Capítulo 6 - The Squad

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- LILLIAN VOLTA AQUI AGORA! - minha mãe gritava atrás de mim, mas eu a ignorava.

Subi as escadas como se nada estivesse acontecendo, abri minha mala e comecei a arrumar as minhas facas.

- Caramba, eu só fui falar com o meu pai. Não é motivo pra todo esse ataque de fúria. - Falei sem tirar os olhos das facas.

- NÃO É MOTIVO? COMO NÃO É MOTIVO? EU CONHEÇO SEU PAI, VOCÊ NÃO! - Ela começou a gritar perto do meu ouvido agora.

- Mãe, para de gritar. - Eu disse segurando forte em um cabo de uma faca para me acalmar.

- ELE VAI TE MATAR! VOCÊ NÃO ENTENDE ISSO? EU SÓ...

- EU MANDEI CALAR A BOCA! - Perdi a cabeça e lancei a faca na direção da dela.

Ela se abaixou no exato momento em que a faca ia atingir o cento de sua cabeça, fazendo a faca parar na parede ao fundo. Quando tomei conhecimento do que havia feito, minha mãe levantou lentamente, como que se estivesse com receio do que eu poderia fazer.

- Meu Deus. Meu Deus, desculpa mamãe por favor. - Corri até ela é a abracei. - Eu me descontrolei, você sabe...

- Tudo bem Lilly. Já sofri coisa pior. - Ela disse me reconfortado, depois me soltou. - Agora, é hora da senhorita ir dormir.

- Mas mãe, - Ela apontou para a cama. - Tá bom.

Tirei a minha roupa e deitei. Fiquei pensando durante um tempo, porque meu pai me mataria. Ele parecia bem quando estávamos conversando. Mas ele é um psicopata que não tem amor por nada ou por ninguém, então não se pode esperar muita coisa dele.

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- Como foi a sua primeira noite aqui? - Minha mãe me perguntou, enquanto fazia ginástica ou qualquer merda que envolve contorcionismo.

- Boa. Tive uma cama pelo menos.

Esfreguei meus olhos, e fui a procura de comida. Encontrei um lanche na geladeira o peguei. Liguei a TV e girei os canais em busca de alguma coisa que prestasse, enquanto comia.

- Vou passar a noite fora. - Ela falou enquanto fazia uma parada de mão.

- E o dever te chama. - Brinquei. - Missão?

- Sim.

Minha mãe faz parte do Esquadrão Suicida. O protocolo diz que ela não deve contar pra ninguém, mas ela conseguiu um acordo com a Amanda Waller - líder da Força Tarefa - e eu pude ficar sabendo.

Quando terminei de comer resolvi que era uma boa hora para treinar e tomar um banho. Treinei um pouco de luta com as coisas que a minha mãe tinha, lancei algumas facas e comemorei pelo fato das minhas habilidades não terem sumido.

Eu sou ótima com facas.

Depois que sai do banho, percebi que a minha mãe já havia saído. Coloquei uma regata e uma calcinha, já que não pretendia sair, e voltei a rotina entediante de rodar os canais, até parar no Gotham City News.

"As buscas incessantes da polícia de Gotham atrás da criminosa conhecida popularmente como Lilly Quinn, não deram resultados até agora. A recente fugitiva do Arkham Asylum, conseguiu sua saída com a ajuda de alguns seguranças do próprio lugar. Pedimos que se avistarem essa criminosa, não se aproxime e chame imediatamente a polícia. Sabemos que o risco que ela transmite é grande devido sua insanidade mental, e sua psicopatia precoce. Lembramos também, que ela é filha do criminoso mais poderoso e perigoso de Gotham City, o Coringa. Estejam sempre atentos a qualquer movimento suspeito. Eu sou Mike Engel, e esse foi o Gotham City News."

Eu ri até quase morrer sem ar no chão. Quando consegui parar de rir, me arrastei para voltar ao sofá e minha risada preencheu o lugar novamente. Eles estavam tentando me capturar! Como isso pode ser mais absurdo? Provavelmente era apenas um grupo pequeno de policiais liderados pelo Comissário Gordon, porque o resto é corrupto ou se caga de medo do meu pai.

Provavelmente o Coringa não vai deixar barato as pessoas que tentarem me capturar ou fizerem alguma coisa comigo, a não ser que eu traia sua confiança, o que espero não fazer.

Fiquei me lembrando da minha foto que haviam colocado enquanto transmitiam a matéria. Eles colocaram a foto da última vez que eu fui fichada. Eu tinha agredido alguma detenta, e a briga envolveu bastante água, já que foi durante o banho. Mas a louca aqui, saiu ganhando. Na foto eu estava com o cabelo vermelho molhado, e eu dava um sorriso debochado pra câmera enquanto meus olhos tinham maquiagem borrada, e eu segurava aquela plaquinha com deboche também.

Fui beber água porque eu não sobrevivo apenas de comida - bem que eu queria - e eu ouvi um barulho estranho. Não seria minha mãe, porque ela usaria a porta já ela tem a chave. Meu pai, sem chances. Hera Venenosa? Talvez, mas nenhuma planta estranha aqui. Okay, hipóteses eliminadas. Ninguém que eu conheça está tentando entrar aqui.

- Puta merda, eu vou ter que lutar de calcinha? - Gritei pra pessoa que estava lá.

Quando ia me virar, levei uma pancada na cabeça e desmaiei no mesmo momento.


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- Que porra... - Disse enquanto despertava.

Eu estava em uma sala clara com luzes claras que faziam a minha cabeça latejar de dor por causa da pancada. A última vez que vi um lugar assim foi no Arkham Asylum. Quando ia começar a chorar de decepção por ter perdido para o GCPD, ouvi uma voz que, com certeza, não parecia com a da Dra. Evans.

- Olá Lillian. - Uma mulher negra sentou na minha frente.

Eu reconheceria a mulher que tira a minha mãe de mim todas as noites em qualquer lugar.

- Amanda. Quanta hospitalidade. - Me referi as algemas na minha mão. - Você não deveria estar comandando uma missão?

- Era uma isca. Nesse momento a sua mãe está trancada em uma cela porque ela não soube se comportar. - Ela me olhava com a maior tranquilidade, enquanto eu a olhava indignada. - Bom, tenho uma proposta pra te fazer.

- Faça. - Falei me ajeitando na cadeira.

- Quero que entre para a Força Tarefa X, ou como deve conhecer, Esquadrão Suicida.

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