Underneath Paris » Larry (Portuguese Version)

doze

Acho muito bonitinho como tudo nessa história tem alguma relação com o quadro de Paris da cafeteria...

Nesse capítulo será mencionado "beijo francês" - é o famoso beijo de língua.

Boa leitura! Não esqueçam de comentar e votar :)

★☆★☆  

Harry estava usando um fedora ao invés do (esfarrapado) lenço na cabeça, e seu cabelo estava molhado como se ele tivesse tomado um banho recentemente. 

Ele tinha uma sacola marrom embaixo do braço e (2) copos para a viagem da cafeteria de merda da Rua Três com a McKinley.

Eu sorri e gesticulei para ele entrar, visto que ele ainda estava parado desconfortavelmente na minha porta.

Ele sorriu de volta e meu interior queimou como café. Eu fui em sua direção, tentando o ajudar a segurar alguma coisa, porém eu fui impedido abruptamente assim que ele pressionou seus lábios nos meus. Ele me beijou árduo na boca, e eu instantaneamente arquejei e me afastei. Não por eu não ter gostado, apenas porque eu estava incrivelmente chocado.

"Vou te deixar doente", avisei olhando para minhas mãos. Eu estava envergonhado por ter ido para trás, e não conseguia olhar para os olhos dele.

"Só isso?" Harry colocou o saco de papel e os (2) copos em cima da mesa e girou o corpo para me olhar. "Bem, eu preciso de uma desculpa para faltar no trabalho."

E simples assim, em (4,6) segundos, nós estávamos dando um beijo (francês). Meu nariz ainda estava tampado e minha garganta doía, mas Harry mordeu lábio inferior e eu desejei ficar doente com mais frequência.

"Harry." Sussurrei seu nome contra sua boca e ele sorriu.

"Sim?"

"Ligue doente para o trabalho."

Ele riu, endireitando sua postura e bebendo um grande gole de café (ruim). "Você é tão exigente."

"Você está doente mesmo." Respondi, correndo a mão por de baixo do meu nariz. Eu conseguia sentir meu coração acelerando no meu peito, ainda por causa do beijo, e eu imaginei quantos outros nós poderíamos compartilhar se ele estivesse "doente" o suficiente para escapar do expediente (das 10 em ponto).

Harry me entregou (3) lenços de papel e guardou um para si. Ele pegou seu celular, e eu andei para a cozinha enquanto ele ligava.

Eu conseguia o escutar fingindo uma voz (bem convincente) e explicando que tinha pego um resfriado. 

"Não sei de onde eu peguei isso, cara. Normalmente sou tão saudável." Eu sufoquei uma risada no momento em que ouvi Harry devaneando. "Eu venho bebido cafeína esses dias, talvez minha falta de sono tenha algo a ver com isso."

Percebi que a chamada fora finalizada e andei até ele.

"Sou todo seu." Ele disse, me lançando uma piscada.

"Okay."

Eu não estava certo do que fazer. Eu tinha usado (toda) minha confiança apenas para sugerir que ele ficasse no meu apartamento por algumas horas ao invés de ir trabalhar. Eu não sabia o que ele queria fazer ou o que ele estava esperando.

Estremeci de leve, um pouco sobrecarregado e muito frio.

"Está com frio?" Harry perguntando, estudando minha face.

Assenti. Ele tirou seu suéter, ficando somente com uma fina blusa branca. Enquanto ele estava tirando a peça de roupa, eu percebi (2) tatuagens de samambaias logo acima dos seus ossos do quadril.

Uma vez, quando eu tinha sete anos, plantei uma samambaia no quintal. Pensando agora, aos vinte e três, eu gostaria de plantar beijos ao longo dos ramos das samambaias do Harry.

Me tirando dos meus pensamentos, Harry limpou sua garganta e estendeu o espesso suéter para mim.

Eu o passei pela minha cabeça e assisti Harry franzindo os lábios.

"O que?" Perguntei, com um (pouco) de vergonha.

"Não entendo isso." Ele respondeu, cruzando os braços.

"O que?" Repeti, com (muita) vergonha.

Ele se aproximou um pouco mais, polegada por polegada, até eu conseguir contar as cores de seus olhos.

"Você me faz sentir... Algo que eu nunca senti antes. Você é tão adorável que eu apenas quero beijar sua testa e te trazer chá e te deixar usar meus suéteres, mas você é tão atraente ao mesmo tempo que eu não consigo dizer se quero te mimar ou te foder de verdade."

"Me beije." Eu disse.

Ele cumpriu.