• Capítulo Três - O que eu vou fazer agora?

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• ARIANA GRANDE •

Hoje era sem dúvidas um dia muito especial, para mim, porque os meus pequenos estavam completando cinco aninhos de muita alegria.

Meu apartamento com a Méri, estava lotado de crianças para todo lado enquanto eu corria para ajeitar o bolo na mesa. Todo mundo cantou parabéns junto e eu preparei a câmera.

- Pose para a foto, meus amores. - Eu faço um sinal para eles.

Apesar dos meus filhos serem gêmeos, eles estavam longe de ser parecidos, tanto na personalidade quanto na aparência. Austin tinha os cabelos castanhos como os meus, mas os olhos eram um azul esverdeado que eu não fazia ideia de onde havia saído.

Quanto a Anelie, seus cabelos eram puxados mais para o loiro, seus olhos eram bem caramelados quase em um tom dourado, como os do pai dela.

Minha pequena beijou a bochecha do seu irmão para a foto e eu bati palmas, animadamente. Eu passei a minha vida inteira sozinha por ser filha única, então eu queria criar os meus filhos quase como cúmplices.

- Todo mundo reunido agora. - Méri reúne as crianças.

Não demorou muito para que eu tinha tirado todas as fotos possíveis.

- Mamãe, não fizemos os nossos pedidos. - Anelie cruza os braços. - E agora?

- Tudo bem, mamãe vai acender a vela novamente, ok? - Eu sorrio.

Acendo a vela do bolo e como a tradução de todos os anos, eles assopram as velas juntos fazendo seus respectivos pedidos.

- Não acredito que eles estão tão grandes. - Méri comenta. - Eu literalmente peguei eles no colo e agora sei que eles odeiam que a gente os trate como crianças.

- Eu não acredito que já se passou tanto tempo. - Eu digo.

Não importava quanto tempo havia se passado desde que eu havia saido da vida de Justin, porque eu literalmente tinha suas cópias dele aqui dentro da minha casa que me impediam de esquece-lo.

Anelie se parecia fisicamente e o Austin tinha a mesma personalidade.

- Você ainda acha que está fazendo a escolha certa de estar escondendo eles dois do pai? - Méri indaga, devagar.

Eu sabia que ela se preocupava com os meus filhos e era por isso que todo ano ela queria garantir que eu ainda não havia me arrependido da escolha que eu fiz.

- Acredite, eles vão estar mais seguros se eles nunca fizerem parte da vida do Justin. - Suspiro. - Ele não leva uma vida boa.

- Mas ele ainda sim é o pai dos seus filhos, você não concorda? - Ela me olha nos olhos. - Um dia eles vão crescer e vão querer conhecer o pai.

- Acho que vou esperar esse dia chegar. - Sou sincera. - Só vou voltar para aquele lugar quando eu for obrigada a voltar.

Eu não queria colocar os meus filhos em perigo e também, eu não queria que eles pudessem ser rejeitados assim como a ideia de ter um filho foi.

Nunca tive uma boa mãe, aquela que faria qualquer coisa para proteger os seus filhos, então eu preciso ser essa mãe para eles, para que eles tenham uma vida melhor do que a eu tive.

- Eu te apoio na decisão que você tomar. - Ela me abraça forte.

Então eu escuto o meu celular vibrando no bolso da minha calça. Solto a minha melhor amiga e abro as mensagens que chegaram.

Número desconhecido: Ariana, aqui é a sua mãe.

Número desconhecido: Sei que você não está no país, mas eu estou seguindo as últimas vontades da sua tia preferida.

Número desconhecido: Ela queria que você visse vê-la pela última vez, mas eu não achei que ela fosse morrer, então nem me dei ao trabalho de te chamar, porque honestamente não sei onde você poderia ficar.

Número desconhecido: Saiba que na minha casa não mais lugar para você, mas a sua tia morreu, então venha para o funeral.

Número desconhecido: Se não quiser vir, tudo bem, mas eu fiz a minha parte em te avisar. Tchau.

Meu Deus, o que eu vou fazer agora?

The Benefactor [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora