CAPÍTULO 4

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- Cristina, quem deu a você o direito de entrar na minha sala dessa maneira?! - Rosna Harrison.

- Bom dia pra você também querido - Diz o encarando e em seguida olha para mim - Você disse que eu ia ter a chance de apresentar o meu projeto - Sorri e arqueia a sobrancelha de forma debochada.

- Eu não disse isso, você simplesmente colocou isso na sua cabeça doentia. Agora saia imediatamente, estamos em uma reunião importante.

- O dia de apresentação de projetos na empresa, pensou que eu me esqueceria? Você prometeu me dar a oportunidade de mostrar o meu projeto.

- Não me lembro de ter prometido nada a você, agora se retire, antes que eu seja obrigado a chamar a segurança.

Que patético. Eu sentia vontade de pedir que meu querido chefe fosse discutir a relação com sua amante em outro cômodo da empresa, menos na minha frente, proporcionando um espetáculo a todos, e me fazendo perder tempo com a apresentação do meu projeto.

- Você não ousaria...- Ela sussurra e ele impaciente levanta da sua cadeira.

- Um momento senhores - Ele diz e praticamente agarra a mulher pelo braço e a leva para fora da sala.

- Que papelão - Murmura Patrícia.

- Ora, ora, quem diria que teríamos um pequeno show como esse, ainda mais proporcionado por Harrison - Diz Robert.

- Concordo com Patrícia em dizer que foi patético. Como ele pode deixar sua amantezinha entrar aqui e fazer esse papelão. Não foi nem um pouco profissional da parte dele - Rosna Caleb.

- Amanda, você está bem? - Pergunta Miguel.

- Sim, estou. Na verdade, estou ótima!.

- Será que a conversa lá fora vai demorar muito? Harrison se esqueceu que temos outros compromissos? - Se queixa Robert.

- Na verdade, acho que você tem razão Robert.

- Eu tenho? - Ele arqueia a sobrancelha.

- Claro! Não podemos parar o espetáculo e nem desperdiçar o tempo de vocês. Bom, continuando da onde parei...

- Espera aí Amanda, não vai esperar Harrison?! - Diz Caleb.

- Não, eu não vou, e nem vocês. Se ele quiser saber sobre o projeto ele que leia sozinho depois.

- Ele vai ficar uma fera - Sussurra Patrícia.

- Não me importo em ser demitida, se quem não foi nada profissional foi ele, Patrícia.

- Tem razão, continue.

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Parabéns senhorita Breyner! Estou orgulhosa de você!

- Espelho, espelho meu, tem uma mulher mais incrível do que eu? - pergunto ao meu reflexo no espelho - Mais é claro que não - Sorrio triunfante.

Eu consegui! Mal consigo acreditar! Eu, uma estudante de engenharia civil consegui que meu projeto de um resort luxuoso fosse comprado pela Harrison Company, e o melhor, tenho grandes chances de se tornar a engenharia principal responsável pela obra. Bem, isso infelizmente vai depender do senhor Harrison Senhor Harrison...quem seria aquela mulher? Caleb disse que era amante de Harrison. Será verdade? Que patético da parte dela passar por aquele papelão. Ele deve ter prometido mil e uma coisas e a tonta deve ter acreditado, depois que conseguiu o que queria, esqueceu as promessas que fez. Típicos dos homens, eu os conheço muito bem.

Saio do banheiro e levo um susto ao me deparar com Harrison aparentemente me aguardando de frente a porta. Céus, porque parece que perco o controle perto desse homem? O que ele faz comigo...

- Na minha sala, agora mesmo - Ele rosna e em seguida sai.

Maldito filho da mãe, quem ele pensa que é para falar comigo dessa maneira?.

Respiro fundo e caminho em direção a sua sala. Elisa, secretária de Harrison levanta rapidamente quando passamos por ela e esconde um sorriso quando me vê. Entramos em sua sala e eu fecho as portas atrás de mim. A sala é realmente um lugar incrível, janelas de vidro, dando uma bela e incrível paisagem dos prédios vizinhos e da manhã cinzenta de Seattle. Mobília fina e cara, quadros preto e branco, uma sala extremamente luxuosa.

- Impressionada com a minha sala, senhorita Breyner? - Ele pergunta me tirando dos meus devaneios.

- É uma bela sala - Digo ao me aproximar cautelosamente.

- Você também poderia ter tido uma como essa.

- Eu vou ter uma como essa - O corrijo corajosa.

- Não, você não vai, pelo menos não na minha empresa.

- O que? - Digo incrédula.

- Ninguém mandou você apresentar o projeto aos sócios sem a minha presença, senhorita Breyner. Esqueceu que sou o dono da empresa?.

- Não poderia esquecer isso nem se quisesse.

- Você está esquecendo que é apenas uma estagiária aqui, não haja como se fosse a dona.

- Os outros sócios tinham outras coisas a fazer, e...

- E você decidiu ter a ousadia de apresentar esse maldito projeto.

- Não fale assim dele, não sabe o esforço que tive para construi-lo - Rosno em silêncio.

- E olha só, irá perder tudo por um erro estúpido da sua parte.

Senhor, dai-me controle. Respiro fundo.

- Por favor, senhor Harrison...

- Já ouviu falar na palavra submissão, Amanda? - Me pergunta e começa a andar por tras de mim.

- Sim...

- Tem certeza que sabe o que significa?.

- O que quer saber é se sou uma mulher submissa? - Retruco.

- Exato.

- Não, eu não sou, nunca fui.

- Pois eu recomendo que comece a pensar a respeito. Pessoas submissas costumam ter tudo o que desejam.

- Se humilhando aos outros.

- Eu não vejo desse modo.

- Não consigo ver de outro.

- É realmente uma pena, Amanda, eu estava começando a me interessar pelo seu projeto - diz e caminha de volta até sua cadeira.

- Não pode fazer isso comigo! Todos os outros sócios aceitaram o projeto do Harrison Resort.

- Sou eu quem dou a decisão final. A opinião deles não vale merda nenhuma comparada a minha.

- Senhor Harrison...

- Não disse que não era uma mulher submissa, Amanda? - pergunta e arqueia uma sobrancelha.

Maldito filho da mãe! Está fazendo isso de propósito!

Me mantenho calada diante da sua pergunta estúpida.

- A que ponto chegaria por seu precioso projeto? - Pergunta me surpreendendo.

- O que quer dizer com isso?.

- O que estaria disposta a fazer para que seu projeto tenha a minha assinatura?.

- Qualquer coisa, é muito importante pra mim.

- É mesmo, senhorita Breyner? - Caminha até mim novamente - Pois tem uma maneira.

- Me diga qual.

- Seu projeto teria a minha assinatura, eu nomearia você engenheira chefe da obra, e você ainda ficaria com uma boa porcentagem do lucro do Resort.

- Tudo isso em troca de que? - Pergunto e ele me encara com um sorriso sedutor em sua postura rígida.

- Que seja minha por uma noite.

Meu Deus...

PRECIOSA VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora