O Lado Negro 2

As visões da Baba Vanga

Evangelia Pandeva Dimitrova, mais conhecida como "Baba Vanga" foi uma cega mística, curandeira e vidente que nasceu em 31 de janeiro de 1911 e viveu sua vida toda na Bulgária, até que chegou a falecer em 11 de agosto de 1996.

Em meados da década de 1960, o governo búlgaro considerou que a clarividência e precognição eram campos vitais para a investigação científica. Surgiu, então, o Instituto de Sugestiologia e Parapsicologia. Em 1966, Baba Vanga se tornou a primeira vidente do mundo contratada como funcionária pública. A proteção do Estado resguardou-a do assédio exagerado: ela chegava a atender 50 pessoas por dia fazendo previsões sobre o futuro das pessoas que a visitavam.
Depois da contratação, a profetiza passou a receber um pequeno salário e ganhou uma equipe de apoio: duas secretárias e outros assistentes encarregados de entrevistar os solicitantes.

No inverno daquele de 1941, Baba Vanga teve uma visão onde um cavalheiro de armadura (em forma de espírito) apareceu para ela.
Ele entrou na casa e revelou:

"O mundo está à beira de um desastre. Milhões de pessoas vão morrer e você, aqui, profetizará. Não fique com medo. Eu direi o que você deve falar".

Este fantasma visitou Baba Vanga em janeiro de 1941. Naquela época, ela tinha 30 anos.
Bem antes disso ela já apresentava habilidades de clarividência. Nascida em 31 de janeiro de 1911, em Strumica Macedônia, tendo crescido em Petrich, Bulgária, começou a desenvolver o dom desde a infância.

Quando era pequena, costumava fazer uma brincadeira que irritava o seu pai: Vanga colocava alguma coisa no jardim ou na casa; então, tapava os olhos e começava a procurar. Também gostava de brincar de curandeira e prescrevia ervas para seus amigos. A vida era muito difícil. Época de guerras, revoluções, ditadura, pobreza, estagnação. Seu pai serviu como recruta do exército búlgaro durante a Primeira Guerra Mundial e sua mãe morreu quando ela ainda era menina, muito magra, com seus olhos azuis, ainda estava com pouca idade. A família tinha uma fazenda.

Em um determinado dia do ano de 1923 aconteceu uma terrível tempestade. O céu estava escuro e com ventos fortes. Massas de lodo, folhas e ramos de árvores criaram um enorme redemoinho.
A garota tinha 12 anos e a tempestade ergueu seu corpo frágil no ar arremessando-a longe, no campo. Ela foi encontrada depois de uma longa procura. Seus olhos estavam cobertos de areia. A partir daí ela começou a perder a visão. Nenhum recurso médico produziu resultados. Vanga se apegava à fé, em Deus. Devido ao ocorrido, ela ficou cega, mas adquiriu outra visão, uma visão maior do que qualquer outra pessoa, a vidência. Aos poucos, como se a brincadeira de infância fosse já, uma premonição, ela aprendeu a se orientar sem os olhos. Baba Vanga conseguia fazer trabalhos simples e não tinha grandes expectativas de vida. Aos dezesseis anos, começou a fazer previsões. Uma vez, ajudou o pai a encontrar uma ovelha que fora roubada. Vanga descreveu em detalhes o lugar onde o animal estava escondido. Ela também sonhava com acontecimentos trágicos, isso, muito antes do cavaleiro da armadura brilhante aparecer.

Sua fama era tão grade e se espalhou de tal forma, que muitos dos estadistas da época, incluindo Adolf Hitler tinham conversado com ela, e é relatado que Hitler deixou sua casa chateado, devido algo que ela disse a ele. Certa ocasião, previu a morte de Stalin e devido à isso, foi presa. Um ano depois estava livre e Stalin, morto. E ela continuou profetizando óbitos de líderes e desastres globais. Quando seu irmão, Vasil, foi para uma festa, Vanga chorou e implorou para que ele não fosse; viu que ele seria cruelmente assassinado quando tivesse vinte e três anos de idade. Mas Vasil não acreditou nela. Em outubro do mesmo ano ele foi seqüestrado e encontrado morto com marcas de tortura, tendo levado um tiro. Quando a Segunda Guerra Mundial convulsionava a Europa, a Vidente começou a se tornar mais conhecida. Sua fama logo se alastrou para além das fronteiras da Bulgária de onde vinham pessoas para consultá-la. Ela prescrevia remédios; receitava argilas e cera de abelhas; advertia sobre perigos, achava pessoas desaparecidas, algumas, já sepultadas e resolvia crimes. Ser uma Vidente não era fácil. Nem sempre foi possível mudar o destino. Ela não conseguiu salvar o marido. Eles tinham vivido vinte anos juntos. Dimitar, seu marido, caiu no alcoolismo nos últimos anos do casamento. Quando ele estava morrendo, Vanga se colocou de joelhos junto à cama com lágrimas nos olhos. Ele morreu em 1956; desde então, Vanga passou a vestir-se de preto . Ela disse: "Eu vi o lugar onde ele estaria."