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oioi
Essa história veio na minha cabeça do nada, tipo, eu tava assistindo dw e eu pensei em todo o enredo. É estranho, eu sei.
Esse capítulo ta meio chato e curto porque primeiros capítulos sempre são assim (ou não, não sei) mas eu prometo que os próximos serão mais longos e menos entediantes.
Eu realmente não sei mais o que escrever aqui então, boa leitura.
(Desculpa qualquer erro, eu sou muito desatenta e acabo não percebendo alguns erros.)

Estava fazendo muito frio. Muito mesmo, apesar do clima ensolarado. Harry nunca se acostumou com o clima bipolar de Londres, aliás, ele odiava frio, odiava ter que usar roupas pesadas, odiava ter que ligar o aquecedor, odiava ter que se cobrir com dois cobertores à noite. Isso porque ainda nem era inverno.

Para muitos o outono em Londres é uma época linda, mas para Harry era apenas mais uma bobagem que entraria para sua lista de coisas odiáveis. — Que por acaso era uma grande lista. — Não via nada de poético em folhas caídas e em crianças brincando ao ar livre.

Mas não, nem sempre ele foi assim, ele costumava a ser uma pessoa muito tolerante e simpática, até que ele foi expulso de casa após se assumir bissexual. Sua família passou a ignora-lo completamente, com exceção de sua irmã mais velha, Gemma, que todos os dias mandava mensagens de texto perguntando como ele estava.

Toda essa rejeição fez com que ele ficasse desgostoso da vida, sentia-se sozinho, descartável, tentara suicídio diversas vezes, mas seu melhor amigo, Niall, sempre estava lá para chamar uma ambulância quando encontrava seu corpo jogado no chão do banheiro. Niall que também ofereceu-lhe abrigo quando foi expulso de casa, ele era um anjo, segundo Harry.

Harry era um Styles e seu sobrenome sempre o ajudou bastante, tanto para entrar em escolas renomadas, quanto para entrar nos bares e clubes mais badalados de Londres. Dito isso, o garoto nunca precisou se preocupar com os estudos ou em arranjar um emprego de verdade. Sua vida estava escrita antes dele "estragar" tudo.

Mas isso não significava que ele era burro, muito pelo contrário, ele tinha as maiores notas de sua classe, desde criança o garoto sempre fora fascinado por leitura, isso motivou-o a escrever seu primeiro livro, um romance de época que acompanhava a história de dois amantes até o dia de suas respectivas mortes. Embora o livro fosse muito bom ele nunca conseguia fechar com uma editora, elas sempre tinham desculpas ou apenas respondiam com um simples "não" Mas ele nunca desistira.

Ele estava ansioso porque aquele seria o grande dia, ele havia marcado um jantar com o chefe de uma editora, era sua chance de conseguir fechar o contrato. Quase não conseguiu pregar os olhos para dormir à noite.

Ele sempre fora muito ansioso, embora negasse, mas no fundo ele sabia a verdade, e enquanto ele esperava o homem na mesa do restaurante que havia marcado, percebeu o tamanho de sua ansiedade. — Não que ele fosse admitir, ele era orgulhoso demais para admitir qualquer coisa. — Sua perna direita balançava freneticamente, e toda vez que checava as horas ele se surpreendia com o pouco tempo que havia passado desde a última vez que checou o relógio.

"Senhor Styles, desculpe-me o meu atraso, o trânsito está caótico." Só quando o homem disse isso ele percebeu sua presença. Levantou-se para dar-lhe um aperto de mão e voltou ao seu lugar.

"Sem problemas, eu nem havia percebido." Mentiu.

"Vamos ser diretos." Disse o homem que Harry descobriu que o nome era James, assim que terminaram o jantar. "Eu gostei muito de sua história, Harry, e seria um prazer pública-lá, mas, como você sabe, não é tão simples assim..." A essa altura Harry precisava se controlar para acalmar sua perna que se recusava parar de se mexer por debaixo da mesa. "Existem muitos contratos e questões que precisamos decidir com mais calma. Amanhã você pode passar no meu escritório meio-dia?"

"C-Claro" Respondeu xingando-se mentalmente no mesmo segundo por ter gaguejado. "Será um grande prazer ter meu livro publicado por sua editora, James."

"O prazer será nosso, Styles. Não se esqueça, amanhã meio-dia."

"Eu estarei lá."

O cacheado não conseguiu tirar o sorriso do rosto durante todo o percurso de volta até o apartamento de Niall, fazia anos que não se sentia tão feliz, não via a hora de contar ao amigo a novidade.

Mas para sua surpresa quando chegou no apartamento ele não encontrou Niall sozinho.

"Quem é essa?" Disse se referindo a pequena criatura de cabelos claros que se encontrava no sofá da sala. "Não quero saber de qualquer jeito, você nem sabe o que aconteceu! Sabe aquela editora que..."

"Harry" Interrompeu Niall friamente "precisamos conversar."

"Ok, mas antes escuta essa: Eu fechei o contrato com a..."

"Harry, essa garota é sua filha!" Interrompeu novamente irritado.

Sua expressão mudou no mesmo segundo, que tipo de brincadeira era aquela? Ele olhou para a garota que o observava quieta no sofá ao lado de um ursinho de pelúcia. Ela nem sequer parecia com ele, exceto pelos olhos verdes, mas fala sério, Niall só podia estar de brincadeira.

"Fala sério cara, acabou brincadeira, quem é a garota?"

"Você acha que eu to brincando?! Essa é sua filha, merda!"

Harry olhou para o amigo, ele realmente não parecia estar brincando. Aquilo era impossível, ele não era pai, não tinha chance dele ser pai, ele sempre carregava com ele uma camisinha, ou se não fazia questão de ter certeza que a garota tomava anticoncepcional. Onde estava a mãe dela afinal?! Ele mal podia cuidar dele mesmo, não tinha condições de cuidar de uma criança. Milhões de perguntas rodaram em sua cabeça ao mesmo tempo.

Olhou para a garota novamente que agora abraçava o ursinho de pelúcia. Sentiu-se fraco e zonzo quando enxergou uma carta em suas mãos. Aquilo só podia ser um pesadelo.

teddy bear||l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora