The Benefactor [2]

• Capítulo Nove - Eu não fazia idéia do que fazer

• JUSTIN BIEBER •

Ariana agora estava sentada no sofá agarrada aos seus filhos enquanto sua amiga não parava de tentar encontrar uma saída rápida caso algo pudesse dar errado.

— Me deixa ir embora, Justin. — Ariana pede.

— Você pode fazer o que quiser. — Tento soar o mais frio possível. — Mas meu filho fica.

— Até parece que eu vou deixar um dos meus filhos com você. — Ela bufa.

Sabia que as nossas discussões não nos levariam a lugar nenhum, porque ela não iria deixar o meu filho para trás. Mas, eu também sabia que eu não iria abrir mão do meu filho, não quando eu acabei de encontra-lo.

Caminhei devagar na direção das crianças e me abaixei na frente do meu filho, ignorando totalmente aquela pirralha que estava me olhando fixamente.

— Você não precisa ter medo. — Eu tento tranquiliza-lo. — Eu sou seu pai.

— Você é mal. — Austin me olha, friamente enquanto segura a mão da pirralha em um ato protetor.

Ele a protege de mim como se eu tivesse uma doença contagiosa. Ele sem dúvidas carrega o meu sangue, mas é um desperdício de tempo gastar energia para proteger essa garota, quando ela sequer faz parte da nossa família.

— Ariana. — Christian chama a atenção dela.

— O quê foi, Beadles? — O tom dela é grosso.

— Quantos anos ele têm? — Ele indaga, de testa franzida.

— Seis anos.

— E quantos anos ela tem? — Ele torna a perguntar.

— Seis anos.

Espera, como isso pode ser possível?

— Como eles podem ter a mesma idade, Ariana? — Ryan está confuso. — Isso é possivel?

— Vocês são idiotas ou o que? — Ariana quase grita com eles. — Vocês tem que ser muito burros para não perceberem que eu tive gêmeos.

— Gêmeos são iguais. — Ryan protesta.

— Nem todos os gêmeos são iguais, idiota. — A amiga da Ariana revira os olhos.

Se eles são gêmeos e o Austin é o meu filho, obviamente a garota também é minha filha.

— Ela é minha filha também? — Eu quase engasgo.

— Isso é óbvio. — Ariana me olha com raiva.

Eu sou mesmo um maldito filha da puta babaca.

Como eu pude pensar em vender a minha própria filha?

— E quando você pretendia me contar isso? — Eu me altero com ela. — Você me deixou pensar em vender a minha própria filha!

— Eu nunca iria te contar sobre nenhum deles! — Ela também se altera. — Você não merecia conhecer nenhum deles!

— Que merda, Ariana! — Eu bufo. — Eu passei todo esse tempo te procurando!

— E eu passei todo esse tempo me escondendo de você!

Sem dúvidas, muita coisa mudou nesses anos, porque ela não é mais a Ariana que um dia eu conheci.

— Eu quero o meu direito de pai sobre eles. — Eu sou firme. — Sobre os dois.

— Você não tem como estar mesmo me dizendo isso. — Ela se levanta, furiosa. — Você nunca serviu para ser pai, você nunca quis isso para você.

Eu fico calado.

— Todo o tempo você me dizia sobre a importância de ter cuidado, como não estava pronto, como não queria isso para você! — Ela aponta o dedo na minha cara. — Eu fiz um favor, não apenas para você, mas também para eles que não seriam rejeitados, não ouviria suas mentiras, não viveriam a vida que você vive.

Eu não fazia ideia do que fazer, mas eu sabia que queria os meus filhos na minha vida e também queria ela, queria a Ariana de volta.