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       Sabe aquele poeminha que você gastou horas fazendo? Sabe a dorzinha que você esta sentindo no peito? Sabe aquela vontade de poupa-lo de ouvir a verdade? Ou de se poupar do riso irônico dele? Manda.

       Talvez ele caia em si, volte atrás. Talvez ele não ligue, e ai é sua vez de cair fora. Mas manda. Guarda pra si, não. Intoxicação amorosa pode levar a tantos riscos. Tu bem sabe que é melhor, não sabe? Para que esse medo? Sai da zona de conforto, passa um batom vermelho ou preto, ou aquele roxo que ele odiava. Sai por aí como quem não quer nada e toma quantas bolas de sorvete você quiser. Quem liga para à dosagem quando o remédio é bom? Sabe aquele cara do caixa do supermercado? É, aquele mesmo, o bonitinho tímido com o cabelo bagunçado que você nunca teve coragem de falar, mistura teu número de celular nas notas de R$5,00. Deixa que o resto ele faz, e se não fizer, tem trezentos supermercados do lado com atendentes gatinhos. Cê não vai morrer, não.

       Já esqueceu ele? Não? Então sai com as amigas, vai naquela balada que ele odiava que você fosse e põe aquele salto que te deixava maior que ele (haha) e dança muito ao som da sua música preferida. Não a de vocês. A sua.

       Às vezes você devia apertar o enter sabe? Dane-se o que ele vai achar. Pelo menos ele saberia, e deixe que tire as próprias conclusões.

Desculpe O AuêOnde histórias criam vida. Descubra agora