Capítulo 16 - 10 de Julho de 2015

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10 de julho de 2015.

Eu ainda estava rindo, quando finquei minha prancha na areia e tirei um pouco a água que escorria pelo meu cabelo.

―É sério, eu juro que não vi aquela tartaruga na minha frente... – Troy tentava se defender ao meu lado.

—Foi a primeira vez que eu vi alguém atropelar uma tartaruga surfando e ainda por cima cair, aquilo foi hilário. – Eu provoquei ainda rindo da cara dele.

―Ok, eu desisto de tentar me defender. – Ele falou revirando os olhos. – Ei, eu e Ally vamos sair hoje à noite, vamos visitar uma vinícola que inaugurou há algumas semanas na cidade, acho que você deveria ir com a Camila. – Ele informou animado.

—Vou ter que ficar aguentando você e Ally se agarrando no meio do caminho? – Eu provoquei observando o mar.

―Como se você e Camila fossem diferente. – Ele disse dando de ombros e eu cerrei os olhos.

—Nós somos discretas. – Eu me defendi e ele me encarou com a sobrancelha arqueada.

―Sério, Jauregui? Nós não somos cegos e vocês duas são mais óbvias do que qualquer um. – Ele falou num tom convencido.

—Você está exagerando. – Eu falei revirando os olhos.

―Não estou, mas também não te culpo... Camila é bonita. – Ele disse naturalmente e eu sorri de lado.

—Ela é linda. – Eu afirmei com a imagem dela em minha cabeça.

―Bom, então convide a sua "linda" para ir conosco, você vão gostar. – Ele disse num tom brincalhão e eu soltei uma leve risada, enquanto o observava pegar sua prancha e se afastar de mim.

Eu ainda fiquei mais alguns minutos na praia, observando o mar tranquilamente e sentindo a brisa suave contra o meu rosto. Era incrível como eu já me sentia completamente confortável nessa ilha, parecia que ela tinha se transformado do inferno para o paraíso e NY agora não se comparava em nenhum aspecto.

Eu peguei minha prancha na areia e segui em direção ao hotel. Já estava quase na hora do almoço e eu precisava ir tomar um banho para tirar a água salgada do meu corpo.

—Laur! – Eu escutei uma voz me chamar, no meio do caminho, e um sorriso fraco se formou no meu rosto, quando eu percebi que era Rosário deitada em uma das espreguiçadeiras do hotel, usando um biquíni vermelho. Mais chamativo impossível.

―Ei, Rosário. – Eu falei calma.

—Pode passar nas minhas costas? – Ela perguntou se referindo ao frasco de protetor solar em sua mão. Ok, como eu faço para fugir daqui mesmo?

―É... eu estou com a mão suja de areia... – Eu tentei dar uma desculpa.

—Não tem problema... Por favor. – Ela insistiu e eu respirei fundo olhando ao redor para saber se alguém poderia me salvar, mas tudo parecia vazio.

―Ok, tudo bem.

Eu disse ainda que um pouco sem jeito, enquanto deixava minha prancha encostada em uma parede e caminhava até ela. Eu me sentei na beirada da espreguiçadeira, enquanto ela me entregava o protetor e se virava de costas para mim, desatando o nó da parte de cima de seu biquíni. Isso não era nada bom... Quer dizer, ela não era feia, mas a situação era no mínimo desconfortável.

Eu despejei o protetor em suas costas e logo em seguida, deslizei minhas mãos pelo local.

—Suas mãos são maravilhosas. – Ela disse com um suspiro.

Mi Ojos Verdes - Camren -Onde histórias criam vida. Descubra agora