29. The tree house

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*Lea POV*

Tinha passado o dia na praia. Ir até lá ajuda-me sempre, ouvir o som das ondas, sentir a brisa do mar... Mas, desta vez, nada estava a resultar. 

Eu não sabia o que fazer. Eu voltei a apaixonar-me pelo Zayn, sem saber que já me tinha apaixonado antes. Se me apaixonei duas vezes, é porque realmente tinha de ser. Nestes casos, eu acredito muito no destino. Acredito que isto tudo já estava destinado e que tinha de acontecer. Mas porquê? 

Agora que me lembro, eu tenho a certeza de que eu o amo mais que tudo na vida. Mas eu não consigo. Eu tive a viver uma mentira durante este tempo todo. É certo que a verdade dói, mas eu preferia ter sabido logo de toda a verdade. Porque a mentira... a mentira destrói-nos. Eu preferia que me tivessem magoado em vez de me terem destruído.

O toque do meu telemóvel interrompeu os meus pensamentos.

-Ainda estás na praia? - o Niall perguntou

-Sim, porquê?

-Posso ir buscar-te? 

-Podes, mas está tudo bem?

-Vai ficar.

Passado alguns minutos o Niall já tinha chegado. 

-Preciso de te levar a um lugar, ok?

-O que se passa Niall? Pareces nervoso. - eu perguntei preocupada

-É o Zayn... - ele suspirou - Eu não te posso dizer muito, só preciso que aceites falar com ele, Lea.  Sei que ainda não estás preparada mas tem mesmo de ser. 

De facto, eu ainda não estava preparada para falar com o Zayn. Eu sentia-me fraca demais. Só aceitei porque queria saber o que se passava.

O Niall parou o carro e disse-me que a partir dali eu teria de percorrer o caminho à nossa frente, a pé.

Fiz o que ele me disse e tive a sensação de que já tinha estado ali antes. O caminho estava diferente mas eu tinha a certeza de que já o tinha percorrido inúmeras vezes. 

Andei até chegar a uma espécie de floresta ou um jardim grande, com árvores muito altas. Numa delas tinha, o que me parecia ser, uma casa na árvore. Já deviam ser por volta das 18/19h. Os pássaros cantavam e estava calor.

Ele estava lá... sentado na casa da árvore. Com o seu sorriso rasgado que me dava borboletas na barriga.

Subi e verifiquei que a nossa casa da árvore estava exatamente como estava há um ano atrás. Nada tinha mudado. Parecia que este ano nunca tinha acontecido, que o tempo ali tinha ficado parado. E era isso que eu mais queria. Voltar um ano atrás e ficar ali com o Zayn, parados no tempo, na nossa casa da árvore. Ali tudo parecia tão mais fácil. Parecia fácil perdoar. Parecia fácil amar. 

Comecei a chorar e o Zayn abraçou-me fortemente. O meu porto seguro estava ali. Inspirei e senti o cheiro dele que sempre me acalmava e fazia sentir segura. 

-Eu estou aqui, Lea. - ele sussurrou ao meu ouvido - Vai tudo ficar bem, eu prometo. 

Permanecemos mais alguns minutos abraçados, mas nunca parecia ser o tempo suficiente.

Ele olhou nos meus olhos e deu um beijo na minha testa. 

-Eu fiz uma coisa e eu sei que tu não me vais perdoar. - suspirou - Aliás, eu fiz várias coisas que sei que não vais conseguir perdoar. - acariciou o meu cabelo enquanto uma lágrima escorria pelo seu rosto - Céus, as saudades que eu vou ter tuas. - voltou a suspirar e prosseguiu - Eu vou ter de me ir embora. Vou-te dar tempo e espaço. Mas eu vou voltar, Lea. Vou voltar porque eu preciso de ti. Mesmo que não me consigas perdoar, eu espero que fiques à minha espera, tal como eu esperei um ano por ti. Não me interpretes mal. Eu esperaria mil anos se fosse preciso, desde que te voltasse a ter nos meu braços. - ele voltou a abraçar-me e eu soube que era o fim, que dali a uns minutos, tudo estaria acabado e eu não o ia ter ali ao pé de mim - Eu amo-te tanto, Lea. Tanto, tanto, tanto. - ele sussurrou

-Eu amo-te mais. - e esta era a mais pura das verdades

-Se tu o dizes... - depositou um leve beijo nos meus lábios e sorriu 

Ter de o ver a ir embora não foi fácil. Ficar ali, na nossa casa da árvore completamente sozinha rodeada de memórias, não foi fácil. Memórias perdidas, memórias recuperadas, memórias que talvez nunca mais voltassem a acontecer. 

Já se passaram dois anos desde que eu o vi a ir-se embora. E ele nunca mais voltou. 

FIM

 -

acabouuuu

no último dia de 2015, yey

é normal eu ter chorado a escrever o final? meu deus, estou sensível hahah

oh, vou ter tantas saudades :(((

obrigada a todas as pessoas que leram, comentaram e votaram

muito obrigada, a sério, de coração

sei que talvez este não fosse um final desejado por vocês

mas os finais felizes são uma treta

muitos beijinhos com todo o meu amor 

xx




If You Say So - Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora