Metrô Suicídio - Parte 2

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— MERDA! - o homem encapuzado gritou.

A bala havia atravessado a janela, estilhaçando o vidro no chão do metrô.

— Eu mandei você sentar, não mandei? - o homem encapuzado disse, na maior calma possível.

— S-Sim, s-senhor.... Desculpe-me. - falou o homem desconhecido, deitando-se no chão.

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PLATAFORMA 04, DESEMBARQUE IMEDIATO!

Afirmou o maquinista operador, abrindo as portas do metrô de imediato.

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Todos que estavam dentro do metrô corriam, com muita pressa e desespero para o lado de fora. Uns eram empurrados, alguns pisoteados e outros caiam. Mas, todos estavam tentando se salvar.

— AI MEU DEUS, ECTOR! - Enzo gritou, me abraçando. - VOCÊ ESTÁ BEM?

— Sim, sim. Eu estou. - respondi, retribuindo o abraço sorrindo. - Obrigado por se preocupar comigo.

— Eu sempre vou me preocupar com você. Você é meu melhor amigo...- Enzo disse, olhando pra mim de cima pra baixo. - Ué, você não estava com uma mochila?

— Ah, sim. Ela está aqu... AH, NÃO! MINHA MOCHILA! - me desesperei, olhado pro lado e pro outro. - ENZO, EU NÃO PODIA TER PERDIDO AQUELA MOCHILA! LÁ ESTÃO TODOS OS MEUS PERTENCES. CHAVES, DINHEIRO, CELULAR, TUDO!

— Calma, cara. Nós vamos achar sua mochila. - Enzo falou, pegando no meu ombro. - Onde ela exatamente estava quando você perdeu?

— NA HORA QUE TODOS COMEÇARAM A CORRER, EU TINHA PEGO A MOCHILA E LEVEI AQUI PRA FORA MAS, EU...EU... EU NÃO SEI ONDE ESTÁ! - cai no chão, chorando e soluçando bastante.

— Ector, levanta. - ele falou, agachando-se e me levantando - Eu não vou te deixar sozinho. Nunca! Agora, para de chorar e vamos procurar sua mochila.

— T-tudo bem... - falei, enxugano as lágrimas dos olhos. - Confio em você.

— Eu procuro por ali, enquanto você vai chamar o segurança, tudo bem? - perguntou.

— Okay - respondi - Eu vou.

Andei por toda estação, demorei muito tempo para achar um dos seguranças que trabalhavam no metrô. Com toda aquele alvoroço e pessoas correndo por todo lado, fora que a procura pelo homem misterioso e encapuzado tornava as coisas mais difíceis.

Depois de alguns minutos andando, eu finalmente achei uma segurança.

— Ai, graças a Deus! - falei aliviado para a jovem policial negra - Moça, por favor. Você precisa me ajudar!

— Agora não, garoto. - ela disse, sem ao menos olhar pra mim.

— Moça, por favor! Eu perdi a minha mochila em meio a correria. Lá estavam todos os meus pertences. Meu celular, minhas chaves e meu dinheiro. Fora os materiais escolar.

— Menino! Eu vou sem bem clara e só vou falar uma vez... Eu não tenho tempo para brincadeiras. - ela disse, claramente impaciente - Vá pra casa.

— Srta... - olho pro crachá dela - Pearl! Eu não estou brincando... Realmente perdi minhas cois... Ah... Pelo visto nada aqui vai se resolver. Muito obrigado por nada.

Corro até achar o Enzo, que estava próximo as máquinas de salgadinhos.

— E aí... Achou? - pergunto passando a mão na cabeça.

— Infelizmente ainda não... Você achou algum segurança? - ele perguntou, olhando pros lados.

— Achar eu achei, mas... Pelo visto, ela estava ocupada demais pra me ajudar. - murmurei.

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