Capítulo 2- 1° Dia

1.1K 44 3
                                    

Johnny chegou à estação, passou pela bilheteria, e parou na plataforma quando o relógio marcava 7:03 e a composição chegava. Enquanto o metrô chegava, Johnny olhou ao longe, e notou algumas pessoas da multidão que pareceria ter uma pequena nuvem ou algo sobre a cabeça.
Mas a porta do metrô se abriu, Johnny entrou e se sentou-se em um dos poucos lugares disponíveis, sem entender o que era aquilo. Pensou: "Será que, porque não tomei café da manhã, estou vendo coisas? Acho que estou ansioso de mais... Será que estou acreditando tanto neste novo emprego que estou começando a imaginar coisas?"
Johnny decidiu ignorar aquilo, então começou a concentrar-se nas respostasque daria na esntrevista. Fez um cheklist das dicas de postura: sorrir o tempo todo e falar de forma clara, com os ombros para trás e olhando nos olhos do entrevistador. Decidiu que não iria gaguegar e que, ao final da entrevista, prometeria ser o melhor assistente de produção da empresa.
Desde criança, ele sonhava em trabalhar com teatro e cinema, e aquela era sua grande chance. Sua faculdade estava trancada, e ele poderia reabri-la se comseguisse aquele cargo. Na verdade, ele pensava que sua vida estava trancada, mas que agora iria reabri-la em grande estilo.
Johnny já havia decidido que, se tudo saísse como planejado, no dia seguinte iria a locadora do velho Sr.Geraldo e pediria as contas imediatamente. Enquanto ensaiava tudo em pensamento, o metrô parou na estação seguinte, e várias pessoas entraram. Elas se espremiam e tentavam acomodar-se.
Johnny estava feliz por está sentado, pois sabia que o metrô ficaria completamente lotado até o final da viagem. Mas, no meio da multidão que entrava, Johnny notou uma velha senhora que parecia doente e caminhava muito de vagar, apoiada numa mulher mais jovem, que provavelme te era sua filha. Quando a senhora se aproximou e o encarou, ele se espantou ao ver com nitidez quatro números sobre a cabeça dela. Os números pairavam sobre ela como letreiros de néon!
Bem atrás da senhora, uma figura andrógena vom um capuz preto fixou seus olhos vermelhos em Johnny, e um vento gelado perpassou o corpo do rapaz.
Seu susto foi tamanho que o homem sentado ao seu lado disse:
- Moço, está tudo bem?
Johnny não sabia o que responder. Ao retornar seu olhar para a moribunda senhora, ele notou que a figura capuzada não estava mais presente. De boca aberta e olhos arregalados, Johnny acompanhou aquela semhora dentro do vagão, até que uma pessoa deu lugar para ela se sentar, enquanto a suposta filha a amparava de pé. A aparência daquela senhora era a de uma pessoa muito doente, o que era reforçado pelo fato de aquela estação do metrô ser a mais próxima do maior hospital da cidade.
Olhando fixamente para os números sobre aquela senhora, Johnny não conseguia acreditar; eram luminosos como o meio-dia. Correu os olhos ao redor para ver se todos estavam olhandopara ela, mas ninguém parecia enchergar nada de mais. Então, ele tomou coragem e perguntou ao homem sentado ao lado:
- Você consegue vê alguma coisa sobre a acabeça daquela senhora?
O homem olhou para frente, olhou novamente para Johnny, e disse:
- O quê?!
Sem continuar o diálogo, Johnny simplismente curvou a cabeça e pensou: "Deus, o que está acontecendo comigo?". Era a primeira vez que ele orava em muito tempo. Desde a decepção causada pelo divórcio dos pais, a fé de Johnny esfriara fortemente. Mas a entrada para a faculdade havia sepultado, de vez a sua reliogisadede, vomo ele mesmo já havia dito para alguns: "Meu primeiro dia na faculdade foi o meu último dia na igreja."
Johnny não conseguiu esconder o que eram aqueles números sobre a cabeça daquela senhora, mas aquele estranho fenômeno não mudaria seus planos. Johnny estava decidido a dar um basta em sua vida de derrotas e vencer a qualquer custo; e aquele dia era tudo ou nada.
Seu aniversário era no dia 24 de dezembro. Neste dia 21, enquanto ia para s entrevista, ele resolveu que o novo Johnny que estava para nascer só precisava relaxar um pouco. Assim ele conseguiria aquele emprego e faria sua velha vida desaparecer junto com aqueles números assombrosos.
Encarando a mulher e os números sobre ela, Johnny se levantou, desceu do metrô e marchou firme pela rua, em direção ao endereço que lhe deram. Ele chegou a um balcão e perguntou à recepcionista:
- Qual andar onde falo com o Sr.Marcos alvarenga, da peodutora?
- No 22° andar - respondeu ela.
Ele entrou no elevador, arrumou o cabelo e, quando a porta se abriu, estava pronto para o jogo. Todas as suas apostas estavam ali.

*****************************
Ola, espero que estajam gostando. Como eu disse no começo, eu li e gostei muito.

Eu amo a vida, adoro Deus, e com esse livro pude amar muito mais a vida, dá valor as coisas simples e a minha família.
Espero que vocês também tire algo de bom dele.

Postarei outro capítulo na quarta-feira 27/01.

Shalom Adonai.

Johnny Esta Noite Pedirão a Sua Alma(em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora