Segunda, 08h15 da manhã.
A campainha toca.
— Bom dia, dorminhoco. - Enzo fala, já entrando em casa. - E, aí... O sinhozinho está pronto, ou vou ter que esperar se vestir?
— Cara... Se você não percebeu, eu estou de cuecas. - respondi apontando com o dedo indicador das duas mãos pra minha cueca.
— É, to vendo. - Enzo diz, tapando os olhos com as duas mãos. - Acho melhor você se apressar, pois já são...- olhou a hora no celular - ...8h15.
— Sei, mas... A aula só começa de 9h.
— É, mas a rua tá interditada então, nada entra ou sai. Vamos ter que ir de metrô e, como eu não comi, vou comer aqui. - Enzo diz sorrindo
— Tá bom. Entra ai. - sorrio também.
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— Ué, como assim a rua foi interditada? O que aconteceu? - Lara pergunta ao telefone.
— Parece que tem uma ameaça de bomba na rua Beachcon valley. Então, ninguém entra e ninguém sai. - Britney responde.
— E como eu vou pra escola? Eu ainda tenho muitos planos pela frente, amiga. Não posso perder um dia sequer. - Lara responde.
— Planos? Que planos? - Britney pergunta.
— Relaxe, minha cara amiga. Logo, logo você saberá. Eu vou tornar a vida de uma certa pessoa um inferno. - Lara responde rindo histéricamente - Bom, agora eu tenho que ir. Beijinhos!
fim da chamada
— Você não paga por esperar... - murmura Lara.
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— Ector...
— Hã?
— Quanto tempo mais eu vou ter que te esperar, atrasadinho?
— Calma aí! Eu não posso ir pra escola sem calças. Eu vou ser zoado.
— Você vai estar comigo. Eu não vou deixar ninguém zoar você, agora vamos que já são 8h36.
— Você quem manda. Vamos. - disse - Hm... Onde pegamos o metrô?
— Ah, é logo ali pertinho. Só precisamos andar umas 2 quadras.
— Vamos ter que andar??? NÃO!
— Você é muito preguiçoso, sabia? Vou ter que te pegar no colo?
— Eu não vou dizer que não, né. - sorri.
— Então, tá.
Enzo levantou suas mangas, ergueu seus braços e me pegou (como uma noiva, quando acaba de se casar) em seus braços e foi me levando assim.
— E-Enzo... O que você tá fazendo? M-me põe no chão!
— Calma, amorzinho. Que mal tem eu te levar?
— Me põe no chão, sério. E que história é essa de "meu amorzinho"?
— Ai, nossa. Como você é chato. Tá bom, eu te ponho no chão.
Enzo me põe no chão.
— Você é um besta. - digo.
— E você é um bobo chato. - ele me responde.
**************
— Olha, me espera aqui que eu vou ali comprar nossos bilhetes. - Enzo fala, apontando para eu sentar no banco.
— Tá, mas vai logo. Te espero aqui. - respondo com um meio sorriso.
Enquanto o Enzo vai comprar os bilhetes, eu reparo todo o ambiente. Como eu nunca estive ali?
— O metrô sai em 5 minutos, vamos? - Enzo perguntou.
— Claro, só vou pegar minha mochila. - falo pegando a mochila. - É impressão minha ou, a maioria dos alunos da nossa escola estão aqui?
— Também reparei nisso... Mas vamos. - Enzo disse, apressado, puxando-me pelo braço.
Ao entrarmos no metrô, percebi que algo estava errado. Muito errado. Não sei o que era, mas eu pressentia que algo iria acontecer naquele local, foi como um "aviso".
— Enzo... - sussurrei.
— Que? - Enzo perguntou, tirando os fones do ouvido.
— Eu não tô me sentindo muito bem aqui. É como se... Algo fosse acontecer. - disse, pegando na mão dele.
— Hã? Besteira. Relaxa, quer ouvir música comigo? - Ele me pergunta, dando um dos lados de seu fone para mim.
— Que cê tá ouvindo? - perguntei.
— Little Mix, Black Magic. - respondeu, sorrindo.
— Ah! Adoro essa música. - Sorri, pegando o lado do fone que ele havia me dado. - Não sabia que gostava de Little Mix.
— Nossa, como não??? Achei que você me conhecesse. - ele falou, tirando um pouco de cabelo da sua testa. - A Jesy é minha preferida.
O metrô para na 2° estação, e mais algumas pessoas entram e poucas saem.
— EU QUERO TODO MUNDO NO CHÃO. AGORA, PORRA! - gritou um desconhecido. - EU DISSE, AGORA!
— característica do desconhecido —
Estava encapuzado
Tinha voz grossa
Usava um moletom, cor preta escura e uma arma em seus quadris.
———
Enzo me olhou com uma cara de assustado, e apertou forte a minha mão.
— Enzo... - sussurei.
— Abaixa agora. - ele sussurou, abaixando lentamente e puxando a barra da minha calça, para que eu abaixasse. Eu o fiz.
— CARA, OLHA, POR FAVOR! EU TENHO FAMÍLIA! POSSO LHE DAR DINHEIRO, NÃO FAÇA NADA COMIGO! - falou um homem desconhecido, levantando e aproximando-se do homem encapuzado. - DEIXE-ME IR!
— deita. - ele exclamou.
— MAS SENHOR, POR FAVOR! - o homem desconhecido implorou.
— EU MANDEI DEITAR, SEU FILHO DA PUTA. - o homem encapuzado gritou, pegando e apontando a arma para o homem desconhecido.
— MOÇO, O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO? - Enzo sussurra, para o homem desconhecido que já estava em desespero.
— CARA, POR FAVOR... - o homem desconhecido implorou, chegando bem mais perto do homem encapuzado.
De repente, um barulho de tiro. Algo havia apertado o gatilho, e todos nós ouvimos.
Podiamos ouvir gritos de pavor e desespero por todo lado. Uns choravam, outros rezavam e pediam proteção.
— AI MEU DEUS! O QUE VAMOS FAZER AGORA? - perguntei.
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Oi, oi gente. Desculpem pela demora pra postar o 7° capítulo de A Rua Walkstreet. O que estão achando da história? Comentem, deixem seus comentários e críticas construtivas. E esperem para saber o que vai ocontecer com o nosso casal favorito #ECZO, no próximo capítulo. Obrigado ♡♡♡
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A Rua Walkstreet
Teen FictionA vida de Ector nunca foi realmente o que se espera da vida de um adolescente comum. Ele sempre passa por maus bocados e depressão com a falta de amizades e dos pais, que passam a maior parte de seu tempo viajando à trabalho. Um certo dia algo acont...