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-Por que você não vai?-perguntou pela sexta vez Calum ao Luke

-Porque simplesmente não to afim!-disse Luke emburrado fazendo biquinho e se sentando em sua cama desarrumada.

-Não é atoa que em apenas uma semana que você estuda aqui que te chamam de anti-social-disse Calum batendo os pés e cruzando os braços.

-Deixe as pessoas pensarem no que elas querem, aliás, ninguém da festa vai morrer só porque não fui, elas vão soltar fogos de artificio pelos olhos ao saber que não estou lá, nem sei porque estou pensando nisso, elas nem me conhecem...

-Por isso mesmo você tem que ir, você precisa se enturmar, fazer mais amigos, não vou ficar bravo se você conhecer outras pessoas além de mim.

-Cacete, eu não quero ir, que se ferre, a vida é minha!

Calum revirou os olhos, a sentiu de leve com a cabeça, pegou suas chaves, carteira e um casaco e saiu sem dizer mais alguma coisa.

Luke e Calum, assim como quase toda a escola - exceto os professores e funcionários - foram convidados à uma vez que aconteceria em uma casa de uma garota do segundo ano, Luke não gostava muito de festas, e mesmo que fosse muito bacana a festa, ele se recusava a ir.

Mesmo não querendo ir, Calum tinha toda razão, Luke precisava fazer novos amigos, interagir mais com sua turma, mesmo não querendo nada daquilo.

Com certeza Luke se arrependeria mais tarde, obviamente não iria gostar da tal festa, mesmo assim, ele decidiu ir. 

Não porque tinha que fazer amigos, mas sim, porque ele não queria ficar uma sexta-feira 13 em casa, sozinho.

Resolveu ir, pegou seu celular e mandou uma mensagem à Calum para ele mandar o endereço da tal festa. Pôs uma roupa simples e confortável, pegou suas chaves reservas de seu apartamento e saiu, seu celular vibrou e ele viu que era uma mensagem do Calum mandando a localização da tal festa.

O garoto resolveu ir à festa de táxi, mostrou o endereço em seu celular ao motorista, e em poucos instantes ele já estava na frente da residência na qual a festa acontece.

Como na maioria das festas, o local já havia muitos adolescentes bêbados, copos de plástico jogados no jardim e música extremamente alta.

Luke entrou na casa, e teve uma leve tontura, o lugar cheirava a tabaco e vodka, coisa que na opinião do garoto não gostava muito. Havia várias pessoas dançando loucamente em cima dos móveis, outras estavam no pequeno bar perto da entrada, e poucos se encontravam sóbrios, e com cara de poucos amigos.

De longe Luke pode perceber uma jovem alto o encarando, depois de alguns instantes pode ver que seu cabelo era verde, e que o jovem era Michael. O mesmo deu um sorriso perturbador à Luke, que estremeceu na hora, Luke apenas o encarou e depois logo saiu, passando no pequeno bar e pegando uma latinha de refrigerante e se dirigindo ao quintal. 

Atrás da casa, no quintal, havia uma pequena mesa com duas cadeiras, o lugar estava praticamente vazio, também havia uma piscina. Luke se sentou na borda da piscina e dobrou até os joelhos a sua calça e pôs os pés dentro.

Fechou os olhos e como em filmes clichês, ficou pensando na vida. Decidiu então esquecer tudo que aconteceu essa semana. Que aquele rapaz, o Michael, não era um estranho ou um psicopata.

Mas como todo não é facil, o loiro sentiu algum sentando ao seu lado na piscina, ao abrir os olhos, viu o garoto de cabelos verdes, imitando a antiga posição de Luke, encontrando-se de olhos fechados.

-Pensei que você era anti-social-disse Michael com sua voz rouca.

-Por que me persegue?- peguntou Luke antes mesmo de pensar no que iria falar.

I Belive | Muke (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora