CAPÍTULO 8

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Como vai senhor Harrison? Espero que esteja muito bem. Você é bem diferente do que era no passado, ou você continua abusando de meninas indefesas? Lembra-se dessa data? Lembra-se do que aconteceu em vinte e cinco de agosto de dois mil e dois? Se lembra da garotinha que você abusou? Você é um desgraçado. Ai de você se todos descobrissem o que fez, você estaria arruinado.

- Mais que raios significa isso, Ester?! - Rosno para a minha secretária.

- Eu...eu não sei, eu não sei senhor Harrison, estava aí quando eu cheguei e...

- Quem trouxe essa carta?! Quem?!

- Eu já disse que não sei - Bufa nervosa - Não tenho a menor idéia.

- Diga a Heitor que eu quero agora mesmo as câmeras de segurança do corredor e aqui da sala.

- Sim senhor, algo mais?.

- Sim, desapareça da minha frente - Rosno e Ester sai rapidamente da sala.

Está mais que evidente o quanto fiquei nervosa depois do que li naquela carta. Eu não me orgulho das coisas que fiz no passado e tento a todo custo não cair em tentação novamente. Não sou um tarado, muito menos louco pervertido por mulheres, normalmente eu pago mulheres, ou elas de livre e espontânea vontade se submetem a fazer o que eu quero. Mais não vou negar, houve uma época em que eu não tinha paciência para levar as garotas para encontros e cinema, eu era como um predador sedento se fome quando eu encontrava alguma mulher do meu interesse. Eu simplesmente não conseguia controlar a vontade enorme de fode-las. Quando eu encontrava alguém do meu interesse, meus olhos não desviam dela, e eu já sabia que no final da noite ela seria minha. Não considero essas mulheres minhas vítimas, além do mais, algumas eram meras prostitutas, interesseiras ou mulheres fáceis, se calavam simplesmente pela noite fantástica de sexo, ou pela quantia generosa que eu dava a elas.

Mais no dia vinte e cinco de agosto de dois mil e dois, lembro como se fosse hoje quando meus olhos foram atraídos por uma bela jovem. Devia ter seus dezesseis anos, tinha os cabelos loiros e sedosos, pele clara, olhos azuis, corpo magro e bem feito. Ela vestia um uniforme de colegial, blusa social branca, saia cinza até os joelhos e sapatilhas pretas. Ela estava distraída mexendo no seu celular e parecia estar perdida. A rua estava deserta e a chuva começava a cair, olho para o lado direito da boate e vejo um beco escuro e vazio ao lado. Parecia perfeito.

Fui me aproximando dela a passos lentos e não demorou muito até que eu esbarrasse nela e segurasse seu braço com força a empurrando para o beco.

- Socorro! Me solta! Me deixa em paz! Não. Por favor, NÃO!

Ela era apenas uma menina ingênua em todos os aspectos, lembro do sangue rolar em sua volta e eu disfarçar de todas as maneiras minha cara de espanto ao vê-la no estado em que eu a vi. A chuva cobria seu corpo, ela praticamente não se mexia, e seu olhar permanecia distante para um ponto qualquer. É como se ela tivesse perdido completamente seus sentidos. Não sei o que me deu mais eu soube que naquela noite foi diferente das outras vezes. Foi uma menina, eu a dominei, eu a violei, meu corpo parecia não querer se soltar do dela, uma conexão inexplicável.

Pela manhã bem cedo sai da Alemanha, aquele ambiente não me parecia tão interessante como antes, fui para lá a negócios, e adiei duas reuniões importantes sentindo a culpa pesar sobre meu corpo. Aquele ambiente parecia sufocante para mim, não aguentei permanecer lá por mais um dia.

- Me chamou senhor Harrison? - Diz Heitor me tirando dos meus devaneios.

- Sim, quero todas as câmeras de segurança do corredor e aqui do escritório, todas as imagens gravadas no dia de hoje, todos que entraram e saíram da minha sala.

PRECIOSA VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora