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02

Louis estava evitando Harry. E ele estava realmente muito irritado com isso. E tinha que admitir: magoado também.

Harry entendia que tinham feito algo um pouco mais avançado, mas não entendia por que Louis não queria conversar com si. Já tinham se tocado de formas íntimas antes, já até deram alguns selinhos e ele realmente não sabia porque o mais novo estava zangado com o que aconteceu.

— Então, meninos, eu e Anne faremos uma viagem hoje a noite. Vocês sabem, são quase vinte anos de casadas e queremos aproveitar de uma forma agradável. — Mamãe Jay disse enquanto tomavam o café da manhã, apenas os três porque Anne tinha saído mais cedo pra resolver algo no trabalho.

Louis olhou pra mamãe com um sorriso encantado, inocente como era, provavelmente pensando que elas jantariam e conversariam coisas românticas. Harry já deixou um sorriso malicioso escapar, sabendo exatamente o porquê dessa viagem.

Jay notou o sorriso do filho mais velho e jogou um pequeno pedaço de torrada nele, tentando parecer irritada, mas sorrindo também. Louis fez uma careta confusa, mas não conseguiu controlar o riso ao ver Harry jogando o pedacinho de torrada de volta.

Depois dessa pequena distração, voltaram a comer, conversando sobre coisas aleatórias. Logo mamãe Jay saiu pra trabalhar e Harry ficou sozinho com Louis novamente, pensando que talvez agora fosse uma boa hora para tentar conversar com ele, afinal estariam sozinhos durante a tarde toda.

No entanto, ele logo foi para seu quarto com a desculpa de que não estava muito bem e o cacheado bufou frustrado. Se deitou no sofá da sala, colocando em algum canal qualquer da televisão apenas como um plano de fundo enquanto mexia em coisas aleatórias no celular.

A tarde foi praticamente assim, Louis ignorando Harry totalmente e ele resolveu deixar. Sabia que uma hora ele voltaria a falar consigo.

Almoçaram os quatro juntos e mamãe Anne também os falou sobre a viagem. Terminaram o almoço e, embora fosse domingo, mamães saíram pra resolver algumas coisas em seus trabalhos antes da viagem. Louis voltou ao quarto e Harry ficou o dia todo sem fazer nada.

Normalmente em domingos eles passavam o dia vendo filmes, conversando ou fazendo alguma outra coisa que Louis queira, com Harry geralmente o mimando e fazendo seus gostos porque sempre fazia tudo o que Louis queria. Mas hoje não, porque ele, teimoso como era, se trancou em seu quarto e o alfa estava em um tédio total.

Passaram praticamente o dia todo nisso, sem se falar e se vendo raramente.

No entanto, à noite, Harry decidiu que tinha que acabar com isso. Mamães já tinham saído para a viagem e Louis já estava indo em direção ao seu quarto quando o maior o puxou para o seu colo, o prendendo com força em seus braços.

— Harry, me solta — falou com um biquinho nos lábios, tentando parecer bravo, mas sendo um total fracasso por conta de sua fofura.

Harry não resistiu e levou seus lábios ao biquinho dando um selinho ali, vendo Louis se afastar rapidamente.

— Para com isso — falou e dessa vez o alfa realmente pôde notar um tom irritado em sua voz.

— Por que está bravo, Lou? O que aconteceu? — perguntou, afrouxando seus braços em volta do menino, apoiando as mãos em suas coxas que estavam cada uma de um lado de seu corpo.

— Nada aconteceu — respondeu, o biquinho de volta aos lábios. Cruzou os braços, mas não saiu do colo do mais alto. — Eu só não gosto quando você faz essas coisas.

Harry franziu o cenho, mas não acreditou totalmente em suas palavras.

— Verdade, Lou? — perguntou, porque queria ter certeza. No entanto, Louis não o respondeu e virou o rosto, as bochechas vermelhas, mostrando que estava mentindo. Harry suspirou e continuou: — Bebê, de verdade, o que está acontecendo?

Ele mordeu seu lábio inferior e levou suas mãozinhas ao peito do outro, passando-as por ali em um toque suave, mas nervoso.

— E-eu estou confuso. Eu gosto de quando você me toca assim, Hazz, mas depois você já vai correndo para algum ômega e eu fico triste — respondeu, a voz baixinha e chorosa enquanto o biquinho não saía de seus lábios.

