Broken Pieces • l.s [HIATUS]

Capítulo 15 - PCR

N: Oi :)

Votem e comentem bem muito, babies. Esse capítulo deu muito trabalho pra escrever, por isso a demora. :(
Mas tou aqui, e esse é meu capítulo preferido até agora. :)
Espero que gostem.
Amo vcs, boa leitura ♡

R x ;)

- H-harry? - Um par de lágrimas. - Acorda... - Mexi seus ombros. Nada. - Respira... HARRY!

- Não... Não pode ser... Não. NÃO!

Meu corpo foi tomado pela dor. Insuportável. Destruidora. Devastadora.

Meu Harry se foi. O amor da minha vida foi embora e me deixou.

Uma faca cravada no peito, é tudo que eu sinto.

Meu mundo caiu, desmoronou.
E eu estou em pedaços novamente.

- SOCORRO... ALGUÉM? - gritei. - Por favor...

Minha voz falhou no final da frase enquanto lágrimas caíam incessantemente de meus olhos. Eu balançava Harry inteiro e gritava desesperado.

Isso não pode estar acontecendo.
Por favor... não agora, não comigo, não com ele.

Segundos depois uma equipe, de no mínimo seis médicos, entrou no quarto as pressas e me empurraram para o lado sem perceber minha presença.

- Ele teve uma parada respiratória. - um médico gritou para outro enquanto examinava o Harry e os outros conferiam sua prancheta e checavam as máquinas conectadas ao meu cacheado e completou. - E cardíaca também.

- TRAGAM O DESFIBRILADOR. RÁPIDO! O PACIENTE TEVE UMA PCR. - o segundo médico gritou e em poucos segundos, duas enfermeiras apareceram com um pequeno carrinho adentrando o quarto.

Eu estou em pé, no canto do quarto, sem mecher um músculo, em choque, estatalado.

Os médicos ainda não perceberam minha presença ali ao lado. Eu abro meus lábios para falar mas não sai nada do meu corpo além de lágrimas e dor.

As enfermeiras levaram o carrinho até Harry e o médico foi até lá tirando dois objetos de metal, retangulares, do mesmo.

- As pás tem que ser de 8 e 13 cm. - O médico disse ao outro se referindo aos objetos de aço.

Uma das enfermeiras passou um gel em seu tórax onde provavelmente seriam pressionadas as pás para que evitasse, talvez, uma queimadura pelo aparelho.

Um terceiro médico se pronunciou:

- Apical posicionada? - perguntou se referindo a uma das pás na mão do primeiro médico.

- Sim. - ele respondeu. - Esternal também posicionada. - Se referiu a outra pá.

- No três. - O segundo médico falou.

As enfermeiras foram para trás junto com os outros três médicos e o segundo médico começou a contar.

- Um...

As lágrimas que tentava segurar me traíram, descendo pelas maçãs de meu rosto até o queixo e caindo no chão.

- Dois...

Minha visão começou a embaçar, meu corpo inteiro tremia e meu coração estava prestes a sair pela boca.

- TRÊS!

Eu já não ouvia mais nada, nenhum som. Os médicos falam um com os outros, mas apenas vejo os lábios dos mesmos se abrindo e fechando. A cena em minha frente não passa de um borrão pelos meus olhos, como em um filme onde tudo está se mechendo devagar, em câmera lenta com um silêncio assustador e doloroso. Eu não consigo mecher um músculo sequer, nem consigo falar; eu não tenho ação.