casal favorito #ECZO, no próximo capítulo. Obrigado ♡♡♡


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