Capítulo 19 - Apesar de tudo ainda te amo

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Passou-se um ano e vamos começar por Zen.


Zen tinha procurado Vítor por todo o lado durante mês e meio, até que desistiu e percebeu que o tinha perdido, ainda falava com Ed que disse-lhe que Vítor tinha viajado e não sabia para onde. Zen começou a se isolar em casa, não ia a festas, não saia com as pessoas e não convivia, só saia para ir ao bar comprar bebidas e depois trancava-se em casa sem comer e só bebia, bebia até ao ponto que ficava a alucinar de tão alcoólico que via Vítor ao seu lado, a sorrir com as pequenas ruguinhas que fazia nos olhos e a dar risadas estridentes que ecoavam na sua memoria, ele já teve de ir seis vezes para o hospital por causa ou de coma alcoólico ou subnutrição. Estava sempre de 2 em 2 meses no hospital e o seu corpo estava a degradar-se mais por causa da depressão.

Agora Vítor.

Vítor tinha voltado para sua casa, também não saia, desde que abandonou a casa do casal só tinha saído de casa 2 vezes, das duas foi Zen que foi lá procura-lo. Ed pediu a Carlos, um grande amigo seu, para cuidar de Vítor, o forçar a comer, a dormir e não beber muito. Carlos começou a tentar algo com Vítor, eles já se tinham beijado mas sempre que Carlos tentava avançar Vítor parava dizendo que não estava pronto para avançar.

Um certo dia de sol, primavera, Carlos queria que Vítor saísse para passear.

Carlos: Anda lá Vítor... Está um dia lindo e tu não sais a meses.

Vítor: Não quero Carlos... Vai tu, eu fico bem.

Carlos: Não! *abriu as cortinas e tirou os lençóis de cima de Vítor * anda antes que leves tau-tau.

Vítor: Força... Eu mereço.

Carlos: *senta-se ao lado de Vítor mimando-lhe o cabelo* Que se passa Vítor?

Vítor: *tirou a cara da almofada e deu para ver os seus olhos inchados* eu sonhei com ele.

Carlos: Outra vez?

Vítor: Sim... Ele aparecia com um ramo das minhas flores favoritas e pedia desculpa... Depois levava-me pela mão para casa... Era tudo como antes.

Carlos: Estás muito agarrado as memórias dele, tens de te desprender.

Vítor: Não quero.

Carlos: *suspirou* Quem me dera ter alguém que amasse-me tanto como tu a ele.

Vítor: E tens... Tu é que ainda não reparas-te.

E antes de Carlos falar Vítor levantou-se e pegou no tele de Carlos marcando o numero de Ed dando-lhe depois o tele.

Vítor: Liga-lhe... Convida-o

Carlos: Ai não... Eu e o Ed? Nos somos melhores amigos.

Vítor: Eu vi a forma como vocês se olham, sorriem, tu e ele tem chama... E se o convidares eu vou dar uma volta.

Carlos: Então é só por isso *pós a ligar*

Vítor foi para o quarto de banho se arranjar, uma volta não faria mal. Quando Vítor estava a sair Ed estava a entrar.

#horas antes#

Zen estava caído de bêbedo... Agora ressacado, no chão da casa deles os dois... Agora antiga casa deles os dois. Quando Ed entrou em casa ficou assustado já a pensar que teria de voltar com ele para o hospital.

Ed: Zen! Zen não outra vez.

Zen: *resmunga* fala baixo.

Ed: Meu deus pensei que tinha de ir outra vez para o hospital.

Eu vou estar sempre aqui ♠ Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora