Helena

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Depois de algum tempo eu acabei me cansando,me despedi da minha amiga e sai. Eu só queria voltar pra casa e descansar.Como não era muito longe,acabei resolvendo ir a pé.Estava escuro,algumas luzes dos postes piscavam,e os estabelecimentos já haviam sido fechados. Parecia até um filme de terror onde a vitima, que no caso seria eu, estava sozinha a procura de ajuda.

Depois que ultrapassei quatro quarteirões comecei a ouvir passos atrás de mim,olhei de relance pra trás e observei que havia um homem,comecei a apressar o passo. Ele percebeu que eu estava tentando fugir,então começou a correr. Lembrei que eu usava um salto alto,e que isso me tiraria a vantagem que eu tinha de me salvar do tal homem,então eu tirei os meus saltos e corri o mais rápido que pude. A rua mudou,e agora era cheia de buracos,com isso,eu acabei pisando em algumas pedras e me cortando com um pedaço minúsculo de vidro. Mas eu não tinha tempo para estampar o sangue com um pano porque ele ainda corria ofegante em minha direção. Eu tentei ignorar a dor do meu pé, e a poça que se formava em volte dele e continuar correndo. Mas eu sabia que eu não iria aquilo aguentar por muito tempo,e que eu teria que torcer para que ele desistisse e fosse embora,ou,para que alguém passasse naquele exato momento e parasse para me ajudar.

Virei na esquina mais próxima,mas só que o que eu não contava,é que a rua era sem saída.

" Que droga ! "

- Fica longe de mim,eu tenho uma arma. - Ameacei encostada na parede.

- Não tem não ! - Falou se aproximando de mim,cada vez mais. Percebi que tinha uma cicatriz que começava na testa e terminava no meio da bochecha.

- Quer ver ? - Peguei meu salto de quase quinze centímetros e acertei bem no meio da testa dele,que começou a sangrar na hora.

- Sua louca ! - Ele correu até mim,e eu joguei o outro salto.Mas esse,não passou nem de raspão. Ele segurou os meus braços, e eu comecei a espernear.

- Socorro ! - Chorei desesperada. Se eu não me livrasse dele o pior iria acontecer.

- Fica quieta ! - Ele gritou,e logo após segurou meu pescoço,depositando beijos molhados e babados.

- Me solta... - Tentei falar,mas foi em vão,porque eu estava a ponto de desmaiar. A força que ele empenhava em aplicar no meu pescoço me fazia ficar com falta de ar. Era isso,eu não tinha mais salvação. Não havia ninguém por perto para me salvar.

- Solta ela ! - Ouço a voz de um homem,mas eu não consigo enxergar quem é. Só me lembro que algo acertou a cabeça do meu sequestrador antes de ele me soltar,e eu desmaiar. Apagando naquele beco escuro.



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