Deus domina sobre o tempo, e os homens não têm capacidade de cronometrá-lo nem entendê-lo. O tempo pertence a Deus. Ele domina sobre as épocas, "Ele muda os tempos e as estações "(Dn 2.21).
O controle do homem sobre o tempo é tão restrito e tão inseguro, que a humanidade vive na inquietação acerca do tempo do fim. Na virada do milênio todo mundo viveu sob o temor do que poderia acontecer. Mesmo vivendo a época mais avançada da ciência e da tecnologia, em que o homem se põe no centro do universo exibindo seu domínio sobre a criação, a incerteza quanto ao tempo escatológico apavora tanto os mais ignorantes como os mais entendidos, tanto os religiosos como os céticos.
A descoberta, no século XVIII, de que a história do universo não se contava em milhares, mas em bilhões de anos perturbou os sábios e constituiu a maior revolução intelectual dos tempos modernos. Porém, o Criador do tempo exibe sua sabedoria tão alta e tão profunda que inibe uma aproximação definida dos números, o que induz o cientista a dizer: "O problema, é que a natureza não produz regularidades astronômicas que permitam estabelecer ciclos numéricos simples.
A relação entre o calendário e os ciclos astronômicos não se exprime em termos matemáticos simples. O problema vem da maneira como a natureza funciona."
A maneira como Deus lida com a sua criação põe a cronologia do tempo e dos fatos numa escala acima do entendimento e da inquirição humana. "A complexidade do calendário é um desafio à astúcia humana.
É por isso que dizemos: se Deus existe, ou tem senso de humor ou é uma nulidade em matemática ou é simplesmente incompreensível para um espírito humano." A ciência tem que se dobrar diante da inescrutável força e sabedoria do Criador do tempo e dos tempos.