Poison, Beauty and Rage ♠ L.S. AU

2.0 Presente

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17 de junho de 2015

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17 de junho de 2015

Louis puxou cuidadosamente as rédeas de Valleyard, guiando a égua para fora da baia. Olhando para a direita ele podia ver as os fundos da casa, Harry ocupado com alguma coisa na cozinha, visível através das janelas de madeira branca e vidro limpo.

Eles tinham completado dois anos de casados no dia anterior, e mesmo depois de todo esse tempo Louis ainda se pegava admirando o marido, sem acreditar que Harry, com suas covinhas, seus cachinhos ridículos, suas birras, seu corpo digno de uma estátua grega e sua voz lenta capaz de amansar o pior dos cavalos era... dele.

Como que para confirmar o pensamento, Harry saiu de casa, andando em direção a ele já com uma mão estendida.

— Meu amor. — ele deixou um beijo no canto dos lábios de Louis. — Tudo bem por aqui?

— Sim, — respondeu o menor, se esticando para deixar um beijo no nariz do marido. — Zorro já está pronto, Valleyard também, só estava tirando ela.

— Okay. — ele checou a arrumação e a segurança nos dois cavalos e assentiu para Louis. — Bom trabalho, Lou. Vem, deixa eu te ajudar.

Louis deixou que Harry o pegasse pela cintura e o ajudasse a montar em Valleyard, em seguida subindo rapidamente em Zorro.

— Niall e Liam já saíram? — perguntou, enquanto os cavalos trotavam tranquilamente pela encosta de um morrinho coberto de vegetação.

— Antes de você acordar. Ed também foi. — Louis sempre acharia fofa a forma de Harry falar, dando pausas, como se cada frase estivesse localizada em uma parte diferente da mente dele, e precisasse ser ordenada antes de ser dita. Eles conviviam desde a infância, e mesmo Louis não sendo conhecido por ter muita paciência, nunca tinha se incomodado com a natureza em slow motion o outro. — Foi uma sorte a gente ter liberado o Niall pra ajudar eles. Liam disse que quase não termina de embalar os queijos a tempo. E você sabe como Li só gosta de levar o que produz pro mercado quando 'tá tudo perfeito.

— Como se você fosse diferente com os morangos da gente, Hazz. — ele se virou, perdendo o fôlego quando encontrou os olhos do marido fixos nele, enquanto seus cabelos cacheados ondulavam com o vento e o movimento do cavalo. Sempre soube que tinha se casado com o homem mais belo do mundo, que tinha um coração de ouro e a aparência de um deus, mas às vezes a realidade disso o atingia e o deixava zonzo. A expressão no rosto dele deveria estar muito estranha, porque surgiu um vinco de preocupação entre as sobrancelhas de Harry.

— Tudo bem com você, Lou? — Sem responder, Louis fez um trabalho rápido de interromper o trote de Valleyard e descer para o chão, vendo Harry fazer o mesmo, e indo na direção dele até poder colocar as mãos na cintura dele. — Lou?

— Tudo bem, só, sei lá, obrigado por me amar... — sussurrou, sorrindo quando Harry se inclinou para tocar os lábios nos dele. Instintivamente, Louis deslizou as mãos até os quadris do outro, apertando através do jeans e o puxando para perto ao mesmo tempo que aprofundava o beijo.

Depois de um tempo eles se separaram, os olhos desfocados e os lábios quase em carne viva, rindo ao perceberem que de alguma forma já estavam deitados na grama úmida de orvalho, braços e pernas entrelaçados

— Você é tudo o que eu sempre quis, — disse Harry, gloriosamente estirado no chão, os cachos compridos se enroscando com as folhas verdes debaixo de si. Ele deslizou as mãos por debaixo da camiseta que o menor usava, arrastando os dedos calejados contra a pele macia sobre suas costelas e o fazendo se arrepiar e pressionar a virilha contra a coxa do outro. — é como se todos os dias meus sonhos se tornassem realidade...

— Até os sonhos molhados?

— Hmm, principalmente esses. — ele pressionou os lábios contra o maxilar de Louis, gemendo quando seus quadris se encontraram, causando fricção. — Gostoso. Eu sabia que devia ter deixado você me foder ontem de noite.

— Nah, eu gostei, eu gosto de montar você, eu amo sentir você dentr- — interrompendo a fala e os movimentos que fazia com o corpo, Louis levou uma mão até a própria nuca. — Ei, 'tá chovendo?

— Tá?

A chuva escolheu esse exato momento para começar a cair com força, as gotas fazendo um barulhinho abafado ao cair na terra.

— Harry! A plantação, você cobriu?

— Não sei! Era tarefa do Niall!

— Oh, merda, merda, merda!

Na mesma velocidade que tiveram para descer dos cavalos, tiveram para subir novamente neles e sair galopando morro abaixo, em direção à plantação de frutas vermelhas na extremidade leste do sítio. A chuva só se tornou mais forte, e em minutos os dois estavam encharcados, os cabelos escorrendo enquanto o vento os atingia no rosto.

Passaram a lona sobre os poucos canteiros descobertos, Louis com a testa franzida de preocupação pelas plantas, cada arbusto tão delicado que com certeza não sobreviveria a uma chuva de verão como aquela. Assim que voltaram, colocaram os cavalos de volta em suas baias e os livraram das rédeas, deixando que descansassem e se secassem naturalmente, enquanto os dois homens corriam pelo pequeno jardim em frente à casa.

No momento em que a porta da frente foi fechada, Harry apoiou as costas contra ela e puxou Louis para si.

— Você estava dizendo... — disse, lambendo as gotas que escorriam pelo pescoço do marido.

— O que?

— Lá em cima. Você estava dizendo que ama me sentir...?

— Oh. — Louis tentou reprimir um gemido, mas desistiu quando Harry começou a tirar suas roupas pesadas de chuva. — Eu amo sentir você dentro de mim.

— Eu também, eu amo quando você me segura e me fode e... oh, Lou... — ele empurrou para baixo a última peça de roupa, deixando Louis completamente nu. — É tudo pra você, sempre foi, meu amor.

— Dois anos e você continua mais doce que xarope de açúcar!

— Eu prometi, se lembra? Juro com todo o meu coração dedicar a você, Louis William Tomlinson, todo o meu amor, por toda a minha vida, e fazer de você a razão da minha existência, independente das circunstâncias, porque eu te amo e te escolhi como meu esposo.

— E eu te escolhi. — o menor deslizou uma mão pelo rosto de Harry, o puxando para um beijo, enquanto a outra apalpava a bunda dele, logo o puxando na direção do quarto. — Eu escolhi você e a nossa vida dos sonhos, meu amor...