8 de setembro, 2015. Quase nove horas.
Senhor Deus, hoje eu vim orar aqui contigo por aquele rapaz. Eu preciso desabafar, e tu és o alguém certo na hora certa.
O seu nome não sai da minha cabeça e a sua voz ecoa nos meus pensamentos. Andei fazendo algumas colagens do teu sorriso no meu mural de foto cerebral. Guardei cada detalhe; tão preciosos quanto belas jóias.
26 de janeiro, 2016. Quase nove horas.
Quero que faça dele aquele alguém em minha vida, que me faça feliz. Que me faça sorrir. E não soluçar entre lágrimas, que é o que ele tem feito constantemente. Sabe, Deus, durante todo este livro eu tenho falado sobre o mesmo assunto. A impressão que dá é a de que eu só penso em amar, amar, amar e sofrer as 24 horas de um dia. Mas não é bem assim, e o senhor sabe melhor do que eu.
Sinceramente, pai, eu não sei se o senhor quer que isto continue. Eu deveria dizer: "Por mim, pode parar"; mas no fundo não quero exatamente isso. Queria a tua e a sua presença aqui.
Mas todo sabemos, que na vida, nem tudo é o que queremos.
Mas quem é o pai que o filho pede pão e ele dá uma pedra, não é mesmo?
Resta-me apenas esperar para que um dia eu volte para os seus braços.
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Abecedário
PoetryComo as flores que desabroxam na primavera e os frutos que se formam no verão, a invernia que mata e a carne que sangra; tudo vai, tudo vem. E tanta coisa já se foi desde a letra A, inclusive o tempo, meu tempo. Eu tenho que partir, as página...