HISTÓRIAS DE TERROR

Olhe Pra Mim

LOOK AT ME por theatreguy

Isso aconteceu no meu primeiro ano do ensino médio.

Uma noite, minha mãe e meu padrasto saíram para irem a algum evento, talvez fosse um jantar importante ou a um concerto, é difícil de lembrar. Eu tinha ficado em casa para trabalhar em um papel que iria interpretar no dia seguinte (eu era uma daquelas crianças que procrastinam até o último minuto) e passei a noite inteira trabalhando na mesa no meu quarto. Para lhe dar uma imagem do quarto, minha mesa fica de frente a uma parede e ao lado de uma pequena janela que está na mesma parede, e de onde estou sentado, minhas costas ficam viradas para minha porta. Enquanto eu estava trabalhando, eu estava usando estes grandes fones de ouvido que eu tinha ganhado no meu aniversário - o tipo que abafa todos os ruídos.

Meus pais saíram da casa por volta das 18:00, e durante todo o tempo que eles estavam fora, eu fiquei sentado na minha mesa, com a música estourando pelos meus fones de ouvido e escrevendo minha redação. Ocasionalmente, fazia pausas e olhava a chuva e os relâmpagos fora da minha janela (nós vivíamos em Houston na época e havia uma grande tempestade naquela noite). Jamais deixei minha mesa.

Meus pais voltaram cerca de 23:00. Em algum ponto depois tarde da noite, eu tinha tirado meus fones de ouvido, por isso, quando meus pais chegaram em casa (coincidentemente apenas alguns minutos depois de eu ter tirado meus fones de ouvido), ouvi claramente a porta da garagem sendo aberta e meus pais abrirem a porta da casa. Segundos depois que eu ouvi-los entrar, eu ouvi minha mãe gritar meu nome. "ADRIAN!" ela grita, "o que diabos aconteceu aqui !?" Confuso, eu sai da minha cadeira e comecei a andar pela casa a eles. Há apenas um pequeno corredor que separa meu quarto da sala de estar. Devido a minha corrida para descobrir por que minha mãe estava gritando, dei pouca atenção ao salão e a casa. Após alguns momentos, chego aos meus pais. Minha mãe parece lívida. Ele está apontando para o piso de carpete gritando: "Era isso que você queria !? Trazer mais amigos !?" Eu olho para baixo. O tapete está arruinado. Ele está coberto de pegadas de lama.

Eu freneticamente explico a ela que eu não tenho ideia de como aquilo chegou lá, que eu passei a noite inteira na minha mesa trabalhando no meu papel. Eu vejo como seu rosto vai da raiva, a confusão, e ao medo. Percebemos então que alguém deve ter entrado na casa. Rapidamente rastreamos as pegadas, tentando fazer sentido da situação. Só leva alguns momentos para descobrir onde eles começam: na nossa porta dos fundos, que normalmente deixamos destrancada. Em seguida, notamos algo mais. As pegadas começaram na porta dos fundos, mas não havia pegadas saindo pela porta dos fundos.

Ouvir alguma coisa correndo pela nossa casa. Então ouvimos a porta da frente se abrindo, então se fechando com um BAM escandaloso!

Todos nós corremos para a garagem e trancamos a porta. Minha mãe começou a gritar com a polícia pelo do telefone, "Por favor, venha depressa! Alguém invadiu a nossa casa!" Depois do que pareceu horas, a polícia chegou. Um oficial fica conosco na garagem enquanto sua parceira atravessa a casa quarto por quarto. Sua parceiro nos diz que é seguro voltar, que não há ninguém na casa. Em seguida, ela nos faz uma pergunta. Ela pergunta-nos de quem é quarto do final do corredor à esquerda. Meus pais olham para mim e eu digo que é meu. Ela nos pede para segui-la pelo corredor.

Em seguida, a oficial parou à minha porta, que eu tinha deixado aberta a noite inteira. Nela, com marcador preto, estava escrito o seguinte:

Meu Registro

20:47: Eu estou te vendo

20:53: Você se esqueceu de trancar a porta dos fundos

20:59: Você parece focado

21:24: Vire

21:47: Olhe para mim

22:15: Olhe para mim

22:37: Olhe para mim

22:49: Olhe para mim

Por quase duas horas, alguém havia estado na minha porta me observando. A partir deste dia, eu fico pensando sobre o que teria acontecido se tivesse virado e olhado pra ele.