Não sei bem o que me trouxe aqui, talvez o fato de que vou te ver de novo em alguns dias, mas não posso dizer ao certo, pois sou uma garota de incertezas, e você sabe bem disso. Sabe mais do que ninguém.
Faz quase um ano que te dei um pé. Urgh! Odeio essas expressões, mas não posso omitir a verdade. E tenho certeza que faz um pouco mais de um ano que te vi pela primeira vez. Ah garoto, não sei bem o que foi. Em meio a tantos olhares sobre mim, o seu foi o único que me chamou atenção. Vi em você um grande amigo, mas meu coração carente te viu como algo mais, e me arrisco dizer que você também sentiu o mesmo.
Você foi meu segundo, eu fui sua terceira, mas parecia tão certo, por que queríamos que fosse perfeito, e no fundo sabemos que fomos os primeiros. Mas minha mão suava na sua, e sua boca não se encaixava na minha. Custei a acreditar nisso. Queria tanto ser amada que não vi o quanto era errado, te enganei, fiz de gato e sapato e entre idas e vindas, te disse no último dia um adeus preparado, na ponta da minha língua um 'muito obrigado', por me fazer conhecer um pedaço feio de mim, que eu me recusava a aceitar.
Então aqui esta um rabisco do que eu queria ter dito, um pouco mais ensaiado do que eu falei naquela manhã, mas não menos verdadeiro do que eu senti quando olhei em seus olhos cheios de lágrimas, suplicas e dúvidas.
E se te faz se sentir melhor, você foi o primeiro que eu contei a minha mãe. O primeiro que ficou por mais de um fim de semana. O primeiro que eu me arrependi. O primeiro a me mostrar que nunca é bom ser o primeiro de alguém.
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Desculpe O Auê
De TodoEsta obra é uma coleção de fatos, relatos, devaneios e questionamentos de uma pessoa que vive atrás de uma xícara de chá. Não que ela saiba realmente alguma coisa sobre a vida, mas aqui estão seus pensamentos mais profundos e um contrato de segredos...