Are you...?

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He was sitting on his tailgate
(Ele estava sentado na traseira da caminhonete)
She was lovin' on his roughneck
(Ela estava enroscada em seu pescoço)
She was talking about running away
(Ela falava sobre fugir)
And he was puffin' on a cigarette
(E ele apenas tragando o cigarro)
Just thinkin'
(Apenas pensando)
"How am I gonna say goodbye?"
("Como vou dizer adeus?")

Louis foi buscar a esposa no aeroporto e estava surpreso com como sentia-se culpado ao vê-la. Durante o trajeto até em casa, ela praticamente não soltou-se dele, disse várias vezes que estava com saudades, que sentiu a falta dele e, por mais que não fosse exatamente verdade, ele respondia sempre que também sentiu e que estava feliz com a volta dela.

Conhecia aquela mulher há anos, desde o primeiro ano de faculdade e foram, antes de qualquer outra coisa, muito amigos. Louis estava longe de casa, longe da família e ter a amizade de Liam e Eleanor serviu para que ele não se sentisse tão sozinho e tivesse com quem contar na assustadora Londres na época. Depois de tudo que passaram juntos, não achou que realmente fosse funcionar o fato de que ele estava diferente durante aquele tempo todo sem que ela notasse. Porém, ela tinha uma certa ansiedade no olhar que ele imaginou o quanto ela estava feliz de simplesmente ter voltado pra casa.

Queria conversar com ela o quanto antes, se livrar daquilo logo, mas precisou voltar à tarde para empresa para trabalhar. Não conseguiu se concentrar em nada, ligou para Harry várias vezes, contando o quanto estava nervoso e preocupado com a reação dela, teve medo de ela não reagir bem. Apesar de ele estar decidido, nunca era fácil de fazer aquilo, especialmente porque fazia muito pouco tempo.

Ele chegou em casa aquela noite e encontrou a casa silenciosa, à luz de velas e a mesa da sala de jantar posta para dois, como se fosse algo muito especial. Repassou em sua cabeça se tinha esquecido alguma data, algum aniversário, alguma coisa relevante, mas um branco total de lembranças estava em seu cérebro.

- Eleanor? - Louis chamou pela esposa devido ao silêncio do lugar. Tirou o sobretudo e o casaco deixando-os nos cabides na entrada de casa. Os sapatos também ficaram por lá e ele deixou sua pasta com o laptop em cima do sofá.

- Oi, meu amor. - Ela tinha um sorriso que mal lhe cabia na boca ao vê-lo. Estava usando um vestido azul simples, mas muito bonito. Louis não teve certeza, mas algo estava diferente naquela mulher.

- O que está acontecendo? - Ele perguntou surpreso, mas mais preocupado do que impressionado.

- Eu tenho um presente pra você. - Ela disse dando um selinho no marido. Louis sentia um medo absurdo, pois era uma péssima maneira de começar aquela conversa difícil. Ele não queria mais adiar, mas aquilo não se parecia com nada do que ele tinha em mente.

- Sabe que não precisa essas coisas. - Ele disse sorrindo nervoso e ela andou até a mesa de centro da sala pegando uma caixa pequena, mais ou menos do tamanho da palma de sua mão e entregando a Louis. - Eleanor, o que é isso? - Ele estava com medo de abrir aquilo e ela apenas continuava olhando pra ele com uma expectativa maior do que ele mesmo viu nela durante o casamento.

Ele teve um pressentimento que vinha mesmo de suas entranhas ao segurar aquela caixa branca em suas mãos. Ele não queria abrir, porque tinha uma vaga noção do que havia ali dentro e ele não saberia o que fazer se confirmasse seu medo naquela hora. Ele tentou disfarçar sua apreensão, mas quando abriu a caixa, sentiu o chão sumir debaixo de seus pés. Suas pernas pareciam não ser mais capaz de sustentá-lo e seu sangue correu gelado em suas veias. Teve quase certeza que seu coração parou de bater nem que fosse por um milésimo de segundo quando ele finalmente deixou a caixa de lado e tocou os minúsculos sapatinhos de lã de bebê brancos que tinham dentro.

LiliesOnde histórias criam vida. Descubra agora