Harry respirou fundo. Nem ele mesmo entendia o porquê fazia aquilo se sabia que era apaixonado pelo seu Lou. Ele já tinha percebido que Louis não precisava ser um ômega para o satisfazer porque ele era delicioso desse seu jeito. No entanto, sempre achou que Louis o via somente como um irmão (agora percebeu que não). Ele também, há alguns meses atrás, não conseguia admitir pra si mesmo que gostava do outro de um modo a mais do que irmãos, então tentava esquecê-lo saindo com outras pessoas; depois, quando já admitia para si mesmo seus sentimentos, somente continuou para satisfazer suas necessidades.

— Lou, eu sei que eu realmente era um idiota por fazer isso com você, meu amor, mas ultimamente eu percebi que não preciso de mais ninguém, eu preciso só de você, Lou — falou, olhando profundamente nos olhinhos marejados de lágrimas. — Se você me quiser também, eu prometo que não vou ficar com nenhuma outra pessoa. Eu quero só você.

Louis deu um pequeno sorriso e assentiu enquanto descansava sua cabeça na curva do pescoço do outro, sua respiração causando-lhe arrepios.

— Hazz, eu não me sinto muito bem mesmo — falou um momento depois. — Eu estou com tanto calor.

Harry franziu o rosto, estranhando. Pensou um pouco sobre aquilo e a primeira coisa que veio em sua cabeça foi que Louis estava entrando em um cio, mas isso era muito improvável. Ele não tinha mais idade para esse ser seu primeiro cio, talvez fosse só algum mal-estar ou algo assim.

— Você quer alguma coisa, amor? Talvez um copo de água? — perguntou acariciando o rosto do outro.

Ele assentiu novamente e Harry o tirou delicadamente de seu colo, indo pegar um copo de água pra ele.

Estava voltando para a sala quando um cheiro o atingiu e paralisou, derrubando o copo no chão. Harry conhecia perfeitamente aquele cheiro e, mesmo achando impossível, não pôde controlar o rosnado baixo, a excitação crescendo.

Porra.

H&L

Harry saiu pra pegar um copo de água para Louis e aquele desconforto só aumentou. Sua barriga começou a doer e o calor era insuportável. Começou a se sentir inquieto, a desejar alguma coisa, mas não sabia exatamente o que era. Só queria tanto.

Sentiu sua entrada se contrair e um líquido sair de lá. Levou um choque ao perceber o que estava acontecendo.

Isso tinha que estar errado, ele não era um beta?

Se contorceu no sofá, o corpo quente e excitado. Literalmente se esfregava tentando encontrar algum alívio. Mas a única coisa que finalmente aliviou um pouco foi quando levou um dedo até sua entrada, sentindo-a já totalmente lubrificada. Passou o dedo em volta, soltando suspiros e ofegos pela sensação, logo enfiando o primeiro dedo.

Oh, meu deus.

Gemeu alto quando começou a movimentar, rebolando em seu dedo. Ele precisava de mais um, mas quando estava prestes a pôr um outro dedo, Harry entrou na sala. Louis não pôde controlar mais um gemido. 

— Harry, por favor.

Precisava tanto dele.

Ainda com um dedo dentro de si, rastejou até o alfa e notou suas pupilas dilatadas, excitado. Louis gemeu novamente. Logo sentiu braços em volta de si, quando Harry o puxou para seu colo, tirando seu dedo de sua entrada, o fazendo murmurar em protesto.

— Por favor — gemeu necessitado. Louis não conseguia pensar em nada, só precisava de algo dentro de si, de Harry dentro de si, fazendo-o dele, seu ômega.

— Calma, bebê — rosnou em seu ouvido enquanto o levava pra cima. — Eu vou fazer você se sentir tão bem, amor. Vou te foder tão gostoso.

Chegaram ao seu quarto e Harry abriu a porta desajeitadamente enquanto Louis tinha dado um jeito de levar uma mão ao seu mamilo, apertando-o entre seus dedos, deixando-o duro e sensível.

Harry o deitou na cama e, enquanto tirava sua própria camiseta, Louis pensou em como o alfa era gostoso. Ele era definitivamente o alfa mais bonito da cidade e não era para menos que todos o queriam.

O ômega gemeu quando o outro voltou para cima de si, se sentindo realizado ao pensar que finalmente seria dele. E ele seu.