|9| KIMBERLY

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Depois do que me pareceu horas entrando e saindo das lojas do shopping eu finalmente encontrei um vestido que me agradasse. Resolvi seguir o conselho do sr. ânimo e procurar outra coisa.

—Menina para de se mexer eu estou tentando escovar seu cabelo -Luke disse enquanto enrolava a escova em uma mecha do meu cabelo e logo depois puxando a mesma um pouco forte.

A minha cabeça foi com tudo para o lado.

—Ai Luke. -resmunguei passando a mão na região. —Mais delicadeza por favor.

—Então aquieta esse bumbum na cadeira e não se mecha mais.

—É que eu não aguento mais Luke, você está demorando muito. -Ele somente revirou os olhos com a minha inquietação e voltou a arrumar meu cabelo.

[...]

—Esse não era bem o que eu queria mas, até que é bem bonito. -dei um sorriso para o meu reflexo no espelho, eu já estava pronta, só estava a espera do meu pai me chamar para irmos.

—Eu prefiro esse, te deixa muito mais sexy. -ele deu um tapa na minha bunda, se ele não fosse gay eu diria que ele estava me tarando. Pelo menos eu acho que ele é — O outro era meio sem graça, ainda bem que se rasgou.-Luke começou a rir feito um louco.

— O que foi?

—Nada, eu só estava aqui lembrando do que você falou pra Annie depois que o vestido se rasgou. "Já que você faz tanta questão de ficar com ele, pode ficar eu procuro outro já que em mim qualquer coisa cai bem, e é uma pena que eu não possa dizer o mesmo sobre você" -Ele me imitou e riu mais uma vez — você é uma cara de pau, ao invés de ficar na loja e pagar sua parte do vestido você saiu de lá, sua vadia.

— Ela causou aquilo, foi mais do que justo.

Fiz uma careta só de imaginar o fato de ter que suportá-la esta noite.

—Ainda dá tempo de você ir comigo. -choraminguei

—Eu adoraria, mas já tenho compromisso.

— Claro, até porque curtir uma noitada é mais importante do que eu!

—E o prêmio da rainha do drama vai para... Kimberly! -ele apontou para mim, revirei os olhos.

—Ah cale a boca.

Ouvi leves batidas na porta, deduzi ser meu pai então me apressei em abrir.

— Oi. -ele sorriu, ajeitando sua gravata - Está pronta?

— Estou.

Ele fez um sinal para a escada com a cabeça para irmos agora, eu falei que precisava me despedir de luke antes.

— Divirta-se lá. -o abracei

— Você também, baby girl.

— o que? -cocei a cabeça, desviando minha atenção da dele.

— Eu li as suas últimas
conversas. - ele soltou de uma vez e minhas bochechas esquentaram — Quem é daddy?

— Tudo que eu sei é que ele trabalha para o meu pai.

Ele sorriu diabólico.

—O quê?

— Quer descobrir quem é ele? -assenti —Então eu acho que posso te ajudar com isso. -um sorriso cresceu nos meus lábios. –agora eu preciso ir, até mais. -luke foi em direção a janela.

— Idiota para isso serve a porta.

—Para que usar a porta quando eu posso usar a janela do seu quarto? -e foi isso mesmo que ele fez, desceu pela janela.

Sai de casa e o carro do meu pai já estava a minha espera. Entrei e permaneci em silêncio.
[...]

O passeio de carro estava sendo silencioso de mais, até eu resolver quebra-lo.

— Hm, pai?

—Diga minha filha.

—Eu sei que o senhor não compareceu a reunião de ontem então, quem o representou no seu lugar?

—Como você sabe disse? -perguntou

Se eu contasse pra ele, ele saberia do daddy e fazeria um interrogatório de como sei dele, mas por outro lado, talvez eu descobriria sua verdadeira identidade. Mas tenho certeza de que ele não quer ser descoberto, não agora, droga.

— É que ligaram lá pra casa para confirmar se você não ia mesmo comparecer. -dei de ombros.

Chegamos ao tal restaurante, abriram a porta pra mim e eu fui caminhando ao lado do meu pai até dentro do local.

— Como era a pessoa que foi na reunião por você?

— Já chega desse assunto Kimberly. Você nunca se importou com nada que envolvesse os meus negócios, vai chegar o dia em que você vai precisar saber de tudo mas por enquanto nada do que acontece naquela empresa te diz respeito. - ele se virou e foi cumprimentar algumas pessoas, cruzei os braços e mostrei língua.

Estávamos em uma mesa bem no centro do restaurante, era uma das únicas disponíveis. Estranhei o fato da Annie não estar presente, seus pais estavam. E tinha mais um casal, um homem elegante acompanhado de uma bela moça, nunca tinha os vistos. Decidi perguntar a Claire, mãe da Annie, o porquê de sua ausência.

— Onde está Annie? -lhe olhei.

— Oh querida, ela não lhe contou? -neguei com a cabeça

— Porque ela me contaria?

— Vocês são amigas. -Ah sim claro, amigas, exatamente igual a Blair waldorf e Serena van der woodsen em Gossip Girl, a diferença é que nunca valtaremos a ser amigas novamente.

— O que houve com ela?

— Ela está de cama, coitadinha. Lhe deu um ataque de tosse de repente. -seu semblante mudou de feliz para triste.

— Não se preocupe sra. Walker, ela estará bem logo logo. -sorri

— E onde está Harry, James? - meu pai perguntou para o homem elegante e ele quase engasgou com sua água

— Envergonhando a família, como sempre. Aposto que está em uma daquelas festas cheias de strippers e ... - deu uma pausa em suas palavras assim que sua mulher colocou sua mão sobre suas costas, acariciando com cuidado

— No próximo ele virá! - disse docemente

Bom, esse Harry eu não sei porque não veio, mas o motivo de Annie foi certamente para se esfregar em algum garoto.

[...]

O jantar foi ridículamente tedioso e agora vinha a pior parte; os negócios. Peguei minha sobremesa de morango e me levantei.

— Vou ao banheiro. -avisei ao meu pai

— Vai comer isso aí no banheiro? -questionou

— Não se preocupe, tenho certeza de que o banheiro daqui é bem limpinho.

Meu celular alertou uma nova mensagem, era do daddy. Até que enfim ele lembrou da minha existência. Sorri e abri a mensagem.

baby girl [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora