Do what you have to do

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Well our love story reads like a book of lies
(Bem, nossa história de amor é como um livro de mentiras)
Good intentions, better alibis
(Boas intenções, álibis ainda melhores)
No happy endings, no straight lines, no movin' on,
(Sem finais felizes, sem linhas retas, sem seguir em frente)
But no goodbyes.
(Mas sem adeus)
This bittersweet revelry will be the death of me.
(Essa reviravolta agridoce vai ser a minha morte)

Louis acordou de manhã com uma ressaca desumana. Sua cabeça doía e ele mal conseguiu pregar o olho durante a noite. Eleanor estava na cozinha apenas preparando algumas frutas para o café da manhã. Ainda estava chateada com Louis pela forma como ele havia se comportado na noite anterior, mas não disse nada. Não gostava de discussões e estava grávida, quanto menos se chateasse, melhor.

Louis mal consegui raciocinar enquanto terminava de se vestir e buscava a bolsa do laptop pelo quarto sem sucesso, não lembrava onde tinha colocado. Estava fora de seu horário normal, mas ele agora poderia programas suas horas como quisesse. Quase cogitou nem ir ao escritório, sua expressão estava péssima mesmo que ele tivesse tomado banho, estivesse barbeado e com cada fio de cabelo em seu devido lugar.

- Sabe onde larguei meu laptop? - Ele perguntou ao ver Eleanor na cozinha picando algumas frutas para comer junto com seu iogurte sem açúcar.

- Está ao lado do sofá. - Ela disse sem tirar os olhos do que fazia.

Louis finalmente encontrou o que procurava e só então olhou para a bancada da cozinha onde ela havia deixado um café preto e duas aspirinas para dor de cabeça. Ele parou o que fazia e apenas encarou aquele copo descartável ao lado de um copo de água e os remédios. Não era a coisa em si, mas o gesto. Por mais que tivesse sido um grande idiota na noite anterior com a esposa, ela ainda se deu ao trabalho de saber exatamente como o marido acordaria no dia seguinte. Naquele silêncio longo entre eles, Tomlinson sentiu-se tão culpado que não sabia como tudo aquilo cabia dentro dele...

- El... - Ele chamou-a pelo apelido que costumava usar na época da faculdade. Ela não respondeu, apenas ergueu os olhos para encará-lo. - Me desculpe por ontem. - Ele disse honesto e ela largou a faca e a maçã que tinha em mãos. - Eu não devia ter te tratado daquela forma.

- Lou, conheço você há quase dez anos. - Ela recomeçou respirando fundo e tentando ser compreensiva. - Namoramos há cinco e acabamos de nos casar. Tudo que estiver acontecendo com você, me afeta. - Ela tinha um tom de voz calmo e Louis sabia que não merecia que ela estivesse sendo tão legal com ele. - Acha que não o conheço? Sei que algo está errado...

- Nada está errado. - Louis aproximou-se dela, tentando se explicar, mas ele tinha plena noção que ela sempre sabia quando ele estava mentindo. - Eu só estou tentando me acostumar com a ideia de ser pai.

- Não, não é isso. - Ela disse convicta e Louis não contra-argumentou. Era inútil. - Louis, tem quase duas semanas que não fazemos sexo. - Ela disse e Louis realmente estava com medo que ela tocasse no assunto. - Eu achei que você só estava ocupado com trabalho, agora que foi promovido, deve ter novos desafios, algumas adaptações pra fazer...

- Eleanor, eu...

- Mas aí eu voltei de Amsterdã. - Ela não deixou ele falar. Tomlinson estava claramente envergonhado. - Em qualquer outra época, você me arrastaria imediatamente para o quarto sem nem me deixar tomar banho antes ou atender aos meus protestos de estar cansada da viagem... - Ela deu a volta na bancada e ficou de frente para o marido, que tentava buscar em sua mente alguma desculpa pra aquilo que não fosse dizer a verdade. - Você sempre foi um homem passional, Louis... Nossa vida sexual sempre foi maravilhosa... Você sempre me fez sentir bonita, desejada, como se fosse a única mulher no mundo pra você, mas agora...

LiliesOnde histórias criam vida. Descubra agora