Helena

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Não viva no passado.Você pode perder coisas fantásticas que acontecem no seu presente.

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- Com licença,estou atrapalhando algo ?

Sabe quando você não consegue acreditar no que está vendo ? Que você pensa que isso é um pesadelo ruim e que logo vai acabar ? Ou que vai aparecer alguém gritando "pegadinha do malandro" e jogar confete na sua cabeça e falar que tudo aquilo foi uma brincadeira. Então,isso não vai acontecer.Porque aquilo na minha frente é real.Dai você vai falar.

" Mais vocês não namoram,não tem nada um com o outro.Por que ficar assim ? "

Eu também não sei,parece que aquilo me afetou de um modo que eu nunca esperava acontecer.Ver aquela mulher encima dele,com as pernas de cada lado do corpo,e com o rosto próximo ao dele,me fez sentir um enjoo enorme.

A única coisa que eu queria,era correr dali e fugir para o meu apartamento,onde me parecia o melhor lugar.Mas agora,eu preciso cumprir ordens do meu chefe,e não posso simplesmente deixar isso me abalar.

- Não...não está atrapalhando ! - Ele tirou a mulher de cima dele,e veio pra perto de mim,ainda sem fôlego.

- Bom,eu preciso ir.Depois a gente se vê xuxuzinho ! - A mulher mandou um beijo e saiu rebolando do quarto.

O quarto tinha a pintura da cor bege,havia uma cama no centro com uma cômoda do lado,uma televisão de LED na frente,encostado na parede um guarda-roupa na cor preta,e do lado direito da cama uma porta,que eu diria ser da varanda.

Assim que a mulher saiu,ele me olhou.

- Então...

- Então... - Respondi e olhei para o chão,não queria falar com ele,mas eu me lembrei que tinha um dever a cumprir.E se eu não cumprisse esse dever,não daria para ir embora. - Eu vim ajudar com os curativos.

- Acho que não precisa ! - Sorriu de lado.

Olhei pra barriga dele e percebi que tinha um pedaço de tecido amarrado por baixo da camisa social.

- Eu acho que isso não é muito seguro,pode acontecer uma inflamação.Senta na cama que eu vou fazer um curativo melhor.

- Não é necessário !

- Vai logo,porque senão vai piorar... - Falei um pouco séria demais. - E depois você vai ficar reclamando de dor.

- Entendi ! - Ele sentou na cama,coloquei uma cadeira de frente pra ele e me sentei.A maleta estava no chão perto do meu pé.

- Preciso que tire a camisa ! - Falei autoritária.

Ele arregalou o olho e disse.

- Nossa,eu não sabia que você era assim. - Sorriu e apoiou o corpo com os cotovelos.

- Vai logo,eu não sou obrigada a ouvir você falar essas besteiras.Eu preciso ir embora !

- Calma princesa !

O senhor,me dê paciência com esse homem poque se me der força,eu juro que quebro os dentes perfeitos dele.

- Não sou sua princesa,agora vai logo ! - Tentar manter a postura se séria não tá dando certo.

Ele fez uma cara sexy e começou a tirar a camisa bem devagar.Primeiro tirou um botão de cada vez,olhou pra mim e sorriu.Revirei os olhos.Depois tirou a blusa bem devagar,era possível ver os músculos bem malhados.Jogou a blusa no chão e se sentou olhando pra mim.

Olhei o pano enrolado na cintura.

- Vou tirar o pano !

Desatei o nó e comecei a desenrolar.Precisei ficar em pé pra poder tirar,fui bem devagar,porque ele não lavou o ferimento e por isso o tecido colou.

- Ai.....

- Desculpa,mas você não lavou o machucado e por isso o pano colou. - Falei.

- Vai devagar,tá doendo ! - Ele segurou minha cintura e apertou com força,como se isso fosse diminuir a dor.

Tentei esquecer que ele estava segurando a minha cintura e voltei a desenrolar o pano.Olhei para as costas dele e vi que tinha três arranhões,um ia do ombro esquerdo até o meio das costas,outra no meio,e outra da cintura até o ombro direito. Aquelas marcas não pareciam ser de quedas que ele teve.Elas eram mais profundas,sem contar,que elas parecem que foram feitas há muito tempo atrás.

Unidos por Acaso (Completo) Onde histórias criam vida. Descubra agora