14. Bem-vindos à escola onde tudo pode acontecer

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"Eu acho que estava errado, eu sou o culpado e isso é uma vergonha" - IN MY HEAD, por Peter Manos



As luzes estavam espalhadas pelo auditório na segunda-feira. O final de semana passou rápido como um foguete, e parte minha ainda estava ressentida, enquanto a outra buscava formas de fazê-los pagar por brincarem comigo.

Todos os alunos estavam usando uniformes em seu mais perfeito estado, como diretor Louis havia exigido na reunião de mais cedo, passível a punição quem desobedecesse. Havia diversas cadeiras concheadas espelhadas pelo auditório, enquanto havia uma grande pista de dança, próximo a uma mesa de frios com algumas bebidas.

Estava com as mãos nas costas, andando entre os alunos como quem não queria nada, procurando pelos projetores, que atualmente estavam exibindo videoclipes da banda. Olhei em volta, observando aquelas várias pessoas cuidando das luzes e equipamentos de vídeo, enquanto outra parte cuidava de toda a gerigonça ridícula que eles montaram no palco. Eram plataformas, onde em cada degrau se encontrava um dos instrumentos, estando o baixo no topo das plataformas.

O projetor exibia um vídeo dos meninos, onde eles estavam em uma sala em ruínas, parecendo ser no topo de um prédio pelo cenário ao fundo, com chão molhado, e em sua volta havia placas em chamas. Eles tocavam os instrumentos com o corpo molhado, ao ritmo de Hazy, e a fumaça passava entre os instrumentos enquanto cenas de um casal de atores se intercalavam aos takes dos meninos cantando.

Mordi meus lábios, me encostando em uma das paredes e observando de longe aquelas pessoas com fones de ouvido e olhando para os lados, enquanto passavam informações no equipamento de microfone acoplado nos fones. Seus dedos sempre corriam pelo computador em sua frente e checando as luzes.

Se eu quisesse chegar ao meu objetivo, precisava de um jeito de acessar aquele sistema, de alguma forma, ou meu plano iria de água abaixo. Encarei os fios espalhados pelo chão e deixei um sorriso despretensioso surgir em meus lábios, cumprimentando as pessoas que passavam por mim como se eu as conhecesse. Quando cheguei próximo aos staffs da produção, respirei fundo e apertei o pen-drive dentro do bolso do meu blazer enquanto os vi conversando um com os outros, mas sempre atentos.

Eu sabia o que tinha que fazer, mas estava com medo. O que aconteceria comigo se eu fosse pega?

Respirei fundo e fingi tropeçar nos fios, desconectando alguns e quase derrubando o gabinete do computador junto comigo. Fiquei de joelhos no chão e segurei meu próprio braço, fingindo sentir dor, choramingando, enquanto um dos produtores vinha na minha direção. Rapidamente, puxei o pen-drive e coloquei o gabinete rapidamente antes que alguém percebesse.

Posso Anotar o Seu Segredo? [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora