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Depois do choque que aquelas palavras causaram neles, com um Louis chorando desesperado, mamãe Jay tentando acalmá-lo dizendo que era cedo para tirar conclusões precipitadas e Anne dando um sermão horrível em Harry de como tinha sido irresponsável, todos se acalmaram e resolveram deixar aquele assunto um pouco de lado. Como Jay disse, não queriam conclusões precipitadas.

No entanto, algumas semanas depois, Louis começou a passar mal, com enjoos, cansaço e uma bipolaridade terrível; sem contar que não havia passado pelo cio aquele mês. Então concluíram o óbvio, só precisavam de uma confirmação, que era o teste de gravidez com o resultado positivo que Harry tinha em suas mãos agora.

— O resultado pode estar errado — falou, um pouco petrificado.

Um Louis choroso pegou o teste de sua mão, jogando na cama, onde já havia um outro.

— Esse é o segundo que eu faço, Hazz, os dois deram positivo — fez um bico enorme nos lábios, a cabeça baixa. — Eu estou grávido.

Harry respirou fundo, a realidade caindo em cima de si com aquela frase. Porra, seria papai.

Havia sim uma parte sua totalmente horrorizada com isso porque, afinal, tinha acabado de sair da adolescência, ainda morava com suas mães e seu irmão, que seria o outro papai, tinha apenas dezessete anos. Mas havia aquela parte, a parte talvez mais louca dele, onde sentia uma felicidade enorme. Qual é, teria um filho com o ômega que amava; talvez não fosse o momento certo ainda, mas não conseguia tirar essa alegria de si.

Harry abraçou Louis bem apertado, ouvindo seu ofego surpreso.

— Vai ficar tudo bem, amor. Vai dar tudo certo — falou em seu ouvido, sentindo o corpo menor ficar um pouco mais relaxado.

— Okay.

O próximo passo foi contar para suas mamães. Já era noite e os dois resolveram que seria um bom momento fazer isso durante o jantar.

— Bom — começou Harry. — Acho que todos nós já suspeitávamos disso, mas hoje nós tivemos a conclusão. Louis está grávido.

Elas apenas ficaram olhando para os dois e suspiraram um momento depois.

— Já era de se esperar depois dessa semana. — Anne falou. — Nós não vamos julgar, porque nós entendemos. Era um cio, o primeiro do Lou, ele estava confuso, Harry também, vocês não pensaram e acabou acontecendo. É compreensível. Só queremos que vocês sejam responsáveis agora. E Louis, querido, você sabe que pode decidir o melhor pra você, se quer ter ou não.

— Eu quero — respondeu Louis de prontidão, olhando para sua barriga, onde suas mãos estavam pousadas.

— Vai ficar tudo bem, mamãe — disse Harry, olhando com carinho para Louis e entrelaçando seus dedos embaixo da mesa.

— Okay então. — Jay disse com um sorriso e o alfa podia ver um pouco de lágrimas em seus olhos. — Nem acredito que meus bebês já cresceram. Eu vou ser vovó.

Deram risadinhas baixas e até Anne se descontraiu enquanto conversavam sobre ser uma garota ou um garoto e sobre coisas que poderiam comprar para o bebê.

Depois do jantar, subiram para o quarto de Harry. Louis se deitou em sua cama e o maior se deitou ao seu lado, o abraçando, tocando sua barriga que ainda não tinha nenhum sinal de gravidez por ser apenas o primeiro mês.

— Você está feliz? — perguntou Harry, acariciando a bochecha rosada.

— Sim, só estou um pouco confuso. Quero dizer, eu tenho só dezessete. Mesmo assim, eu quero tanto ela.

— Ela? — Harry franziu as sobrancelhas confuso.

— Sim, a bebê. É uma menina. — Louis o olhou com seus grandes olhos azuis e o alfa quis rir. Louis era um tanto quanto estranho e fofo ao mesmo tempo e isso o encantava.

— Como sabe que é uma garota?

— Porque é, Hazz, é a minha garotinha. Eu sinto. — Deu um sorriso lindo, ruguinhas se formando debaixo de seus olhos.

— Mas e se for um menino? — perguntou Harry divertido.

— Bom, acho que não, mas seria mais fácil cuidar de um garotinho, eu acho.

— Sim, eu também acho que seria mais fácil cuidar de um garoto — respondeu o maior, pensando em tantas coisas. — Mas e se forem dois?

Louis o olhou surpreso, com um sorriso pensativo no rosto.

— Dois bebês? Meu deus, isso seria tão bom. Duas criancinhas correndo pela casa. — Riu, as mãozinhas cobertas pelo suéter em frente ao rosto.

— Sim, seria maravilhoso. Mas mesmo se não forem dois, nós podemos ter mais pela frente, Lou. Nós ainda somos novos — respondeu Harry, dando um beijo em sua testa.

— Uhum. Você quer ter mais bebês comigo? — perguntou, a voz baixinha e tímida.

— Sim, muitos bebês, vários deles, correndo pela casa, deixando nossas mamães doidas. — Riu e Louis o acompanhou, se encolhendo em seu corpo como um gatinho.

— Hazz?

— Sim?

— Eu te amo — falou, sua voz tão baixa que Harry teve que se esforçar para ouvir.

Deu um sorriso enorme.

— Eu também te amo, Lou.

Passaram o restante do tempo conversando. Louis disse que conversaria com Niall sobre isso e ele tinha certeza que seu amigo ficaria animado. Harry também conversaria com Zayn e Liam, seus amigos, mas, ao contrário de Louis, não podia imaginar suas reações. No entanto, esperava que eles aprovassem porque, afinal, Harry teria mais uma família agora. Ele, seu Lou e o bebê.

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