A Escolhida- 1

Altura de mudanças

*Continuando o diálogo anterior*

- Então, quem foi que te disse?

- Ninguém em especial...

- Estás a gozar comigo, só pode!

(Ele olhou-me nos olhos)

- Foi exatamente a pessoa em que estás a pensar agora.

(O Thomas?!)

(Fiquei pensativa e confusa)

Entrou uma enfermeira no quarto.
Ela estava com um sorriso forçado.

- Olá querida.
Venho aqui para te informar de uma triste coisa...
Os teus avós...

(Ela fez uma pausa)

- Ouve um pequeno problema com o gás e ouve um incêndio em casa deles.
Eu sei que não é o momento para te dizer mas... eles não sobreviveram...

(Fiquei chocada)

- Os meus avós..?

- Sim querida. Lamento.

Ela saiu do quarto e eu não consegui mais conter o riso.
Comecei a rir como uma maluca.
O Jackson e o Thomas olhavam-me confusos.

- Eu sei que tu és ótimista e tal, mas acabaram de te dizer que, a tua única família, morreu!

- Eu nem os conhecia...
Eu nunca fui morar com eles.
Eram família afastada, eles expulsaram a minha mãe de casa quando ela disse que ia casar com um Diaz, só para exclarecer, as famílias eram rivais.
Eu fiquei todo este tempo a morar com a minha madrinha.

- Não digo nada.

- Agora que tenho 19 eu posso morar sozinha.
De acordo com os papeis eu não tenho mais família, então vou morar sozinha.
Além disso eu acho que já sou um fardo para a minha madrinha.

- Nem pensar!
Tu ficas connosco!
De acordo com os papeis tu tens de viver sozinha, não tendo mais família... Mas eu quero-te na minha família.
Tenho de estudar a tua audição...

(Disse o Eduard, encostado à ombreira da porta do meu quarto.
Com ele estavam a Alexis e o Thim)

- Eu não posso aceitar tal coisa.

- Podes e deves!

(Disse o Thomas)

- E onde é que eu ficava?

- Essa é a pergunta que tu devias fazer se não tivesses esta proposta entre mãos.
Lá em casa temos um quarto de hospedes, em construção.

- Podias ficar o tempo que quisesses no meu quarto...

- Thomas..!