Uma Enorme Bagunça

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— ENZO O QUE FOI ISSO? - perguntei - Enzo...? ENZO? Dormiu...

Enquanto ele dormia, eu fica lá. Parado. O observando e pensando no que aconteceu. Por que ele agiu assim? Minha mente estava totalmente embaralhada. Penso bastante antes de dormir, ainda estava processando tudo aquilo que aconteceu. Pra mim era muito confuso o fato de ser beijado pelo meu melhor amigo, mas por outro lado, eu havia gostado. Mas isso não faz ser gay... Faz?

Isso nunca havia acontecido comigo. Foi a primeira vez que beijei um garoto então, eu estava totalmente fora de órbita. Por um lado eu estava vibrando por ter aquilo ter acontecido, mas por outro, eu achei errado. Se descobrissem, o que meus pais iam pensar de mim? Mas isso não era tão importante ali, naquele exato momento. Eu estava com o Enzo. Bêbado, mas estava. Eu podia fazer qualquer coisa naquele momento... Gritar, beijá-lo novamente, pensar bem mais... Mas, acabei optando por colocá-lo na cama e ir dormir também.

— É, amigão. Acho melhor te colocar na cama. - disse, ainda o observando.- Ele é tão lindo... Nossa, o que eu tô dizendo? Calma, Ector. Você está confuso... Você está confuso...

Levantei seu enorme e pesado corpo do chão, e o joguei em cima da cama. Podia claramente perceber que ele estava caindo de bêbado. Tinha dormido completamente. Resolvo dormir também, era sábado, mas mesmo assim eu ainda tinha sono.

Caio no sono, ao lado de Enzo.

O dia amanhece, e pra minha surpresa, Enzo está do meu lado. Grudado em mim. Ele estava me abraçando... Não vou negar, até que era bom sentir algo quente te abraçando ao seu lado na cama, então, fecho os olhos e volto a dormir. Sim, ainda estou confuso.

— Arrrhh... - Enzo estava acordando com seu rosto virado para o meu. - Ai, que dor de cabeça... AAAAAAAH!

— AAAAAAAAAAH! - gritei apavorado. - ENZO QUE FOI?

— POR QUE EU TÔ TE ABRAÇANDO? - perguntou. - E POR QUE VOCÊ TÁ DEIXANDO?

— Ah... E-eu...- gaguejei. - VOCÊ QUEM ME ABRAÇOU NÃO TENHO CULPA.

— Aliás, o que eu tô fazendo aqui? ...AAARGH! PUTA DOR DE CABEÇA! - Enzo pergunta, colocando a mão na cabeça de como quem estivesse na maior ressaca possível.

— Ué, você não se lembra? - perguntei.

— Lembrar? Do que eu não me lembro...?

— Oh, meu Deus... Então, aquilo foi por acaso? Tudo isso porque ele estava bêbado? - pensei.

— Ah, nada. Esquece.

— Cara, é sério. Puts... Me trás um remédio. Eu quero saber como eu cheguei aqui. - Enzo fala, enfiando a cara no travesseiro.

Pego um remédio pra dor de cabeça, que estava em cima do criado-mudo, pego um copo d'água e dou pra ele.

— Eu não sei. Ontem você chegou aqui, a gente começou a conversar e você acabou dormindo. Só isso, mas antes você saiu com a Lara e, parece que você bebeu. Até trouxe uma garrafa de Vodka. - menti. Me aproximo dele, dando o copo com água e o remédio. - Bebe. Vai se sentir melhor daqui há alguns minutos.

— Ah... Estranho. Então, eu e a Lara...? - ele perguntou.

— Eu ainda não sei ler mentes, sabia? - falei sorrindo.

— Eu e a Lara "ficamos"?

— Bom, você não me contou nada. Provavelmente não. - disse. - Vem, vamos descer e comer alguma coisa.

— Não dá pra dormir mais um pouquinho? Eu deixo você dormir comigo de novo. - Enzo diz, sorrindo e dando duas palmadas na cama, um gesto para que eu deitasse de volta.

— Para de gracinha e vem que eu tô com fome. - puxo ele pelo braço e faço ele descer as escadas do 2° andar até a cozinha.

— Quer comer o que? - pergunto, coçando a cabeça.

— O que você quiser, ué. Que tal... Hm... Panquecas? - Enzo responde.

— Panquecas? É uma boa. Você sabe fazer? - pergunto fazendo uma careta.

— Achei que você soubesse fazer. - ele responde sorridente.

— Você é bobo. - Digo sorrindo.

*Na cabeça de Enzo, um flashback. Noite passada.*

— Dança ai, chatonildo.

tropeçada

— ENZO!

— Você é bobo...

BEIJO

***

— Enzo? ENZO? - mal imaginava eu que ele já sabia do beijo.

— Quê?

— Não tá me ouvindo falar? - perguntei.

— Ah, claro. Tava sim... Hm, escuta... Eu só peguei no sono ontem à noite, foi? - ele pergunta, com uma cara meio desconfiada.

— S-sim... Você pegou no sono, nada demais. É normal, agora pode me ajudar a fazer as panquecas? - digo constrangido, já mudando de assunto.

— Tá. Eu pego os ingredientes. Do que nós precisamos? - Enzo pergunta, se aproximando de mim.

— Trigo, Açúcar, Ovos, Farinha de trigo, blá, blá, blá. Pega ali no armário, que vou por uma musiquinha.

Ponho pra tocar no rádio Shower, de Becky G, e espero o Enzo pegar os ingredientes.

E lá vem ele. Com uma pilha de ingredientes no braço. É, acho que isso não vai dar muito certo.

— Nossa, que demora hein. - falei impaciente.

— Eu não tava achando os ovos e...- Enzo responde, derrubando um dos ovos no chão.

— Seu retardado! Deixou o ovo cair! - falo, me abaixando pra limpar a sujeira quando de repente, sou atacado com um ovo na cabeça.

— ENZO! SEU VIADO! OLHA O QUE VOCÊ FEZ! - grito, com muita raiva.

Ele apenas ri, e fala:

— Vai chorar? - ele zomba e ri mais ainda.

— Vou te mostrar quem vai chorar... - Falo pegando o saco de trigo em cima da bancada, e jogando nele.

— ESSA É TODA A SUA FORÇA? - Ele fala rindo e jogando mais ovos.

Quando menos esperamos, nós dois estamos totalmente sujos de ovos, farinha de trigo e leite.

— Seu burro! Olha a bagunça que você fez! - digo chutando um pouco de farinha no chão.

— Vai me dizer que não gostou? Agora você vai ter a honra de passar o dia comigo limpando a casa! - ele retruca. - Você devia era agradecer.

— Eu devia era te dar um tapa, e... - falo sendo interrompido pela campahinha.

— Ué, quem será? - pergunto

— Como eu vou saber, bonitão? - Enzo responde

Nós dois vamos até a sala, e eu atendo a porta.

De repente, uma surpresa.

— LARA?!?! - nós dois questionamos surpresos.

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Oi, seus lindos<3

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Até o próximo capítulo <3



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