Hoje olhei para a vila que me viu nascer, apreciei-a com muito cuidado e quase nada mudou.
Vi toda a beleza que havia por detrás dela.
Vi toda a beleza que havia nas ruas, com as velhotas a coscuvilharem sobre a vida dos outros.
Vi toda a beleza que havia nos homens bêbados a arranjarem brigas.
Vi toda a beleza que havia em Lavre.
Vi toda a beleza que ninguém consegue apreciar.
Ninguém gosta de terras pequenas, onde há velhas bisbilhoteiras, e homens que só se dão bem é no café a beber cerveja e a falar mal dos outros, a não ser eu! Eu gosto de terras pequenas, principalmente de Lavre.
Lavre é apenas Lavre, e isso das velhas e dos homens ninguém pode mudar!
Todos viram a beleza que havia no Ferrari que cá esteve, menos eu!
Todos viram a beleza que havia na nova Igreja, menos eu!
Todos viram a beleza no recém-nascido, menos eu!
Todos viram a beleza que não havia em Lavre
Todos viram a beleza que eu não consigo apreciar
Todos gostam de Ferrari's, todos gostam de uma nova igreja, todos gostam da ideia do novo bebé, a não ser eu! Eu não gosto de Ferrari's, principalmente em Lavre.
Lavre é apenas Lavre e eu não quero que ninguém mude a minha vila para a tornar mais bonita.
Amanhã quando olhar para a vila que me viu nascer, apreciá-la-ei com muito cuidado e espero que quase nada mude.
Autora: Catarina Constantino
Data: 05/03/2016
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ChickLitA minha vida é mesmo isto! Sem tirar nem pôr. As minha ideias são mesmo estas! Sem tirar nem pôr. ... Ao longo dos anos, vós, criaturas, vão crescendo. E ao longo dos anos, eu, criaturinha, fui crescendo E é isso que acontece em alguns destes texto...