Capítulo 7

552 60 8
                                    

Como uma adolescente apaixonada não consegui dormir a noite.

O que Luck queria dizer com "namorada" e ainda mais dessa forma? Nem ao menos pediu minha opinião a respeito de assunto.

Esse garoto está me deixando louca!

"Podemos conversar?" - Mandei a mensagem para Luck, era madrugada de domingo e eu torcia para que ele ainda estivesse acordado.

"Devo ir até você?" - Logo Luck retornou.

"Sim"

"Não"

"Não sei"

"Eu vou até você"

Mandei as mensagens uma atrás da outra sem dar tempo que ele pudesse me responder.

Dessa vez escolhi um vestido azul escuro e com um creme moldei meus cabelos para que eles ficassem bem cacheados.

Quando abri a porta para ir até Luck, próximo à porta de entrada de minha casa estava ele, mas não Luck e sim Alex.

Sentado no chão, encostado na parede.

-O que você está fazendo aqui?

Quando seu rosto se virou para me ver pude notar seus olhos roxos e um corte recente em seus lábios próximo ao nariz.

-Milena. – Sussurrou.

- O que faz aqui? – Perguntei novamente. – Não deveria estar aproveitando esse momento com Alice?

-Ela sabe, sou um péssimo pai como também fui um péssimo marido, não é nenhuma novidade para Alice eu não estar presente.

-Se sabe que foi um péssimo marido o que faz aqui?

-Na verdade nem eu sei. Quando percebi já estava sentado do lado de fora de sua casa. Eu não a chamaria, não sabia nem que você iria me ver, mas aonde você vai a essas horas? – Alex perguntou olhando para seu relógio no pulso.

-Não lhe interessa. Agora com sua licença. – Tranquei a porta da casa e passei por ele, mas seu grunhido de dor me chamou a atenção e me virei de volta para vê-lo.

Uma de suas mãos tampavam os olhos que estavam roxos e um filete de sangue escorria por seus lábios.

Suspirei e me aproximei dele.

-O que você fez para ficar dessa forma?

-Não vou mentir, fui beber e entrei em uma briga.

Respirei profundamente e estranhamente ele não tinha cheiro de álcool.

-Chegou a beber?

Alex riu e falou.

-Não, mas era parente de um bandido a qual não fiz nenhum esforço para diminuir a sentença.

-Menos mal. – Dei uma de minhas mãos e o ajudei a levantar. – Venha vou colocar um curativo. - Entramos dentro de casa e ele sentou na cadeira a espera de meus cuidados. – Você vai denunciar a pessoa que fez isso com você?

-Não, talvez eu tenha merecido.

-Mesmo, por quê? – Perguntei pegando meu kit de primeiros socorros.

-Talvez seja destino e eu esteja pagando pelo que eu fiz a você.

Sentei ao lado dele e falei.

LIMITES [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora