Cap. 35

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- Alô Má? - Andrew fala comigo pelo telefone.

- Oi An, como está?

- Ótimo feia, vem aqui pra casa?

- Mas tem evangelismo jaja.

- Eu vou, nós vamos juntos.

- Okay, to indo.

Eu estou amando, todos os cultos estavam falando sobre transformação, a escola bíblica está falando de "evangelizar" e eu estou aprendendo, hoje vou ir evangelizar e estou ansiosa.

"Na praça"

- "Irmãos eu como pastor, pedi a vocês que jejuasem 2 semanas em seguida para poder estar aqui, vocês fizeram?"

- Sim. - Todos nós respondemos.

- Aqui vamos cantar, orar e falar da palavra de Deus, se alguém sentir no coração de falar com alguém, ou abraçar alguém aqui, sinta-se a vontade e peça a Deus a capacitação e depois entregaremos os folhetos.

- Ta bom. - Respondi.

*Começamos.*

"Pai, eu preciso tanto, de um abraço seu, Deus amigo meu.. "

O louvor começou e algumas pessoas começaram a se achegar em nós.

Depois de 3 louvores, oramos e a palavra começou.

- A salvação é individual, e não podemos nos santificar, ou qualquer outra coisa por ninguém, mas podemos falar do amor de Deus a outras pessoas, podemos tentar fazer com que pessoas se entreguem a Deus... - O pastor falava.. até que...

- Sua vadia. - Uma voz feminina fala, e eu logo reconheço. - Então era aqui que voce estava, com os "crentinhos".

- Alessandra. - Me virei rapidamente, ela estava drogada.

- Que foi drogadinha?

- Alessandra vai embora, aqui ninguém quer arrumar briga. - Falo em paz.

- Garota, você me influenciou a usar droga e agora deixou pra la? - Ela ri.

- Mentira. Eu nunca, nunca te influenciei, você até me deixou porque não queria andar com uma DROGADA. - Grito na última palavra.

- Para garota, para. - Ela estava atormentada. - Eu te odeio, você nunca foi minha amiga, sempre foi uma drogada.

- Eu não preciso ficar ouvindo isso, vai embora.

- O que ta acontecendo aqui? Eles são todos drogados e estão aqui fazendo cena?

- Para, Para de ser doente garota. - Grito a frase toda, ainda bem que não tinha mais pessoas por lá, elas foram embora.

- Ai garota chata, que droga. Quem são esses gatinhos ai? E esse aqui? - Ela passa a mão pelo queixo de Bernardo me fazendo queimar de raiva.

- Para. - Empurro sua mão. - Para de ser ridícula. Se põe no seu lugar.

- Porque? Quando você era uma drogada você dormia com qualquer um, até com um traficante você se envolveu, aliás um belo traficante que morreu por sua culpa, você se envolveu com as drogas mais pesadas, sua imunda, voce bebia e fumava o tempo todo, sua escrota.

- Não fala da minha vida, voce não sabe nem da metade do que eu passei. - Já chorava.

- Você passou por que garota? Você era uma p*tinha qualquer, que dormia com trezentos homens em uma noite só, cheirava o tempo todo, apanhava de homem, ja pegou em uma arma pra matar e quer bancar de Santa agora? Quer fingir ser a santinha do paoco? Conta outra garota.

- Cala boca, CALA ESSA SUA BOCA, EU NAO TO NEM UM POUCO AFIM DE BRIGAR COM VOCÊ, MAS JA QUE QUER FALAR DISSO, VAMOS FALAR DA PARTE QUE QUANDO EU MAIS PRECISEI VOCE ME DEIXOU, DE QUANDO EU APANHEI VOCE VIU E NAO ME PROTEGEU, CALA BOCA, SAI DAQUI. EU NAO TE ODEIO, EU SO NAO QUERIA NUNCA TE CONHECIDO. - Sai de la no choro. E ao olhar pra trás vi Bernardo disser algo pra ela mas eu estava atordoada.

Ele me levou pra casa e eu disse que queria ficar sozinha. Ele me respeito. Me tranquei no quarto.

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