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11 de novembro, 2015. Por volta de 22h37.

Todos os dias em que a Terra gira é a mesma coisa. Por que isso sempre acontece comigo? Qual é o meu problema?

     Tão imperfeita.

     Mas... Por que não sou perfeita? O que há de errado comigo? Qual é o erro em ser apenas o que é de verdade?

     Escondo-me por trás dos livros de capa dura e tento esquecer tudo de ruim que acontece ao meu redor.

      24 de novembro do ano seguinte. Aproximadamente 22h30.

      As pessoas estão indo embora, estão me deixando. O que tenho de tão errado? Tudo parece ser tão imperfeito.

      Mas, de certa forma, fico contente. Você tem duas opções: ser como eles ou ser diferente deles. Ficar lutando por sucesso e boa-fama não é para mim. Quem gosta, gosta de verdade. Só que, ao mesmo tempo que eu tenho um ódio repulsivo por essas pessoas, eu me sinto muito sozinha, o tempo todo, e isso não é fácil. Estou cansada das pessoas me julgando e jogando na minha cara os meus defeitos. Acham que eu já não tentei mudar? Eu tentei, porra. Mas eles fazem parte de quem eu sou.

      Eu só acho que não preciso ter um determinado número de curtidas ou uma certa roupa para entrar num grupo. Isso para mim não é amizade, isso para mim não é nada. Por mais que eu reclame, talvez eu prefira apodrecer sozinha a conviver com essa gente estranha.

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