SECRET SOCIETY LESBOS ∞ camren

Heartlines, part I

Camrenzinhas, coloquem os coletes que vem tiroteio por aqui...
Por favor, comentem muito esse cap favs supremo, aí posso até postar outro já já u.u

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O dia se passou nem Lauren ou Camila saíram do quarto, sequer para comer.

O início da noite de domingo fora marcado pela visita à mansão Gamma-Tau da Sra. Jauregui, que dessa vez não foi à procura da filha, mas sim, de Camila.

Normani achou mais sensato avisar a Dinah sobre a solicitação da Sra. Jauregui, a veterana então, pediu que Clara aguardasse na biblioteca, enquanto ela chamaria Camila.

A latina logicamente estranhou a presença da mãe de Lauren ali à sua procura, vestiu-se rapidamente, e desceu ao encontro de Clara Jauregui.

-- Não esperava revê-la tão cedo, Sra. Jauregui, depois de nossa conversa de ontem...

-- Nossa conversa de ontem me trouxe muitas recordações, Camila, e levantou uma série de dúvidas, as quais, preciso esclarecer com você. Na verdade, não voltei ontem para Miami porque não podia ir sem antes conversar com você.

-- Não sei se sou a pessoa certa a esclarecer suas dúvidas...mas confesso que estou curiosa.

-- Camila, notei uma grande mágoa nos seus olhos quando você se referiu a mim, fazendo alusão ao meu passado com sua mãe...

-- Eu era criança, Sra. Jauregui, mas me lembro perfeitamente das conversas que ouvi entre meu avô e minha mãe...via o sofrimento nos olhos dela quando falava de Clara Morgado...testemunhei minha mãe definhar, e ainda assim, chamava seu nome, pra revolta de meu avô, que não entendia como ela ainda poderia chamar alguém que tanto a fez sofrer.

Nesse momento, toda altivez aparente de Clara Jauregui caiu por terra, seus olhos encheram-se de lágrimas, a expressão de seu rosto era de uma dor profunda, enquanto Camila continuou falando:

-- Prometi a minha mãe, momentos antes de sua morte, que me vingaria dessa mulher que provocou tamanho sofrimento a ela. Nem sabia ao certo o que era vingança, mas conheci desde cedo o sentimento de ódio...fui crescendo acompanhando sua vida pelas colunas sociais, o pouco tempo que convivi com meu pai, serviu para que colhesse mais informações a seu respeito...

Os olhos marejados de Camila estavam carregados de uma raiva que feria Clara, o alvo de sua vingança construída ao longo de sua vida estava ali, à sua frente, fragilizada, e isso só motivava mais a morena latina a descarregar tudo que estava guardado há tanto tempo.

Entretanto, Clara Jauregui constatou que tinha mesmo muito que esclarecer com a filha de Sinuhe Cabello, e precisava fazê-lo para evitar que aquela situação tomasse proporções inimagináveis até então para ela.

-- Camila, acho que tenho ao menos o direito de me defender. Seu jeito justiceiro não permite ao menos ouvir minha versão dos fatos?

-- Nada vai mudar minha opinião e meus planos contra você...mas realmente estou curiosa, fale, estou escutando.

A morena de olhos castanhos então se sentou em uma poltrona a certa distância de Clara, e a encarou sem qualquer timidez.

Clara, por sua vez, enxugou suas lágrimas, e num tom calmo e triste iniciou a narrativa dos fatos:

-- Eu amava sua mãe, Camila...
Sinu era a mulher mais linda que já vi em toda minha vida...você lembra muito ela, chego a me emocionar quando olho para você...nos conhecemos nessa mesma universidade, eu já era veterana quando Sinu entrou, e nessas tarefas loucas de recrutamento da Gamma-Tau, ela teria que me seduzir e me atrair a um ritual secreto na noite de iniciação...ela era astuta, e muito sensual, também...dominava como ninguém essa arte...você imagina praquela época o que era uma mulher seduzir outra...nunca havia tido qualquer experiência com mulheres, eu era noiva de seu pai, Alejandro, na época, mesmo assim, não fiquei imune à presença de Sinuhe quando a vi pela primeira vez, entrando no bar que havia aqui perto de Prescott.