Capítulo 24 - 4 de setembro de 2015

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04 de setembro de 2015.

Existem algumas escolhas na vida que realmente são difíceis, aquele tipo de escolha que te deixa confuso e inquieto até que se tome uma decisão. Era exatamente assim que eu estava me sentindo agora, sentada em uma das praias da ilha, com a Camila sentada entre as minhas pernas, tentando fazer mais uma escolha extremamente difícil... Difícil porque eu acho que nunca iria saber o que era mais bonito, o sorriso dela ou o seu olhar, e por incrível que pareça, essa era a única dúvida que eu não me cansaria de pensar sobre.

―O que foi, mi amor? – Camila perguntou calma.

—Nada, por quê? – Eu devolvi a pergunta naturalmente.

―Está me encarando. – Ela respondeu simples e eu sorri.

—Pensei que você já estivesse acostumada com isso... – Eu comentei acariciando seu rosto. – Você é linda. – Eu completei e ela sorriu antes de me puxar para um beijo calmo.

—Sua amiga é insuportável. – Dinah reclamou nos interrompendo, enquanto se sentava ao nosso lado com uma cara fechada.

―Qual delas? Vero é sem filtro mesmo, liga não. – Eu falei soltando uma leve risada.

—Não, eu gosto dessa, nós temos a mesma paixão, praticar bullying com você. – Dinah disse naturalmente e eu cerrei os olhos, enquanto a Camila soltava uma risada. – Eu estou falando da outra. – Ela adicionou apontando para a Mani, que lia distraidamente um livro deitada sobre uma canga na praia.

―A Mani? Ela geralmente é bem gentil e animada. – Eu comentei estranhando aquela reclamação.

—Esse é o problema! Ela é animada demais, ela não parou de falar por cinco segundos desde quando eu me sentei perto dela, meus ouvidos estão doendo de tanto ela tagarelar sobre a tal tartaruga autista que ela tem NY. – Dinah reclamava no seu velho e bom tom rabugento, arrancando risadas de mim e a da Camila.

―A Guida! Eu sinto falta daquela tartaruga, às vezes eu dava vodka para ela sem a Mani saber, ela adorava! – Eu disse sorridente num tom nostálgico, enquanto as duas mulheres me encaravam como se eu fosse uma maluca. Qual é, eu gostava daquela tartaruga!

—Enfim, DJ pare de implicar com todo mundo, ok? Seja mais simpática... A Mani é uma ótima pessoa. – Camila incentivou coerente e eu concordei com a cabeça.

―Ela pode ser um amor de pessoa, mas com a boca fechada... – Dinah resmungou. – E eu vou ir buscar uma aspirina para a minha cabeça, vocês já podem voltar a se agarrarem. – Ela terminou, acariciando suas têmporas, antes de se levantar e sair de perto de nós.

—Ah mais um típico dia maravilhoso nessa ilha, com um mar lindo, um céu azul, uma Dinah rabugenta... – Eu comentei sarcástica e a Camila riu, jogando sua cabeça levemente para trás. – E com a mulher da minha vida. – Eu adicionei e ela sorriu me encarando com os olhos brilhantes.

―Você sendo carinhosa assim é jogo sujo, Jauregui. – Ela comentou com um sorriso de lado.

—Por quê? – Eu perguntei a provocando enquanto beijava levemente seu pescoço.

―Porque é meu ponto fraco, cariño. – Ela disse simples e eu sorri contra a sua pele.

—Bom saber... – Eu afirmei, antes de puxá-la para um beijo demorado.

―Se você continuar assim, talvez ganhe uma recompensa mais tarde. – Ela disse com um olhar malicioso, quando separamos nossos lábios.

—Mal posso esperar por isso. – Eu afirmei apertando sua coxa e ela riu.

Mi Ojos Verdes - Camren -Onde histórias criam vida. Descubra agora