CAPÍTULO 8

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- Você veio rápido - Diz Judie ao abrir a porta.

- Peguei o primeiro vôo que tinha - digo e entro no pequeno apartamento.

De longe avisto o pequeno ser de uma beleza impressionante brincando no chão, com um monte de brinquedos a sua volta.

- Mamãe!

Harry se parece muito pouco comigo. Acho que herdou de mim apenas os olhos azuis e o jeito meigo. Olhando para aquele menino...mal consigo acreditar que é meu filho.

- Está tudo bem mamãe? - Pergunta Harry se agarrando a uma das minhas pernas. Me ajoelho diante do garotinho.

- Está sim, e você como está?.

- Muito feliz que você está aqui.

- Senhorita Breyner - Diz o homem.

Levanto o olhar e vejo Walter diante de mim.

- Walter, o que faz aqui?.

- Achei que Judie tivesse avisado que tenho notícias sobre o seu caso.

- É sobre aquele assunto?.

- Exatamente.

- Judie, pode levar Harry lá pra dentro, por favor.

- Claro, vamos Harry - Ela diz e leva o menino para o quarto.

- O que descobriu Walter? - Pergunto direta.

- Depois de anos eu finalmente descobri, senhorita Breyner - Ele diz e eu arregalo os olhos.

- Não me diga que...- Digo incrédula.

- Sim, eu descobri quem foi o homem que estrupou a senhorita no dia vinte e cinco de agosto de dois mil e dois.

- Como...como...descobriu?.

- A senhorita sabe que tenho a melhor equipe pra isso.

- Walter, quero que tenha certeza absoluta do nome que vai me dar. Não quero cometer um assassinato por engano.

- Eu tenho certeza absoluta do nome que tenho aqui - Diz e estende um envelope amarelo na minha direção - Pegue, aí está a resposta pra pergunta que sempre fez.

Arranco o papel de suas mãos. Minha mão está trêmula, mais tento ao máximo ser forte naquele momento. Eu sempre quis descobrir o nome do crápula, descobrir para poder matá-lo, fazer da sua vida um verdadeiro inferno, persegui-lo, arruinar sua vida de todas as maneiras, profissional e pessoal. Eu quero ver esse homem a sete palmas em baixo da terra.

Abro o papel e começo a ver fotos do que me parece ser a câmera de segurança da boate que havia do lado daquele maldito beco, detalhes ferrentes a um homem em especial.

Ele vestia blusa social branca e calças pretas. Parecia um predador caçando uma presa.

Artigo Amanda Rezende Evans Breyner.

No dia vinte e cinco de agosto de dois mil e dois a boate Mosier atendia clientes do público masculino. Aproximadamente as sete da noite a boate recebeu mais um cliente. Este parecia conhecer o lugar e aparentava ser muito bem sucedido. O mesmo chegou e logo se dirigiu ao bar, pediu uma bebida e começou a observar o ambiente. O mesmo trocou algumas palavras com mulheres que se aproximaram dele. Aproximadamente as sete e quarenta e cinco o mesmo saiu do lugar. O homem de cabelos negros, olhos azuis, pele clara, corpo aparentemente forte, um metro e noventa, esbanjava ser poderoso e ter dinheiro para todos que estavam ali.

O homem saiu da boate e se encontrava na frente da mesma. Olhava impaciente para o relógio e fez um telefonema. Ele olhava para os lados quando seu olhar se dirigiu para o lado direito da rua. O mesmo se afastou das câmeras de segurança e foi se aproximando do beco. Nessa mesma hora, Amanda Rezende Evans Breyner passava no lugar totalmente distraída mexendo em seu celular. Ela foi abordada pelo mesmo, o mesmo a abordou de forma brusca a empurrando para dentro do beco.

A jovem totalmente assustada começou a gritar e pedir explicações para o comportamento do homem. Seus gritos eram abafados pela mão do mesmo e pela música alta da boate ao lado. Sua bolsa com celular e documentos foi arremessada ao chão, sua saia levantada até acima da cintura e sua calcinha rasgada.

A mesma chorava, gritava e tentava reagir, mais era inútil. Seu corpo magro e frágil não conseguia vencer o homem mais alto e muito mais forte que ela.

Ele a abusava enquanto falava palavras obcenas em seu ouvido. A chuva caía forte, o beco era escuro, a música alta, tudo que incapacitava a mesma de reconhecer o rosto e a voz do acusado. Depois de conseguir seu objetivo a mesma vai ao chão totalmente sem forças. O homem se manteve de pé a sua frente, vendo o estado da sua vítima, o mesmo ainda se ajoelhou diante da jovem e sussurrou em seu ouvido "Minha"

O mesmo foi identificado pelo nome de Christopher Estefh Harrison.
Idade atual: 30 anos.
Estado civil: Desconhecido para todos.
Nacionalidade: Alemão. Morando desde os quatro anos de idade nos Estados Unidos.
Filho de: Robert Estefh Harrison e Elizabeth Drinks Harrison.
Ocupação: Dono de sua própria empresa. A Famosa empresa de engenharia Harrison Company.
Cidade onde mora: Seattle.
Dono de vários bens e posses, segundo testemunhas Harrison estava na Inglaterra a negócios, e teria deixado a mesma no dia seguinte pela manhã. Deixando para trás a vítima de sua violência.

Meu coração queimava de ódio. NÃO PODE SER! Ele? Meu coração bate acelerado, o clima parece ter ficado pesado de repente e minha pressão cai. Quase vou ao chão, se não fosse Walter me sustentar e evitar que eu batesse meu corpo violentamente contra o chão.

- A senhorita está bem? - Ele pergunta.

- Me diga que tem certeza disso - Sussurro.

- Eu tenho certeza disso.

- Então...Então já sei quem eu tenho que destruir e eu o conheço muito bem - Digo determinada.

PRECIOSA VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora