Capítulo 03 - Seria o meu fim?

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SURPRESA!

CAPÍTULO QUENTINHO PARA VOCÊS.


Minha mãe tinha pegado este telefone com Regina, quando ela foi uma vez no seu local de trabalho.

— Mas hoje é feriado, mãe. Deve não ter expediente.

— Então continua ligando para o celular dele, uma hora ele tem que atender – Choramingou.

— Tá certo! – Concordei.

Após a algumas tentativas, finalmente o Luan atendeu, e com uma voz mal humorada, perguntou o que tinha acontecido. Informei o que aconteceu com o nosso pai, ele parecia está chocado pelo que aconteceu, disse que iria ao enterro e que o mantivesse informado.

No dia seguinte foi o enterro, aconteceu num cemitério nas proximidades e foi bastante triste, primeiro que o velório foi com o caixão fechado pelo estado do corpo, alguns amigos meus chegaram para me dar apoio, principalmente o Hugo que não saia perto de mim, e claro, junto com seus capangas, até o Paulão apareceu por lá. Quando eu estava distraído olhando para a urna, sinto uma pessoa me abraçar de lado, percebi que era o meu irmão. Eu tenho muita mágoa dele, é como se eu não fosse nada pra ele durante o ano todo, não me liga no aniversário, não me liga ao menos para saber se eu estou bem e agora aparece e me abraça? Tratei logo de me desvencilhar do seu braço sob meus ombros.

— Obrigado por vir, Luan.

Agradeci e me afastei indo para o lado da minha mãe que ainda chorava bastante ao lado do caixão do marido. Luan parecia perdido, descolado ali no meio, eu era a pessoa que ele mais olhava, eu via tristeza nos seus olhos quando eu o tratava indiferente, mas foi ele que quis assim, foi ele que nos distanciou e depois daquele fato que aconteceu com minha mãe na empresa no qual onde trabalha, tomei raiva dele, as vezes eu me preocupava, queria saber como ele estava e aonde se encontrava, mas me repreendia por isso, se ele não dá a mínima para a gente, para quê eu deveria dar?

— Ai meu filho! – Minha mãe abraçou o primogênito – Fica aqui comigo!

Luan não falava nada, apenas a abraçava.

— Vai ficar tudo bem, mãe! – Luan murmurou.

Mesmo com caixão fechado, o velório durou algumas horas e logo depois as pessoas saíram em cortejo atrás do caixão que era levado por funcionários do cemitério até a sepultura, onde mais uma vez a emoção falou mais alto, foi ai que notei que o meu irmão já tinha ido embora, nem se quer despediu-se de mim ou da minha mãe, então fechei os olhos e meus punhos se fecharam de raiva. Após minha mãe escrever o nome e a data de nascimento e de falecimento do seu Alfredo com um graveto em cima do cimento recém-colocado na catacumba, nós fomos embora.

ALGUNS MESES DEPOIS...

— E aí? Vai querer? – Hugo perguntava olhando nos meus olhos.

— Ah, querer eu quero, não é? Mas será que eu tenho o perfil adequado?

Hugo tinha ido até a minha casa nesta manhã para me fazer uma proposta, um amigo de um parceiro do meu ex-melhor amigo do tempo colegial, estava precisando de um garçom para reforçar o barzinho bastante badalado na zona sul do Recife, então o braço direito do Paulão resolveu me indicar.

— Você aprende cara! – Hugo riu.

— Eu não tenho experiência alguma na área, eu vou derrubar a bandeja a cada cliente que eu for entregar – Falei com medo vendo Hugo sorrir.

— Cara, ele vai fazer uma entrevista sem compromisso, se gostar de você, ele vai te treinar, com a prática em breve vai estar primeira de luxo. E aí? Você vai? – Perguntou.

Por Amor (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora