The Sofia

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Sem pressa, sem objetivos escusos, sem jogos, um beijo puro, por ele mesmo.

Camila correspondeu com a mesma intensidade, e a paixão trocada naquele ato foi se tornando faminta.

Só os lábios e línguas não eram suficientes para concretizar tal fervor, as mãos, braços se apertavam pelos corpos como se buscassem se fundir.

Entre abraços e outros beijos, Lauren e Camila caíram unidas na areia. Trocaram carinhos e sorrisos como duas crianças brincando na praia, até seus olhos se encontrarem e denunciarem seu desejo, provocando a troca de outro beijo, dessa vez, cheio de excitação, com o corpo de Camila por cima do corpo de Lauren, roçando mutuamente.

Sem nada mais dizer, Camila levantou-se rapidamente, estendendo a mão para Lauren, que estranhou e se decepcionou com a súbita parada nos carinhos calientes que estavam trocando, mas a seguiu.

A morena subiu na moto, dando a mão para que Lauren fizesse o mesmo, e disse, num tom carinhoso:

-- Acho que precisamos de um mínimo de privacidade e conforto, né?

Lauren sorriu como se concordasse com a observação da latina, e envolveu seus braços na cintura da garota, dessa vez, de uma maneira carinhosa e sensual, beijando o pescoço da veterana que se derretia em sorrisos com o gesto da novata.

Camila pilotava devagar, dessa vez sem capacete, sentindo o carinho de Lauren lhe envolver. Esta por sua vez, parecia embriagada com o cheiro que o vento trazia dos cabelos da morena.

Camila parou próximo ao cais, onde alguns barcos e iates estavam atracados. Lauren estranhou e não conteve a curiosidade:

-- Não vai me dizer que você tem um barco...

-- Acha que não posso ter?

-- Não é isso...é que, você não parece ser tipo que curte essas ostentações...

-- Não é ostentação, o barco que você vai conhecer era do meu pai, era a paixão dele depois do surf...e foi a única herança que ele me deixou, meu avô tentou me convencer a vender, mas não consegui.

-- Então você o usa pra trazer menininhas aqui?

Camila ficou séria de repente, parou diante do barco, e falou em tom magoado:

-- Vamos embora, você não merece conhecer esse lugar se pensa isso de mim.

Lauren arregalou os olhos já provando o imenso arrependimento de ter proferido o comentário descabido, apertou a mão de Camila e disse-lhe com o olhar cheio de sinceridade:

-- Desculpe-me, Camila, foi sem propósito e injusta a pergunta, eu quero conhecer o barco de seu pai, vamos?

A morena menor rendeu-se ao olhar carinhosamente arrependido da novata, respirou fundo, ajeitou os cabelos assanhados pelo vento e seguiu em direção ao barco Sofia. Uma embarcação de médio porte, mas sofisticada, sem exageros.

Camila ajudou Lauren a subir, a branquinha ficou encantada com a vista, mais bonita pela presença da morena à sua frente.

Lauren colou seu corpo ao de Camila a tomando em um beijo longo e faminto. O beijo logo evoluiu entre carícias insinuantes para o primeiro passo de uma noite de amor, quando Camila a puxou pela mão até as escadas próximas a cabine, desceu rapidamente.

Lá em baixo, encontrou uma pequena sala com sofá, um bar, uma pequena cozinha, e uma porta, a qual Camila abriu com pressa, apresentando o quarto bem montado com cama de casal, com uma entrada para um banheiro.

Em poucos minutos as poucas peças de roupas que ambas vestiam se perderam na pressa das mãos de se possuírem. Caíram naquela cama de maneira urgente, como se precisassem atender uma necessidade absolutamente vital.

Os corpos se buscavam de uma forma ardente, mas ao mesmo tempo delicada. Voltados e entregues à exploração da língua na pele, das mãos pela extensão do sexo de ambas, carícias exigentes até atingirem o ápice. Uma explosão de gozo entre as pernas e vozes se deu naquela noite.

Lauren e Camila abraçaram-se sentindo seus corpos vibrarem por tal expressão, sorriram, e repousaram, encostando suas testas, cada uma ouvindo a respiração da outra voltando ao normal aos poucos.

Não sentiram o cansaço chegar, adormeceram ali coladas, nem tampouco viram o sol aparecer pelas escotilhas. Acordaram com o celular de Camila tocando alto, era Dinah.

-- Onde você está, sua louca?

-- Ai, Chee, fala baixo...

-- Você sabe que horas são? a Lauren está com você?

-- Lauren? deixa eu ver se é ela que tá aqui... -- Camila brincou olhando debaixo do lençol, onde Lauren se espreguiçava.

-- Camila!

-- Se acalma, mulher, ela está aqui, estamos bem, logo chegamos...

Camila dessa vez não fugiu de Lauren, seria impossível, a branquinha estava em cima dela, beijando seu pescoço, seu queixo. Simplesmente se rendeu ao carinho de Lauren, e se amaram mais uma vez.

Enquanto Lauren se levantou, Camila foi tomada por um sentimento de culpa indescritível, sentiu desejo de se punir por estar tão envolvida por Jauregui e pior, gostava disso.

Rapidamente se levantou, vestiu-se de qualquer jeito e quando se preparava para deixar o barco, foi surpreendida com o grito de Lauren na porta da cabine:

-- Camila, aonde você vai? não ouse...

-- Desculpa, tenho que ir.

-- Por favor, não me diz que você vai me dispensar de novo, Camila...me diz que você está indo só comprar nosso café-da-manhã!

-- Você é muito romântica, branquinha...te ofereceria uma carona pra casa, mas estou com pressa.

-- Camila, não me deixa aqui...não faça isso de novo, estou avisando!

A veterana não olhou para trás, evitando assim que Lauren visse suas lágrimas caindo pelo rosto. A novata por sua vez não evitou que sua face fosse banhada com o sal de seu pranto.

Sentiu-se de novo humilhada, e dessa vez conseguia ser mais doloroso, uma vez que a noite com Camila tinha sido ainda mais perfeita, viu-se apaixonada e magoada, em seguida.

Recolheu suas roupas espalhadas e caminhou amargando sua mágoa até um posto de táxi perto do cais, prometendo a si mesma não permitir que Camila lhe tocasse nunca mais.

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Chegando em casa, ignorou as demais irmãs reunidas na sala, subiu para o primeiro andar sem sequer cumprimentar ninguém.

Trancou-se no quarto desejando deixar aquela fraternidade, para que nunca mais fosse obrigada a cruzar com a latina. Hayley até tentou falar com Lauren, mas foi inútil, ela sequer respondeu a amiga, não chorava mais, ficou ali deitada na cama olhando pro nada sentindo o abalo como nunca experimentara na vida.

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Sim, eu sofro de insônia...
Ruim pra meu sistema, ótimo para todos nós kkk,
Taquepariu, essa Camila é muito escrota heim, quem em sã consciência dispensa Lauren fucking Jauregui!?
Aí tem...

SECRET SOCIETY LESBOS ∞ camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora