Uma fuga pra Floresta Branca

Parecer forte.

Queria desejar a todos meus lindos um Feliz Natal! Um próspero ano novo cheio de paz, luz e alegria!
Queria agradecer a todos que estão lendo meu livro, agradecer ao quase 1k de leituras e dizer que Amo vocês! ♡♡♡ Muito obrigada por tudo!

.....

Abri meus olhos em meio ao vento e vi a imagem borrada de um homem ao qual jurava ser Nathan, mas as poucas cores que enxergava sugeriam que seus cabelos eram brancos mesmo estando de capuz.

-Nathan?

Ele me colocou no chão e logo me segurou pela cintura me impedindo de fazer qualquer movimento.

-O que você faz aqui nesse tempo?-ele me perguntou.

-Seu cabelo.-eu disse apontado pra ele.-Seus olhos, eles estão cinzas!

-Oh não!Isso de novo?-ele passou a mão pelo rosto mas logo me segurou de novo.

-Isso o que?

-Não sei...-ele disse confuso.

-Por que você está aqui?

-Você sabe porque. Agora o porque de você estar aqui, isso eu não sei.-ele me encarou.

-Presumo que seja o mesmo motivo ao qual você imagina.

-Isso é sério Mia! Você podia ter morrido sem uma blusa quente o bastante, qualquer um perde totalmente o calor do corpo por aqui. Você só sobreviveria se quisesse muito, mas só você pode fazer isso.

- Tudo bem, mas podia me soltar um pouco para conversarmos.

-Não senhorita.-ele sorriu.

-Suas mãos estão feridas.-peguei em sua mão.

-Depois que você foi sequestrada comecei a socar árvores para dar um bom soco na cara de Enrico, assim ele aprende a respeitar as pessoas e parar de agir como criança.

-Certo, isso é esplica a sua força ao me segurar.

Ele sorriu e ficamos calados até eu soltar um pequeno ruído, o frio estava me incomodando. Nathan então passou o braço por mim e tentou me aquecer mas eu logo me soltei.

-Eu preciso aguentar.-eu disse o olhando nos olhos e dando a confiança de que não iria fugir.

-Por que?-perguntou curioso.

-Se sou realmente "especial"...Se sou realmente a filha de Flora, com certeza eu consigo suportar o frio e até brincar com ele.

-Então respire fundo e relaxe, você ainda está se rendendo que eu sei.-ele não parava de sorrir.

Respirei bem fundo e deixei o frio circular pela minha pele, ele subia pelas minhas narinas e oxigenava meus pulmões, sentia a sintonia do vento e a pureza daquele momento, ouvia o ruído das árvores que suportavam o frio com bravura, ouvia as folhas congeladas a partirem. Como se fosse verão, já não sentia mais frio.

-Isso é incrível! -eu falei com os olhos fechados.

-Não sente nada?-ele me perguntou e o ouvi dando um passo pra frente.

-Não.

-Mesmo?-ele se aproximou mais e eu abri os olhos.

-Sinto a sua aproximação.-rebati e sabia que era o que ele queria ouvir, ele confirmou com um sorriso enorme. Testes.

-Sabe, eu sempre quis saber como se faz um floco de neve...-ele pausou- com as mãos.

- Está sugerindo que eu te mostre?