Relato: A voz do meu irmão

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Certo dia, estava eu e meu sobrinho, que na época devia ter uns 11 anos e eu uns 15 dormindo no mesmo quarto de minha casa, sendo que nesse dia não havia mais ningúem por lá, pois minha mãe tinha saído.
Em certo momento, de repente, do nada, nós dois acordamos ao mesmo tempo assustados, como se já esperássemos alguma coisa acontecer. Olhamos um para o outro, achando aquilo estranho, quando de repente toca o telefone lá na sala.
E o mais assustador aconteceu: não é que alguém atende!!(me arrepio todo contando...).
E a voz de quem atendeu o telefone era a voz do meu irmão mais velho, idêntica, certinha (sendo que ele não estava lá!! ninguém estava!),atendendo o telefone e perguntando de uma forma mais estranha ainda, "DELE MESMO". Dessa forma:
"Alô, Cacau está?" (o apelido dele era Cacau lá). e plá! Desliga o telefone.
Passa um pequeno intervalo de tempo, o telefone toca de novo e ele atende DE NOVO: "Alô, Cacau está?", fala a mesma frase e "plá", desliga o telelefone de novo.
Nesse momento, o meu sobrinho olhou pra mim e perguntou: "Ae tio, meu pai tá aqui??...".
Olhei pra ele com os olhos parecendo duas bolas de gude, daquelas grandes, e disse: "Velho, não tem ninguém em casa...".
Eu levantei lentamente da cama e quando eu ia espiar pela porta, meu sobrinho:
"Perae velho!...perae, bora juntos..."(GELADO também).
Quando eu meto a cabeça pra fora da porta (com um gelo da porra de ver alguém sentado lá na cadeira do tel!): tem ninguém!!
Mas, embaixo da porta da entrada, uma sombra de alguém, como se estivesse do lado de fora do apartamento bem colado na porta olhando pelo olho mágico da porta por fora dela (É isso mesmo...).
A gente foi de mansinho olhar pelo olho mágico pra ver se tinha alguém lá fora e ninguém tava lá também, e a sombra sumiu.
Bom, depois disso, a gente foi verificar o banheiro, pois estavamos com um pressentimento de que algo muito ruim havia lá dentro.
O interessante também é que começamos a ouvir passos pesados em cima do nosso apartamento, sendo que a gente morava no último andar. Era impossível aquilo.
Então eu e o meu sobrinho rezamos um pai nosso, voltamos par ao quarto e ficamos por lá. Mais tarde minha mãe chegou, e contamos para ela o que havia acontecido, sendo que ela achou que era invenção nossa.
Depois que ela chegou tudo não aconteceu mais nada de anormal.
Até hoje eu e o meu sobrinho não entendemos o que aconteceu naquela noite, e também não temos idéia do que foi aquilo, mas que a alguém atendeu o telefone com a voz do meu irmão, atendeu, e não havia mais ninguém em casa.
O que será que foi aquilo tudo?

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