Em uma rodovia vazia se encontrava uma menina. Apesar dos acontecimentos que a fizeram crescer rápido, ela ainda tinha uma garotinha dentro de si. Uma garotinha que acreditava em príncipes, amor verdadeiro, castelos e chocolate quente.
A garotinha de dentro chorava. A garota que estava na rodovia deserta sorria, embora seus olhos cor de tempestade estivessem tristes. A garota segurava cacos. Cacos que cortavam suas mãos. Aqueles cacos eram pedaços do seu coração.
Na sua mente haviam memórias. Memórias doces. Memórias amargas. Uma promessa foi quebrada. Junto com o coração da menina. Uma promessa que não tem garantias. Promessa que ora juntou dois amantes, ora nos levou a uma solitária rodovia. Apesar de ter apenas três pequenas palavras, era uma promessa muito pesada, que dois jovens não poderiam manter. A gravidade fez jus ao nome e castigou os jovens que ousaram desafia-la. O lado mais fraco se soltou. O lado mais forte se quebrou.
A menina prometeu a si mesma a tentativa. Não prometeu que não iria se apaixonar de novo, pois ela sabia que seria uma promessa que ela não poderia cumprir. Ela apenas prometeu levantar toda vez que caísse. Promessa firme.
A menina mudou seu nome para coragem e a garotinha dentro dela virou mulher (mas seus olhos ainda transbordavam inocência).
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Desculpe O Auê
RandomEsta obra é uma coleção de fatos, relatos, devaneios e questionamentos de uma pessoa que vive atrás de uma xícara de chá. Não que ela saiba realmente alguma coisa sobre a vida, mas aqui estão seus pensamentos mais profundos e um contrato de segredos...