|21| ZAYN

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— Tem certeza de que está tudo bem cuidar da minha filha por essa noite? — O Sr. Collins perguntou, ele vem fazendo essa pergunta à semanas.

Nem deu tempo de responder desta vez, ele entrou em seu carro e deu partida.

— Claro que não será um problema. — respondi adentrando em sua bela casa com a chave que ele havia me dado.

Deixe-me explicar as coisas, ele não simplesmente me pediu diretamente para cuidar da Kimberly, perguntou se eu conhecia alguma pessoa de confiança que poderia fazer isso, já que eles não tem parentes próximos. Ele até pensou em levá-la com ele, mas certamente não seria o ambientar mais apropriado para uma adolescente. Então eu, logo, me ofereci. Disse que ficaria o mais longe possível, ajudaria só caso ela pedisse por algo, ele me fuzilou com os olhos, mas disse que não seria uma má ideia.

Deixei um sorriso sacana escapar dos meus lábios enquanto  subia as escadas a procura do quarto da pequena Kimberly.

Dei de cara com o que eu previsto ser a emprega no corredor.

— Quem é o senhor? —Ela perguntou  raceosa, me fitando de cima a baixo.

— Sou Zayn. —estendo minha mão.

— Oh, é você que irá cuidar da menina Kimberly não é mesmo? —assenti — Quer que eu a avise que chegou?

— Não, não precisa. Eu mesmo faço isso, aliás, qual o quarto dela?

— É o último do corretor. E o de hóspedes é bem ao lado —respondeu — Ela é uma boa menina, você não terá muito trabalho. Só terá de a dar alguns remédios, ela sabe quais são.

— Remédios? — quase engasguei com as palavras — O que ela tem?

— Kimberly é alérgica a camarão, e foi exatamente isso que ela comeu no almoço. Ela é uma teimosa — explicou fazendo uma careta — Bom, está tarde, eu preciso ir para casa. Cuide bem da minha menina.

Eu cuidaria muito bem...Se ela não estivesse passando mal. Fui até o final do corredor e abri a porta de seu quarto vagarosamente.

Ela estava deitada em sua cama de barriga para cima, mexendo no celular. Seus cabelos louros bagunçados e sua cara um pouco amassada me fez soltar um riso abafado, acho que ela acabou ouvindo pois olhou para onde eu estava.

— Oi. — sua voz estava rouca, até demais.

— Você está bem? —fechei a porta e caminhei até sua cama, sentando na mesma.

— Poderia estar melhor. — Ela deu um pequeno sorriso, voltando a fuçar seu celular.

— O que você tanto mexe aí? —perguntei nenhum pouco interessado.

— Eu estou mandando mensagens para um amigo desde cedo, mas ele nunca responde. —bufou

— Eu preciso ir no banheiro. —falei me levantando.

— Eu te mostr-

A interrompi. — Não precisa, eu acho sozinho.

— Tudo bem então, fique à vontade.  – Escutei sua voz quando já estava prestes a deixar o quarto.

Sentei em algum degrau da escada e tirei meu celular do bolso, havia 47 mensagens dela. As li de relâmpago e depois vi só as duas últimas.

Kimberly: Você precisa checar seu celular mais vezes, sabia?!

Kimberly: Alguém pode estar morrendo e você aí, sem saber de nada.

Daddy: Quanto drama, querida

baby girl [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora