Cap. 19

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Já fazia um mês que eu estou aqui dentro, e confesso que está muito, muito difícil, estou ansiando pela droga, nem que seja uma maconha apenas mas.. hum, não da, não posso e estou convicta disso, já fiz amizades por aqui, sempre estamos fazendo coisas, nunca estamos paradas, nunca mesmo, para não sentirmos vontade da droga precisamos ocupar nossa mente, e é isso que fazemos.

- Sou eu Diogo. - Ele fala assim que bate na porta.

- Pode entrar. - Falo me sentando na minha cama. E vejo ele entrar. - O almoço ja está pronto? - Pergunto.

- Não ainda não, só vim lhe avisar que voce tem visita. - Ele diz ainda da porta.

- Visita? - Estranhei, meus pais só vem dia de Terça, quinta e domingo. Bernardo sexta e sabado, nao tem mais ninguém. - Ta bom, já vou indo, obrigado. - Sorri.

Me levantei da cama e coloquei um turbante levantando meus cachos, coloquei meu livro em cima do travesseiro ele se chama "Nos braços do Pai" ganhei do Bernardo, e assim fui pra sala de visita. Bom, dia de semana não nos vemos no Jardim, apenas finais de semanas.

Entrei na sala e me assustei ao ver ele.

- Douglas? O que faz aqui? - Perguntei me sentando.

- Oi delícia. Eu que te pergunto o que faz aqui? - Ele me olha malicioso.

- Estou me tratando, você também deveria.

- Cala boca. Você não sabe do que está falando. - Ele altera um pouco.

- Douglas vai embora por favor, não quero te ver, e este cheiro me incomoda.

- Garota você me prometeu que ficaria comigo nessa vida até o fim.

- Mais mudei de ideia. Me deixe, vai embora. - Aumento o tom de voz.

- Não faz isso comigo não, eu só tenho você. - Ele chega bem perto.

- Você me tinha, agora você só tem sua mãe.

- Ou você vem comigo, ou eu te Mato. - Ele fala segurando com força meus pulsos.

- Me solta. - Disse.

- Não, so solto quando você aceitar vir comigo.

- Eu não quero Douglas, aceita que merda. - Eu falo já com raiva.

- Você não tem querer, você é uma puta mesmo! - Ele fala me fazendo arregalar os olhos.

- Você nunca me chamou assim.

- Porque você não fez uma besteira dessa. Vamos? Eu te tiro daqui.

- Vai embora, me deixa e nao volta nunca mais por favor.

- Garota para de ser idiota. - Ele grita perto do meu ouvido ainda segurando meus pulsos, so que dessa vez ainda mais forte.

- Idiota eu fui quando deixei você fazer parte da minha vida. - Gritei e ele me empurrou.

- Você vai se arrepender de ter nascido. - Ele grita e o Diogo entra na sala assustado.

- O que houve aqui? - Ele pergunta vindo pra perto de mim.

- Nada Diogo, Douglas ja está indo embora.

- Vamos Marcela, vamos. - Ele fala.

- Vai embora Senhor, por favor. - Diogo pede com gentileza.

- Sua vagabunda! Você vai me pagar por isso, você vai me pagar. - Ele grita saindo da sala.

Me ajoelho no canto da sala e percebo que as lágrimas ja começaram a invadir meus olhos e meu rosto.

- Marcela? Quem é este homem? - Diogo Pergunta.

- Não quero falar disso agora pode ser?

- Preciso falar isso com seus pais.

- Não por favor, deixe eu me acalmar e eu mesmo conto, por favor.

- Tudo bem, tudo bem. Vamos pra reunião?

- Claro. - Levanto enxugando as lágrimas.

E fui.

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