3° mês (2/3)

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Jackson
Quem em todo o inferno vem me acordar a uma hora dessas? - eu digo - Eu juro que eu vou matar você.

Alguém batia em minha porta insistentemente, odiava ser acordado, estava nas minhas férias, queria poder dormir mais.

Quem é você? - eu digo - espero que tenha uma boa desculpa.

Você deve ser o Jackson? - a mulher diz - eu vim ver meu filho.

Quem é seu filho? - eu digo.

Quem mais seria? - ela diz - Bambam.

Você é a mãe do Bambam? - eu pergunto.

Sim - ela diz - onde ele está?

Ele viajou à trabalho - eu digo - volta daqui a três meses.

Ohhhhhhhhh - ela diz - então onde vai ser o quarto do bebê?

O quê? - eu digo.

Onde o bebê vai dormir? - ela pergunta mais uma vez.

Na casa do Bambam horas - eu digo - onde mais seria.

Ele não mora com você? - ela pergunta.

Claro que não - eu digo.

Mas vão ter um filho juntos - ela diz - como não se casaram ainda?

Eu já havia terminado com ele quando descobriu estar grávido - eu digo - não precisamos voltar por um filho, isso é muito antigo.

Só senti um lado das minhas bochechas arderem, a mulher me encarava com furia.

Você ficou louca? - eu pergunto.

Louco ficou você - ela diz - não sei como aquela criança pode ficar com alguém desse tipo, coitado do meu filho.

Hey - eu digo - não venha me jugar tá legal, você expuso seu filho de casa pra início de conversar, não tem tanta moral pra falar comigo.

Sem juízo - ele me ignora - menino sem juízo, assim que ele voltar o levarei de volta pra casa, vou cuidar desse assunto de gravidez já que ainda está no começo.

Ele já está de quatro meses - eu digo - não diria que está no começo.

Cale a boca estou pensando - ela diz.

O que veio fazer aqui afinal? - eu pergunto.

Vim ver meu filho - ela diz - não se desiste assim de um filho, vim tentar botar na cabeça daquele garoto que é errado.

O que é errado? - estava ficando confuso.

Homosexualidade - ela diz - gravidez masculina, que futuro essa criança terá? Nenhum eu lhe digo.

Essa bruxa apareceu do quinto dos infernos para persuadir Bambam a abortar?

Olha aquí minha senhora - eu digo - você me acordou, para me dizer que veio aqui, tentar convencer seu filho, a abortar seu neto, meu filho?

É exatamente isso - ela diz - pelo jeito que você falou afora pouco acho que você também não o quer, podemos unir nossas forças.

Eu juro que se você não fosse uma mulher eu quebrava esse seu rosto murcho - eu digo - e bom você ficar longe do Bambam, porque se eu souber que você foi incomodar aquele anão, eu juro que não respondo por mim.

Mas..... - a mulher me olhava confusa.

E fique sabendo que eu quero sim esse bebê - eu disse - e que nada nesse mundo vai me fazer mudar de idéia.

Você vai se arrepender - ela diz.

A única coisa que tenho arrependimento é abrir minha porta hoje de manhã - eu digo - agora me de licença tenho que encontrar meus amigos.

Fechei a porta com toda força possível, agora sei do Bambam falava ela é mesmo uma megera.

Notei que as palavras que falei pra ela foram firmes e verdadeiras e pela primeira vez eu pensei "Eu quero esse bebê"

Bambam
Esse com certeza é o pior dia da minha vida, não consigo dormir direito, e minhas idas para o banheiro para vomitar estão mais frequentes, o que me deixa menos motivado a trabalhar.

Aqui esse chá ajuda - ela me entrega uma xícara.

Acho que você é um anjo Nat - eu digo - muito obrigada.

O líquido me aquecia por dentro, me dando uma sensação de conforto, eu amo chá, todos os tipo, mais eu amo um especial, o que é preparado pelo Jackson, não sei o que ele faz mais com certeza fica diferente.

Você precisa descansar - ela diz - talvez devesse voltar para casa.

Não - eu digo - eu preciso trabalhar, eu volto depois do expediente.

Estou falando da sua verdadeira casa - ela diz docemente - do seu quarto, sua cama, e seus amigos.

Nat eu estou bem - eu digo - eu vou conseguir.

Não deveria ir ao médico? - ela pergunta.

Eu já marquei a consulta - eu digo - vamos voltar ao trabalho, obrigado pelo chá.

My Love (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora