2.2 Presente

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4 de agosto de 2015

Louis se olhou no espelho, estapeando levemente as próprias bochechas, incomodado com sua palidez. Ele sabia que Harry também não estava feliz com ela, e nem com os pesadelos que continuavam perturbando seu sono. Apesar disso, o psiquiatra — após ouvir as queixas de Louis — não tinha receitado nenhum remédio, receoso de atrapalhar os processos de cura que o próprio cérebro executa ao longo do tempo após um coma.

Suspirando, ele voltou a se concentrar no que estava fazendo, e em pouco tempo ele já sentia o calor nas bochechas e no pescoço. Quando se deu por satisfeito com a preparação, deslizou o plug para fora de si uma última vez e o lavou rapidamente. Saiu do banheiro e foi até o quarto, onde vestiu uma camisa de Harry, se olhando no espelho novamente para ver a peça alcançando o meio de suas coxas e combinando com as meias azuis que usava.

Saiu de casa e caminhou até o celeiro onde ficavam as baias dos cavalos, a umidade da grama deixando seus pés um pouco frios e os fazendo andar mais rápido; se esgueirou entre as enormes portas de madeira, esperando os olhos se ajustarem à pouca luz para procurar Harry.

Ele estava debruçado sobre um dos cochos, colocando mais ração para os cavalos, e Louis ficou parado, observando, até que ele se levantou e se espreguiçou, estirando as costas e fazendo a camisa xadrez que usava — gêmea da que estava em Louis, só que vermelha ao invés de azul — se levantar, mostrando o quão baixo o cós de sua calça jeans estava. Alguma coisa deve ter alertado ele, porque Harry se virou e pareceu apenas levemente surpreso por ver o marido ali.

— Lou, o que você 'tá fazendo aqui meu amor? — ele parou, franzindo a testa. — Você não 'tá com frio? Aconteceu alguma coisa?

Louis sacudiu a cabeça, e foi se aproximando até poder tocar o rosto do outro.

— Senti sua falta, só isso. — disse sorrindo e se esticando, puxando Harry para um beijo, imediatamente percorrendo os lábios dele com a língua e enfiando uma mão em seus cachos, o que provocou um gemido no fundo da garganta dele.

Lentamente eles foram se movendo até Louis estar pressionado contra uma das colunas de sustentação, enrolando uma perna no quadril de Harry, que enquanto isso apertava os dedos na pele da coxa dele, a cada beijo subindo um pouco mais a mão até que:

— Lou?

— Yeah?

— O que você 'tá tramando, babe? — perguntou Harry, batendo os dedos contra a pele nua do menor, que claramente não usava nada por baixo da camisa. Como resposta Louis enrolou a outra perna ao redor dele, o obrigando a transferir as mãos de sua coxa e cintura para a sua bunda. — Isso é lubrificante? — exclamou.

— Yeaaaah...

— Porra, Louis...

Eles voltaram a se beijar, Louis fazendo um malabarismo para abrir o botão e o zíper dos jeans de Harry, sorrindo contra os lábios dele quando finalmente conseguiu e entre eles dois logo as calças estavam no chão.

Louis não se lembrava da primeira vez que eles tinham transado, mas se lembrava da primeira vez depois de casados, como Harry se deitou no meio da cama no hotel onde eles estavam hospedados esperando a mudança a para a Escócia e se abriu lentamente com os próprios dedos, fazendo o marido assistir para aprender — de novo — como se fazia. Como na manhã seguinte eles acordaram emaranhados um no outro e Louis implorou para ter Harry dentro de si, como Harry o preparou ainda mais lentamente, o levando através da dor e depois do prazer.

Agora eles não precisavam de mais nada disso, então logo que se viu livre, Harry o suspendeu um pouco mais e rapidamente o penetrou, afundando as unhas nas coxas e na bunda de Louis, que interrompeu os beijos porque mal conseguia respirar entre os gemidos que saíam de sua garganta, sem controle.

— H- harry, merda, mais rápido! Mais, mais! — exclamava, mal percebendo o incômodo de ter as costas pressionadas contra a coluna de madeira áspera a cada estocada.

Harry parecia no céu, beijando e marcando cada centímetro do pescoço e das clavículas do marido, gemendo o nome de Louis, dizendo que ele era perfeito, gostoso, incrível.

Aquilo era justamente o que Louis precisava, um momento onde os dois não pudessem pensar, só sentir um ao outro, anular a tensão crescente entre eles causada pelos pesadelos. Apenas Louis e Harry, naquela bolha que eles sempre construíam ao redor de si.

Ele agarrou um punhado dos cachos do marido, o trazendo para perto até que pudessem se beijar, os lábios estalando uns contra os outros enquanto Harry estocava violentamente e Louis fazia o máximo que podia para ir de encontro ao movimento dos quadris dele.

— 'Tá v- vendo? — riu o menor, encarando os olhos verdes e brilhantes do outro. — Eu aguento.

— O que?

— Você fica me tratando como se eu fosse feito de vidro. — ele sorriu ao redor de um gemido ao que Harry acertou sua próstata novamente. — Eu não sou.

Como resposta Harry se inclinou e invadiu a boca dele com a própria língua, iniciando um beijo longo e agressivo. No fim ele pressionou a boca contra a de Louis, abafando as palavras que disse em seguida.

— Às vezes... — ele fechou os olhos, ficando praticamente na ponta dos pés para ir mais fundo dentro de Louis. — Eu sinto medo de que você e tudo que a gente tem se estilhace... como vidro.

Louis riu, simplesmente jogou a cabeça para trás e riu em alto e bom som, interrompendo as gargalhadas apenas para gemer quando começou a gozar, seu mundo se estilhaçando de prazer ao sabor dos sons que deixavam sua garganta.

Nota: Primeiro smut de PBR! Me digam o que acharam, porque a beta larrystyling não tem neutralidade nenhuma e fica achando tudo maravilhoso...

Obrigada a Isis por betar, e a todo mundo que leu, votou e comentou nos capítulos anteriores. Não esqueçam de votar e comentar nesse também!

xxx

Lua

Poison, Beauty and Rage ♠ L.S. AUOnde histórias criam vida. Descubra agora